18/01/2021
Os cientistas entraram em alerta: no último mês foram identificadas mais alterações genéticas potencialmente perigosas no Sars-CoV-2 do que em todo o período precedente da pandemia. O vírus vem mudando e se adaptando à medida que mais pessoas ficam expostas a ele. Segundo matéria do Jornal O Globo, “Em tese, mutações como a E484K, que circula no Brasil, e a britânica N501Y podem tornar o vírus mais transmissível, levar à reinfecções e prejudicar a eficácia da vacina.
Após as novas linhagens britânica e sul-africana, foi a vez de uma mutação brasileira chamar a atenção do mundo. Um dia depois do premier britânico Boris Johnson manifestar preocupação com a E484K, encontrada em Manaus e isolada de turistas japoneses que estiveram no Amazonas, o Reino Unido proibiu a entrada de viajantes com origem no Brasil, em Portugal e outros 14 países.
Há mais mutações no Sars-CoV-2 em circulação no Brasil e no mundo, resultado do aumento da propagação da pandemia. Antes, novas linhagens tinham uma ou duas mutações. Agora, têm de 15 a 20, algumas delas importantes – afirma o virologista Fernando Rosado Spilki, Coordenador da Rede Corona-ômica BR/MC-TI, criada para a vigilância genômica do coronavírus. Ele estima que de sete a nove linhagens do coronavírus circulem neste momento, cinco delas recentes.”