01/11/2021
O desenvolvimento em tempo recorde dos imunizantes contra a Covid-19, é um divisor de águas na história das vacinas, fazendo com que os pesquisadores se debrucem no estudo de uma nova geração de vacinas com diferentes plataformas, que terão nanotecnologia e podem vir até na forma de adesivos.
Segundo especialistas, as vacinas contra a Covid-19 foram desenvolvidas rapidamente porque houve enormes financiamentos. Assim, vacinas que levavam até 10 anos para serem desenvolvidas, agora foram feitas em menos de um ano.
Segundo o professor Ricardo Gazzinelli, pesquisador da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, a grande revolução foram as vacinas de mRNA, como as da Pfizer e da Moderna. Mas agora a grande aposta é a vacina de DNA, que segue uma linha parecida com a de RNA mensageiro. No caso, o DNA é injetado e a célula vai sintetizar o RNA e depois a proteína do vírus, em vez de injetar direto o RNA, como as atuais. A grande vantagem é o ganho em estabilidade, que possibilita armazenar o produto em refrigeradores comuns, diferente de outras vacinas que devem ser mantidas a -70° ou -20°C.
Outra opção promissora é o método de edição do genoma Crispr/Cas9, que rendeu às suas criadoras o prêmio Nobel de Química 2020. Ele permite atenuar micro-organismos com segurança e serviria para combater uma nova geração de patógenos, segundo matéria publicada no jornal O Globo.