07/08/2017
Dia 27 de julho, foi realizada no Hotel Mercure do Rio, a 2ª Jornada Sudeste de Hérnia, organizada pela Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal, com palestras de alto nível, entre elas a de Julio Cesar Beitler, TCBC e especialista em Cirurgia Geral pelo CBC, Membro da SOBRACIL e Mestre em Cirurgia pela Universidade de Illinois - Chicago, que falou sobre O QUE NÓS CIRURGIÕES DEVEMOS SABER SOBRE TELAS PARA O TRATAMENTO DAS HÉRNIAS
DA PAREDE ABDOMINAL, gerando muita curiosidade e perguntas sobre o tema.
Segundo Julio Beitler, “da mesma maneira que estudamos antibióticos, sabemos como funciona, qual a dose, como são excretados, quando usar, os efeitos colaterais etc. devemos saber também sobre telas, pois as usamos frequentemente em nossos pacientes. Antes de operarmos devemos conhecer para escolher qual tela usar; qual é a melhor nesse caso; de que é feita; quais os efeitos negativos, etc.
Houve várias tentativas de se usar materiais como reforço da parede abdominal. Foram tentados materiais orgânicos como fáscia lata, ou metálicos como o tântalo ou o aço, sem, no entanto, obter bons resultados.
Com o advento dos materiais poliméricos (plásticos) iniciou-se uma nova fase e avanços significativos no seu uso, assim como a aceitação dos tecidos a essa enxertia de corpo estranho.
Os materiais sintéticos mais utilizados são: poliéster, polipropileno, politetrafluroetileno (PTFE-e) e o fluoreto de polivinilideno (PVDF).
Francis Usher, em 1958, foi o primeiro a utilizar a tela de polipropileno em seres humanos (Usher F, et al. Am Surg. 24-969-974, 1958).
Por várias décadas os americanos e nós utilizamos essa tela, enquanto que os europeus utilizaram preferencialmente o poliéster.
Com o passar do tempo e através de estudos mais profundos, tanto da parede abdominal, quanto das telas, aprendemos várias de suas características e a indústria fez as modificações de aprimoramento e de suas propriedades em sua forma, na trama, etc. E hoje existem vários tipos de tela que podem ser usadas com ótimos resultados.
Uma matéria completa sobre o tema será apresentada no nosso próximo SOBRANEWS. Aguardem!