16/11/2021
A FDA-Food and Drug Administration, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, aprovou este ano o novo medicamento para Alzheimer, Aduhelm que, além de reduzir o nível de proteína beta-amiloide no cérebro de pacientes com a doença, diminui o acúmulo da proteína tau. Estas informações foram divulgadas esta semana pela Biogen, empresa de biotecnologia americana, e pela farmacêutica japonesa Eisai, fabricantes do medicamento, durante a Conferência de Ensaios Clínicos sobre a Doença de Alzheimer, em Boston, nos Estados Unidos.
Segundo matéria do jornal O Globo, resultados de dois estudos clínicos da fase III com 1.800 pacientes, mostraram que o Aduhelm reduziu significativamente os níveis sanguíneos de um tipo anormal da proteína tau, que forma os emaranhados tóxicos de fibras nervosas associadas à doença devastadora da mente. Isso foi relacionado a um menor declínio cognitivo e funcional nos pacientes com a doença e com uma redução da placa beta amilóide. O efeito foi maior com doses mais altas e a maior duração do tratamento.
A autorização do novo medicamento nos Estados Unidos, porém, não foi livre de controvérsias. Segundo um painel de especialistas que orientam a FDA, evidências mostravam o efeito do medicamento na redução das placas cerebrais, mas não no retardo da progressão da doença.