07/02/2022
Uma nova variante supervirulenta do HIV foi descoberta por um grupo de cientistas internacionais liderados pela Universidade de Oxford, na Holanda e países próximos.
Segundo os pesquisadores, a nova cepa, que é mais transmissível e inspira cuidados da vigilância epidemiológica, foi batizada de VB, por ser uma variante do subtipo B do HIV. Até agora ela foi identificada em 109 pacientes, que tinham de 3,5 a 5,5 vezes mais carga viral no organismo, e sua contagem de células CD4+ do sistema imune se reduzia com o dobro da velocidade, segundo matéria publicada no jornal O Globo.
Apesar dos números de virulência preocupantes, os cientistas afirmam que a variante não deve causar uma crise de saúde pública, por ser essencialmente um vírus de transmissão sexual, o HIV, que evolui mais devagar que o coronavírus e os pacientes que passaram por terapia antirretroviral responderam bem ao tratamento.
A descoberta se deve à alta cobertura da vigilância epidemiológica para HIV na Holanda. O País não tem uma epidemia grave, e consegue sequenciar e analisar a evolução de vírus em amostras de mais da metade de seus pacientes. Cientistas afirmam, no entanto, que a variante não representa, ainda, uma ameaça maior que outras linhagens do HIV.