25/04/2022
Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo anunciaram a descoberta de uma nova substância que impede o agravamento da doença de Parkinson.
A pesquisa foi publicada na revista Molecular Neurobiology e anunciada como uma novidade promissora em direção à cura da doença. Desenvolvida no Laboratório de Neurologia Celular da USP, sob a coordenação do professor Luiz Roberto Britto, em conjunto com pesquisadores do Instituto de Química, também da USP, e da Universidade de Toronto, no Canadá, os cientistas afirmam que a substância sintética à base da molécula tirfostina, chamada de AG-490, conseguiu diminuir cerca de 60% da morte celular cerebral em camundongos. O resultado ocorreu porque a substância conseguiu inibir o TRPM2- um dos canais de entrada de cálcio nas células do cérebro.
O Parkinson é caracterizado pela morte precoce ou degeneração das células na região do cérebro responsável pela produção de dopamina. A ausência ou diminuição deste neurotramsmissor afeta o sistema motor, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, alterações na fala e na escrita, assim como sintomas não motores, como alterações gastrointestinais, respiratórias e psiquiátricas. Até o momento não há cura para a doença.