21/11/2016
A Sociedade Brasileira de Hérnia faz um alerta: se você tiver uma hérnia, procure logo um especialista. Não deixe que ela se torne gigante, pois as complicações podem ser muito maiores. Este será um dos principais temas da 2ª Jornada SBH Nordeste de Hérnia que será realizada dia 25 de novembro de 2016, no auditório do Campus Universitário Petrônio Portela, em Teresina, no Piauí.
Segundo o Dr. Alexander Morrell, Coordenador da Jornada, podem ocorrer hérnias gigantes tanto nas regiões inguinais como em outras regiões do abdome ou em incisões de cirurgias já realizadas na parede abdominal. Estas hérnias que ocorrem nas incisões são tambem conhecidas como hérnias incisionais ou ventrais.
Existem dois tipos de hérnia inguinal: a da criança, que é congênita (nasce com ela) e a do adulto, que ocorre quando, por diversos motivos, desenvolve-se uma fraqueza da parede abdominal associada a um aumento das pressões intra-abdominais. Essa fraqueza na região promove o aparecimento de um abaulamento no local. Esse abaulamento pode causar dor ou desconforto no local, principalmente ao se fazer esforços físicos. Na região inguinal as hérnias tendem a aumentar de tamanho com o tempo. Até certo ponto as hérnias aumentam pelo medo do paciente em operar. Os pacientes postergam o tratamento. Quando há um aumento importante da hérnia e o paciente quer operar, ocorre o contrário, vários cirurgiões se recusam a fazer a cirurgia, pois, ou não sabem como corrigir esse grande defeito, ou não querem o difícil trabalho que é tratar uma hérnia gigante. Normalmente, essas hérnias gigantes ocorrem em pessoas de baixa condição social e educacional. O paciente mais esclarecido, procurando o médico, será operado quando a hérnia for de tamanho pequeno ou médio.
As hérnias incisionais podem acontecer em associação com outros problemas tambem. Em algumas situações o paciente pode apresentar uma infecção abdominal associada. A musculatura não cicatriza em toda a sua extensão. Pode ocorrer tambem um erro técnico no fechamento da incisão na operação inicial. Existem diversas causas para a formação de hérnias incisionais e elas podem ser pequenas ou grandes dependendo de cada caso. Segundo a literatura, a incidência de hérnias incisionais é de 20% de todas as incisões no abdome.
Estas hérnias incisionais gigantes normalmente precisam de cirurgias por via convencional e são muito difíceis de se tratar, tanto no preparo pré-operatório, quanto nos cuidados de pós-operatório e tecnicamente durante a cirurgia.
A recuperação é bem mais demorada e os índices de cura não são tão favoráveis. Nas inguinais o índice de cura é bom, porém com recuperação demorada. O alerta importante, é não deixar que as hérnias se tornem gigantes.
A Jornada vai abordar ainda, entre outros temas, o reparo laparoscópico das hérnias ventrais, o que há de novo para o reparo das hérnias umbilicais e estratégias para o reparo das grandes hérnias.
Mais informações pelo site www.sbhernia.com.br