23/03/2020
Por causa da corrida às farmácias em busca da hidroxicloroquina e da cloroquina, remédios apontados como promissores no combate ao novo coronavírus, a Anvisa-Agência Nacional de Vigilância Sanitária – decidiu restringir a venda nas farmácias. O objetivo é evitar o desabastecimento para pessoas que usam as drogas no tratamento de doenças como artrite, malária e lúpus.
Segundo o Ministério da Saúde, a cloroquina e seus análogos, medicações utilizadas, classicamente, no tratamento da malária, também têm efeito documentado no tratamento de algumas doenças virais, bem como no tratamento de doenças autoimunes como a artrite reumatoide.
Alguns órgãos de imprensa e as mídias sociais têm divulgado o uso dessas substâncias como sendo eficazes na prevenção ou tratamento da infecção pelo Corinavírus (Covid-19). Mas os estudos em andamento com o uso de hidroxicloroquina em alguns pacientes internados, ainda são preliminares e requerem comprovação cientifica pelos órgãos reguladores.
Não existe qualquer indicação clínica para o uso preventivo dessa medicação.
Portanto, até que a avaliação pelas agências de controle sanitário possam validar resultados que tenham fundamentos científicos, devemos evitar disseminar, junto à população, a ideia de que essas drogas sejam capazes de prevenir, tratar ou curar as pessoas infectadas pelo Coronavírus, gerando uma falsa e irresponsável esperança nas pessoas e ocasionando uma corrida às farmácias para compra de cloroquina e seus análogos, sem qualquer fundamento técnico que justifique essa atitude.
Mais informações no site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br).