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Congresso Mineiro de Videocirurgia vai discutir viabilidade da robótica no Brasil e emprego das cirurgias pélvicas

24/10/2013

O avanço da técnica da laparoscopia com o uso da robótica e sua viabilidade no Brasil será um dos temas em destaque no III Congresso Mineiro de Videocirurgia, que será realizado entre os dias 25 e 27 deste mês, em Belo Horizonte. Na ocasião, também será discutido o emprego da videolaparoscopia nas cirurgias pélvicas, inclusive no tratamento de casos de câncer e infertibilidade. Mas a abordagem cirúrgica não se restringirá à ginecologia, alcançando também a urologia, a proctologia e a cirurgia geral.

De acordo com o ginecologista e obstetra Sergio Simões de Souza, presidente da SOBRACIL-MG, o congresso foi marcado no fim de semana para facilitar a participação de associados principalmente do interior e que dispõem de menor tempo fora de seus consultórios e hospitais. Na sexta-feira, dia 25, haverá o pré-congresso, com cursos de endo sutura laparoscópica, cirurgia avançada no trato urinário e hérnia inguinal laparoscópica.

"Somos a terceira regional da SOBRACIL no Brasil, estando depois de São Paulo e Rio em termos de associados e sempre realizamos eventos com o propósito de divulgar o nome da entidade. Temos promovido eventos a cada dois meses nos hospitais da região e o congresso a cada dois anos, mobilizando um número cada vez maior de associados", explica Sergio Simões.

Entre os palestrantes estarão o argentino Leopoldo Videla Rivero, que foi presidente fundador da Sociedade Argentina de Cirurgia Laparoscópica e professor da Universidade Buenos Aires. Do Brasil, haverá palestras com médicos de referência nas áreas abordadas no congresso. O Presidente da SOBRACIL, Claudio Crispi, também estará presente. A programação completa do congresso está disponível em www.sobracilmg.org.br/congresso

Balanço da gestão e da videocirurgia no Brasil

O reconhecimento da profissão médica e os honorários são temas centrais que sempre foram discutidos pela SOBRACIL-MG, nos dois anos de mandato do médico Sergio Simões. Na opinião do presidente da entidade, a falta de remuneração adequada, em virtude da defasagem das tabelas, limita o uso da técnica da videocirurgia, ao contrário do que ocorre em outros países,como Estados Unidos, onde o emprego do recurso é cada vez maior, em função dos benefícios que gera aos pacientes.

"Essa questão dos honorários médicos é uma briga de longa data e tem piorado bastante aqui no Brasil. A tecnologia evoluiu bastante, em termos de recursos e equipamentos, mas enfrentamos essa situação da baixa remuneração aos médicos, o que inibe o seu emprego. Por isso, teremos uma mesa dedicada a esta temática", explica o presidente da SOBRACIL-MG.

A realização de ações em hospitais, em especial discussões sobre técnica e honorários, assegurou uma participação mais efetiva dos 345 associados ativos, observa Sergio Simões, ao considerar que a videocirurgia no Brasil, iniciada nos anos 1980, apresenta condições extremamente satisfatórias, comparáveis ao que existe no exterior. "O problema aqui é principalmente a remuneração e a limitação de equipamentos. Aqui, por exemplo, há recursos que não podemos utilizar pois não há autorização dos planos e nem estão disponíveis na rede pública", reitera.

No último dia do congresso, haverá eleição para escolha da nova diretoria da SOBRACIL-MG, para um mandato de dois anos.

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