04/01/2021
“O desenvolvimento da ciência foi espantoso em 2020. Nunca houve tanta colaboração internacional, tanta geração de conhecimento, tantos laboratórios trabalhando com o mesmo objetivo: encontrar um medicamento e desenvolver vacinas para curar o mundo desta pandemia que nos causa tanto sofrimento e ceifa tantas vidas” segundo artigo da microbiologista Natalia Pasternak, no Jornal O Globo.
Segundo a cientista, o ano novo traz vacinas de mRNA, tecnologia inovadora que pode mudar para sempre a maneira como fazemos imunizantes, tornando seu desenvolvimento mais rápido. Vários países já começaram a vacinas suas populações com as vacinas da Pfizer e da Moderna, as primeiras dessa tecnologia a conseguir aprovação nas principais agências regulatórias do mundo. O Brasil que tinha tudo para ser um exemplo, como sempre foi em campanhas de vacinação, fica para trás, com poucas perspectivas reais para o começo do ano.
Temos duas fortes vacinas candidatas para suprir a demanda em 2021, mas ambas com alguns obstáculos. Nossa melhor aposta é a CoronaVac. Esperamos que finalmente seus resultados de eficácia e segurança sejam entregues em janeiro e se encaminhe o pedido de autorização para a ANVISA.
A vacina da AstraZeneca/Oxford está em situação ainda mais nebulosa, segundo Natalia Pasternak. Após passar por testes clínicos atrapalhados, precisa restaurar a confiança da comunidade cientifica e da população, e também fornecer os dados de eficácia e segurança para obter o aval da ANVISA.
“Tecnicamente, não há por que duvidar da capacidade de proteção de nenhuma das duas, mas sem saber o quanto protegem, que faixa etária protegem e quantas doses teremos disponíveis e em que meses do ano, não temos como prever qual será seu uso ou impacto em 2021.”