14/06/2021
Cientistas da UFRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro descobriram um fenômeno relacionado ao surgimento de mais da metade dos casos de câncer no mundo. São alterações numa proteína chamada P53, uma das mais essenciais do organismo, considerada uma guardiã do genoma, segundo matéria publicada no jornal O Globo. Trata-se de uma pesquisa básica, mas abre novas vias para o diagnóstico e tratamento do câncer.
A P53 não existe em grande quantidade no organismo, mas, quando alterada, ela perde sua principal função original - que é a de evitar a multiplicação de células doentes, e assim, suprimir o câncer - e forma aglomerados cancerígenos.
Os pesquisadores da UFRJ descobriram que os aglomerados surgem em função de um processo bioquímico de mudança ou transição de fase, na qual uma proteína passa de um estado a outro. Quando defeituosa, a P53 passa do estado líquido para uma espécie de gel e até para o sólido e aí, tudo começa a dar errado.
O estudo foi publicado na revista Chemical Science, referência na área de química aplicada à biologia e à medicina, no Reino Unido.