05/09/2022
Uma nova terapia chamada BPaL, que combina os antibióticos Bedaquilina, Pretomanida e Linezolida, usada no tratamento da turberculose, mas com muitos efeitos colaterias, acaba de ser modificada por pesquisadores da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, reduzindo os efeitos negativos e permitindo tratamentos com mais de 90% de eficácia para milhares de casos que não respondem aos remédios atuais.
A tuberculose é responsável por 1,5 milhão de mortes por ano e cerca de 5% dos casos são resistentes aos medicamentos utilizados atualmente. Um estudo que acaba de ser publicado na revista científica New England Journal of Medicine, mostrou que a dose utilizada de Linezolida pode ser cortada pela metade, reduzindo drásticamente os efeitos colaterais, mas sem mudanças significativas na eficácia da terapia.
Os resultados são de um ensaio com 181 pacientes com tuberculose resistente em países como a Rússia, África do Sul e Geórgia, que concentram as maiores taxas da doença no mundo. A conclusão é que, enquanto 1.200 miligramas de Linezolida (dose original) por seis meses foi 93% eficaz, uma dose de 600 miligramas no mesmo período manteve 91% de eficácia.
E a dosagem pela metade reduziu de 22% para apenas 2% o número de participantes com problemas de medula em decorrência do tratamento. Entre os que sofriam com neuropatia periférica por causa do remédio, a diminuição foi de 38% para 24%.