30/01/2023
Duas décadas depois de pesquisas fracassadas na buscas de respostas imunes contra o acúmulo de proteínas no cérebro, novos produtos estão sendo descobertos e alguns já entraram em testes humanos.
O uso de vacinas para tratar doenças que não são infecciosas é uma estratégia perseguida para alguns tipos de câncer e doenças autoimunes. No campo das doenças neurodegenerativas, vem ganhando impulso nos últimos seis anos. Desde 2017, foram aprovados cinco ensaios clínicos de produtos que atualmente já concluíram a fase 1, avaliação de segurança, e fase 2, de avaliação de resposta imune.
Vacinas usam antígenos, que são pedaços de moléculas selecionados para ensinar o sistema imune a atacar agentes patogênicos. Em vez de vírus ou bactérias, porém, no Alzheimer esses agentes são proteínas envolvidas nas reações bioquímicas ligadas à doença que mata neurônios a afeta memórias.
Três das vacinas em teste foram projetadas para atacar a beta-aminaloide, uma molécula que se acumula na forma de placa entre os neurônios, aprontada como uma das causas da doença. Outros dois produtos atacam outra proteína, a Tau, que se acumula dentro dos neurônios e recentemente despontou como alvo preferencial contra a doença.
As drogas mais bem sucedidas até agora, segundo matéria do jornal O Globo, nesta frente de pesquisas são os anticorpos monoclonais, elementos do sistema imune feitos sob medida para atacar os agentes patogênicos. A diferença principal desses anticorpos para as vacinas, é que estas treinam o sistema imune para produzir as próprias defesas, em vez de injetá-las já prontas.