30/03/2020
O Ministério da Saúde anunciou que pretende aplicar 22,9 milhões de exames para diagnosticar o novo coronavírus. A ideia é fazer a testagem em massa, como indica a Organização Mundial de Saúde (OMS). A promessa do governo federal, no entanto, esbarra no limite da capacidade de produção da Fiocruz, principal laboratório público responsável por fornecer kits. Mas o governo está contando também com doações e compras no mercado internacional para atingir essa meta.
Segundo dados do Ministério da Saúde, neste pacote são previstos 14,9 testes moleculares, o PCR, e 8 milhões de testes rápidos, os sorológicos. O PCR aponta se há infecção em tempo real, quando o vírus está em ação no corpo humano. Detecta o material genético do coronavírus e é o mais indicado para ver se a pessoa está contaminada.
O exame sorológico rastreia a presença de anticorpos que o indivíduo está produzindo em resposta à infecção, podendo ser realizado por meio de testes rápidos ou em equipamentos laboratoriais automatizados. Em geral, captam dois tipos de anticorpos: o da classe IgM , que aparece alguns dias após o aparecimento dos sintomas, quando já houve replicação viral considerável e o organismo começa a se defender; e o da classe IgG, que é o anticorpo que em geral aparece mais ao final da infecção e permanece para sempre, por causa da imunidade adquirida.
O exame sorológico também é importante para a vigilância epidemiológica, para ajudar a mapear quantas pessoas foram infectadas e entender a dinâmica da doença. Mas para fazer um diagnóstico em tempo real, segundo especialistas, o método ideal preconizado pela OMS tem de ser o PCR-RT.