04/08/2025
Estudo publicado na revista Lancet mostra que o câncer de fígado mata mais de 700 mil pessoas por ano, mas três em cada cinco casos poderiam ser prevenidos. A pesquisa constatou que a prevenção poderia ser alcançada abordando as principais causas da doença: Hepatite B, Hepatite C e Doença Hepática associada ao álcool ou ligada a fatores de risco metabólico, como a obesidade.
Segundo os pesquisadores, a Doença Hepática decorrente do uso de álcool e disfunção metabólica representa quase um terço dos casos. Eles alertam ainda, que o câncer de fígado causa imenso sofrimento e morte e que, na maior parte dos casos, poderia ser evitado.
O estudo mostra também, que o aprimoramento na triagem, vacinação e tratamento, nos últimos anos, ajudaram a conter a Hepatite viral, especialmente nos Estados Unidos. Mas a ameaça de câncer de fígado devido ao uso excessivo de álcool e à Doença Hepática esteatótica associada à disfunção metabólica, anteriormente conhecida como Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica, tem sido subdiagnosticada e subestimada. O acúmulo de gordura e a inflamação contribuem para a formação de cicatrizes no fígado, que podem danificar o DNA e levar ao câncer.
O artigo constatou que a proporção de cânceres de fígado resultantes de Hepatite B e Hepatite C deve cair para 63% em 2025, ante 68% em 2022. Mas a incidência de cânceres de fígado resultantes de álcool e esteatose deve aumentar, segundo material sobre o estudo publicada no New York Times.