24/07/2023
O Ministério da Saúde acaba de anunciar a substituição da vacina contra a poliomielite oral pela versão injetável. Especialistas descobriram que, apesar de atingir alta cobertura no Brasil, a versão oral podia gerar um vírus capaz de infectar não vacinados. A substituição por injeção começa em 2024.
A mudança foi amplamente debatida e aprovada pela CTA-Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e é baseada em recomendações feitas pela OMS-Organização Mundial de Saúde, como parte do plano de erradicação da doença. Segundo foi descoberto, embora a vacina oral pela facilidade de aplicação tenha conseguido atingir uma alta cobertura no mundo, ela é feita com o vírus atenuado, ou seja, enfraquecido e, após receber a vacina, as crianças acabam eliminado-a pela saliva e pelas fezes por semanas, podendo acarretar outros tipos de doenças.
No ano passado no Brasil, a cobertura vacinal para a doença, segundo o Ministério da Saúde, ficou em 77,16%, taxa que representa aumento em relação aos anos anteriores, mas ainda está muito abaixo dos 95% recomendados pela OMS para impedir a circulação do vírus.