13/02/2023
Estudo realizado por pesquisadores do Francis Crick Institute e do Imperial College London, que acaba de ser divulgado, mostra que o antiviral molnupiravir pode estar associado ao surgimento de novas variantes do coronavírus.
O medicamento, produzido pela MSD, foi desenvolvido para matar o vírus induzindo mutações no genoma viral que reduzem sua efetividade e multiplicação. No entanto, algumas pessoas tratadas com o remédio geram novas variantes do vírus, que não apenas permanecem viáveis, mas se espalham, segundo os estudos.
A equipe analisou cerca de 13 milhões de seqüenciamentos genéticos do Sars-CoV-2, nome oficial do novo coronavírus, publicados na platoforma internacional Gisaid, e procurou mutações que teriam sido causadas pelo medicamento. De acordo com os cientistas, isso é possível porque, devido a seu mecanismo de ação, acredita-se que em vez de induzir mudanças aleatórias no genoma de RNA do vírus, é mais provável que o antiviral cause substituições específicas de ácidos nucléicos, segundo matéria da jornalista Giulia Vidale.