Órgão Oficial de Divulgação Científica da
Sociedade Brasileira de VideocirurgiaISSN: 1679-1796
ANO 3 Vol.3 Nº 1 - Jan/Mar 2005<< Arquivo PDF >>
Operação de Fobi-Capella por Via Laparoscópica: O que Sabemos Realmente?
Laparoscopic Gastric Bypass for Morbid Obesity: What do we Know About it?
José Américo Bacchi Hora, Carlos Eduardo Jacob, Mitsunori Matsuda, Cláudio Bresciani, Bruno Zilberstein, Joaquim Gama-Rodrigues
Trabalho realizado na Divisão de Clínica Cirúrgica II do HCFMUSP (Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP)
OBJETIVO: Diversos estudos têm demonstrado a exeqüibilidade e os bons resultados da gastroplastia com derivação gastrojejunal no tratamento da obesidade mórbida. Com o desenvolvimento do instrumental cirúrgico e a popularização do método videolaparoscópico, a cirurgia bariátrica tornou-se uma das áreas em que a laparoscopia mais promoveu progressos. Como resultado da experiência produzida inclusive por ensaios clínicos aleatorizados entre a via laparotômica e a via laparoscópica, a via de acesso por vídeo parece associada associada a maior tempo operatório, menor tempo de internação, menor incidência de complicações da incisão cirúrgica, maior incidência de suboclusão intestinal e maior ocorrência de estenose de anastomose (principalmente quando utilizado grampeamento circular). A avaliação das condições inerentes aos locais dos estudos tais como a experiência do cirurgião, equipamento e financiamento se fazem necessárias com o objetivo de viabilizar a implantação da via de acesso por vídeo para o tratamento cirúrgico por gastroplastia da obesidade mórbida.
Palavras-chave: Obesidade, Obesidade Mórbida, Gastroplastia, Derivação Gástrica.
Bariatric surgery is the therapy for morbid obesity. Several reports already concluded for the feasibility and effectiveness associated to gastric bypass which has been proven as safe and well-tolerated approach. Equipment development and better surgeons´ laparoscopic skills lead to a significant increase in the number of operations performed worldwide and between us. Since methodological quality of published reports are poor, it remains a difficult task to determine the most cost effective approach to gastric bypass, if conventional or laparoscopic. Significant differences can be found regarding perioperative complication, time to recovery, and cost. Laparoscopic gastric bypass seems to be associated to a lower hospital stay, a prolonged operative time, lower incidence of wound complications, more postoperative complications such as bowel obstruction and anastomotic stenosis and an elevated cost. These results should be taken in to account when considering to begin and maintain programs for surgical treatment of morbid obesity in our country.
Key words: Obesity, Obesity Morbid, Gastric Bypass, Gastroplasty.
Hora JAB, Jacob CE, Matsuda M, Bresciani C, Zilberstein B, Gama-Rodrigues J. Operação de Fobi-Capella por Via Laparoscópica: O que Sabemos Realmente? Rev bras videocir 2005;3(1):26-31.
Recebido em 02/03/2005
Aceito em 10/03/2005
o final da década de 1980, Rafael Capella1 e Mathias Fobi2, concomitante e independentemente propuseram operações bariátricas bastante semelhantes utilizando gastroplastia vertical com anel de contenção e derivação gastrojejunal em Y-de-Roux. Os bons resultados iniciais, a padronização técnica e reprodutividade dos resultados em outros centros fizeram com que o procedimento se transformasse rapidamente no mais executado nos EUA, suplantando a gastroplastia vertical com bandagem de Mason. No Brasil, foi introduzida por Garrido Jr, com ótimos resultados, tornando-se o procedimento de primeira escolha na maioria dos serviços 3. Esta técnica combina a restrição gástrica à ingestão alimentar com um pequeno componente disabsortivo, representado pela derivação em Y-de-Roux.
Desde o início de era da cirurgia videolaparoscópica, foram notados os benefícios desta via de acesso para os pacientes obesos, tão susceptíveis a complicações pós-operatória metabólicas, cardiovasculares e da ferida cirúrgica. Alguns trabalhos demonstraram a superioridade desta via nas colecistectomias realizadas em obesos4. Com o desenvolvimento do instrumental cirúrgico e a popularização do método videolaparoscópico, a cirurgia bariátrica tornou-se uma das áreas em que a laparoscopia mais promoveu progressos. Em 1991, Antonio Catona realizou a primeira gastroplastia vertical com bandagem5. No mesmo ano, foi iniciada a colocação de banda gástrica ajustável por via laparoscópica. Em 1994, Wittgrove e Clark relataram sua experiência inicial com a derivação gástrica laparoscópica6. Desde então vários outros relatos se sucederam e séries numerosas com bons resultados foram publicadas. Todos os tipos de operações bariátricas realizadas na atualidade podem ser realizadas por via aberta ou por videocirurgia. As gastroplastias verticais com bandagem7, colocação de bandas gástricas ajustáveis8, derivações gastrojejunais com e sem anel9 e derivações bileopancreáticas10 estão padronizadas para a via laparoscópica.
DIFICULDADES NO APRENDIZADO DA TÉCNICA LAPAROSCÓPICA
Séries numerosas demonstram a segurança e bons resultados da laparoscopia nos pacientes obesos, semelhantes aos de séries históricas com a via aberta, mas ressaltam a difícil curva de aprendizado, sendo necessárias experiência em videocirurgia avançada e em cirurgia bariátrica para a implementação de um programa9.
As dificuldades técnicas na execução da gastroplastia vertical com bandagem e derivação gástrica em Y-de-Roux videolaparoscópica a colocam entre os procedimentos de maior complexidade e mais difícil treinamento no campo da videocirurgia do aparelho digestivo. Gould et al. sugeriram um período de transição entre as operações abertas e videolaparoscópicas, com a realização das operações vídeo assistidas (hand-assisted)11. O período correspondente à curva de aprendizado, quando os resultados são inferiores e o cirurgião não se sente seguro para o procedimento, também é motivo de discussão. Dressen et al. consideram que, após 20 a 25 procedimentos, o cirurgião está apto à realização segura das operações12; outros autores, entretanto, baseados nos resultados de séries mais numerosas13,14, verificaram que após 50 ou até 100 operações, os resultados do procedimento atingem qualidade satisfatória. See et al. (2002) realizaram estudo comparativo histórico entre casos operados no primeiro ano de experiência com cada via de acesso num determinado serviço norte-americano, comparando os primeiros 20 casos submetidos a gastroplastia com derivação em Y-de-Roux por via laparoscópica com 52 casos operados pela mesma técnica por via aberta. Demonstraram morbidades diferentes entre os grupos, com maior número de fístulas anastomóticas no grupo laparoscópico (20% vs. 4%). Atribuíram tal fato à curva de aprendizado que é longa nos procedimentos laparoscópicos, ressaltando ainda a necessidade da via aberta para alguns pacientes obesos15.
Recentemente realizamos trabalho retrospectivo comparando os vinte primeiros casos consecutivos operados por um mesmo cirurgião em nossa instituição por via laparoscópica, com os vinte primeiros casos consecutivos operados por outro cirurgião, utilizando a via aberta, a fim de comparar as dificuldades, resultados e complicações precoces entre as duas vias de acesso durante a curva de aprendizado16 ((Quadro-1). Apesar dos grupos apresentarem diferenças importantes quanto ao IMC e à associação com colecistectomia, impossibilitando uma comparação estatisticamente significativa, observamos alguns aspectos interessantes neste estudo, como o maior tempo cirúrgico e anestésico com a laparoscopia, apesar de os procedimentos terem sido prolongados nos dois grupos (5h37 e 6h40'); e a alta taxa de complicações pós-operatórias em ambos os grupos, se destacando as complicações de ferida no grupo aberto (15% contra 0%) e as gastrointestinais (25% vs. 10%), notadamente as hemorrágicas (10 vs. 0%), no grupo laparoscópico.
Quadro 1 - Resultados precoces (30 dias) dos primeiros 20 casos consecutivos de cada cirurgião no Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP.
Laparotomia
(n = 20)Laparoscopia
(n = 20)Tempo cirúrgico (min) 338 400 Mortalidade (%) 0 0 Complicações (%) 55 45 Comp. de ferida (%) 15 0 Comp. Respiratórias (%) 15 10 Comp. Gastrointestinais (%) 10 20 Reoperações (%) 0 10 Conversões (%) - 15
RESULTADOS DAS OPERAÇÕES POR VIDEOLAPAROSCOPIA
O sucesso da operação bariátrica, realizada por laparotomia ou laparoscopia, é a perda de pelo menos 50% do excesso de peso (diferença entre o peso pré-operatório e o peso ideal). Em pacientes com superobesidade, indivíduos com IMC maior que 50 kg/m2 segundo a Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica, a perda do excesso de peso pode não ser uma medida confiável, visto que uma menor porcentagem destes pacientes se aproximarão do peso ideal. Nestes casos o IMC é a medida mais apropriada. Espera-se que estes pacientes atinjam um IMC menor que 35 kg/m2. O nadir da perda de peso ocorre entre 18 a 24 meses após a operação. A maioria das séries relata uma perda média de 65 a 74% do excesso do peso ou 35% do peso corpóreo, após a realização de gastroplastia e derivação gastrojejunal em Y-de-Roux1,2.
Diversos estudos têm demonstrado a exeqüibilidade e os bons resultados da gastroplastia com derivação gastrojejunal no tratamento da obesidade mórbida13,19,20,3,23. O Quadro-2 relata os resultados de alguns deles.
Quadro 2 - Resultados de algumas séries de gastroplastia com derivação em Y-de-Roux no tratamento da obesidade mórbida.
Autor Parâmetros Wittgrove e col. Higa e col. Schuer e col. Biertho e col. DeMaria e col. n 500 388 275 456 281 Tempo operatório médio (min) - 60-90 260 - 198 Conversão (%) - 3 1,1 2,0 2,8 Morbidade precoce (%) - 15 3,3 4,2 7,1 Fístula anastomótica (%) 2,2 0 1,5 - 5,1 Hérnia (%) 0 0 0,7 - - Morbidade tardia (%) - - 18,9 8,1 16,4 Tempo de internação médio (dias) 2,6 1,6 3,6 3 4,0 Variação do IMC (Kg/m2) - 35 - 78 34-68 27-77 40-71 Tempo médio de seguimento (meses) 60 22 31 - - Perda média do excesso de peso (%) 73 70 69 74,6 70
Higa et al. (2000) analisaram os primeiros 400 casos operados (gastroplastia sem anel e derivação gastrojejunal em Y-de-Roux) e informaram taxa de complicações de 15 %, tempo cirúrgico reduzido e perda média de 69% do excesso de peso em 12 meses 19.
DeMaria et al. (2002) relataram a experiência com 281 pacientes submetidos a gastroplastia sem anel e derivação em Y-de-Roux. A taxa de conversão para laparotomia foi de 2,8% e complicações foram observadas em 24% dos pacientes. Os referidos autores observaram a influência da curva de aprendizado na casuística, com diminuição do tempo cirúrgico e da taxa de fístula da anastomose gastrojejunal nos últimos 164 casos 1.
ESTUDOS COMPARATIVOS ENTRE LAPAROSCOPIA E LAPAROTOMIA
Devido aos resultados superiores e à recomendação de que seja o procedimento bariátrico de primeira escolha nos EUA, as gastroplastias com derivações gastrojejunais em Y-de-Roux foram mais bem estudadas quanto à via de acesso. Avaliamos três estudos prospectivos controlados aleatorizados desta técnica comparando as vias de acesso aberta e laparoscópica (Quadro-3)2,3,4.
Quadro 3 - Estudos prospectivos aleatorizados comparando a realização de gastroplastia e derivação gastrojejunal em Y-de-Roux através dos acessos por laparotomia e laparoscopia no tratamento da obesidade mórbida (* diferença estatisticamente significativa).
Westling e col. Nguyen e col. Luján e col. Laparotomia
(n = 21)Laparoscopia
(n = 30)Laparotomia
(n = 76)Laparoscopia
(n = 79)Laparotomia
(n = 51)Laparoscopia
(n = 53)Redução do IMC (Kg/m2) 13 14 - - - - Perda do excesso de peso (%) - - 62 68 - - Tempo cirúrgico (min) 100 245 195 225* 202 186 Mortalidade (%) 0 3,3 0 0 2,0 3,8 Fístula da anastomose (%) 0 3,3 2,6 1,3 9,8 3,8 Hérnia Incisional (%) 4,8 0 6,6 0 29 0 Infecção de parede (%) 14 2 10,5 1,3* 24 0 Estenose da anastomose (%) 0 3,3 2,6 11,4* 7,9 1,9 Morbidade precoce (%) 38,0 46,7 9,2 7,6 23 Morbidade Tardia (%) - - 18,9 15,2 11* Tempo de internação (dias) 6 4,5 8,4 4,0* 5,2
Em relação à perda de peso, Nguyen et al. (2001) demonstraram discreta vantagem com a via laparoscópica, observando diminuição do excesso de peso de 68% após um ano, contra 62% com a via convencional, diferença estatisticamente insignificante (p = 0,07). De maneira similar, Westling et al. (2001) publicaram diminuição do IMC dos pacientes operados por via laparoscópica de 14 kg/m2 em um ano e de 13 kg/m2 nos submetidos à operação aberta, também sem diferença estatística. Luján et al. (2004) não encontraram diferenças entre os dois grupos.
Nguyen et al. observaram que após a operação por laparoscopia havia menores índices de hipoxemia e atelectasia nos primeiros três dias, porém após sete dias de pós-operatório, os pacientes operados por laparotomia obtinham os mesmos resultados nos testes de função pulmonar 1,2.
Westling et al. observaram resultados semelhantes também quanto à satisfação pessoal. Entretanto, houve maior tempo cirúrgico com a videocirurgia, mas com menor tempo de internação hospitalar (três vs. quatro dias). A recuperação da cirurgia pareceu ser mais rápida nos pacientes operados por via laparoscópica, mas após três meses, isto não teve significância estatística.
Em nosso meio, a experiência inicial com a via laparoscópica nas derivações gastrojejunais, demonstrou resultados um pouco inferiores aos da via aberta 3, fato revertido após a colocação do anel, também nas operações videolaparoscópicas.
A análise conjunta destas publicações sugere que a via laparoscópica está associada a maior tempo operatório, menor tempo de internação (e conseqüentemente ao menor custo), menor incidência de complicações da incisão cirúrgica (infecção e hérnias), maior incidência de suboclusão intestinal (por hérnias internas) e maior ocorrência de estenose de anastomose (principalmente quando utilizado grampeamento circular).
CONCLUSÃO
Embora a tendência mundial pareça nos levar à era das operações bariátricas por via laparoscópica, é necessária uma avaliação de seus reais benefícios na condição estrutural e econômica de cada local antes de sua ampla implementação em nosso tão heterogêneo país.
Referências Bibliográficas
1. Capella JF, Capella RF, Mandac H, Nath P. Vertical banded gastroplasty-gastric bypass: preliminary report. Obes Surg 1: 389-95, 1991.
2. Fobi MAL, Lee h, Fleming AW. The surgical technique of the banded Roux-em-Y gastric bypass. J Obes and Weight Regulation 8: 99-102, 1989.
3. Garrido Jr AB, Oliveira MR, Berti LV, Elias AA, Pareja JC, Matsuda M, Gama-Rodrigues JJ. Derivações gastrojejunais. In: Garrido Jr., AB. Cirurgia da Obesidade. Editora Atheneu, São Paulo, 2003.
4. Sirikene K, Page C, Miller J, et al. Laparoscopy approach is the procedure of choice for colecistectomy in morbidly obese patients. Surg Endosc 12:387, 1998.
5. Catona A, La Manna L, Forsell P. The Swedish adjustable gastric band: laparoscopic technique and preliminary results. Obes Surg 10: 15-21,2000.
6. Wittgrove AC, Clark GW, Treblay LJ .Laparoscopic Gastric Bypass, Roux-en-Y: preliminary report of five cases. Obes Surg 4:253-7, 1994.
7. Tinoco, RC, Tinoco ACA. A via laparoscópica em cirurgia bariátrica. In: Garrido Jr., AB. Cirurgia da Obesidade. Editora Atheneu, São Paulo, 2003.
8. Belachew M, Legrand M, Vincent V, Lismonde M, LeDocte N, Deschamps V. Laparoscopic adjustable gastric banding. World J Surg 22: 955-63, 1998.
9. Wittgrove AC, Clark GW. Laparoscopic Gastric Bypass: a 5 year prospective study of 500 patients from 3-60 months. Obes Surg 10: June, 2000.
10. Paiva D, Bernardes L, Suretti L. Laparoscopic bileopancreatic diversion for the treatment of morbid obesity: initial experience. Obes Surg 11: 619-22, 2001.
11. Gould JC, Needleman B J, Ellison EC, Muscarella P, Schneider C, Melvin WS. Evolution of minimally invasive bariatric surgery. Surgery 132: 565-72, 2002.
12. Dresel A, Kuhn JÁ, Westmoreland MV, Talaasen LJ, McCarty TM. Establishing a laparoscopic gastric bypass program. Am J Surg 184; 617-20, 2002.
13. Higa KD, Boone KB, Ho T, Davies OG. Laparoscopic Roux-en-Y gastric bypass for morbid obesity: Technique and preliminary resulta of our first 400 patients. Arch Surg 135 (9): 1029-33, 2000.
14. Schauer PR, Ikramuddin S, Gourash W, Ramanathan R, Luketich J. Outcomes after laparoscopic Roux-en-Y gastric bypass for morbid obesity. Ann Surg 232 (4): 515-29, 2000.
15. See C, Carter PL, Elliott D, Mullenix P, Eggebroten W, Porter C, Watts D. An institutional experience with laporoscopic gastric bypass complications seen in the first year compared with open gastric by pass complications during the same period. Am J Surg 183 (5):533-38, 2002.
16. Hora JAB, Jacob CE, Matsuda M, Bresciani CLC, Roncon A, Zilberstein B, Gama-Rodrigues J. Learning curve on surgical treatment of morbid obesity: Comparison between open and laparoscopic aproach. Poster. 14th World Congress of the International Association of Surgeons and Gastroenterologists IASG in Zurich, Switzerland, September 9 - 12, 2004.
17. Halverson JD, Koehler RE. Gastric Bypass: analysis of weight loss and factors determining success. Surgery 90: 446-55, 1981.
18. Brolin R. Gastric Bypass. Surg Clin North Am 81: 1077-95, 2000.
19. Biertho L, Ricklin T, Horber FF, Pomp A, Inabnet WB, Herron D, Gagner M. Laparoscopic gastric bypass versus laparoscopic adjustable gastric banding: a comparative study of 1200 cases. J Am Coll Surg 197: 536-44, 2003.
20. DeMaria EJ, Sugerman HJ, Kallum JM, Meador JG, Wolfe LG. Results of 281 consecutive total laparoscopic roux-em-y gastric bypasses to treat morbid obesity. Ann Surg 235: 640-7, 2002.
21. Nguyen NT, Goldman C, Rosenquist CJ, Arango A, Cole CJ, Lee SJ, Wolf BM. Laparoscopic versus open gastric bypass: a randomizied study of outcomes, quality of life and costs. Ann Surg; 234 (3): 279-89, 2001.
22. Westling A, Gustavson S. Laparoscopy vs open Roux-em-Y gastric bypass: A prospective randomized trial. Obes Surg 11 (3): 284-92, 2001.
23. Lujan JA, Frutos D, Hernandez Q, Liron R, Cuenca JR, Valero G, Purrila P. Laparoscopic versus open gastric bypass in the treatment of morbid obesity. A randomized study. Ann Surg 239: 433-37, 2004.
24. Nguyen NT, Ho HS, Palmer LS, et al A comparasion study of laparoscopic versus open gastric bypass for morbid obesity. J Am Coll Surg 191: 149-57, 2000.
25. Nguyen NT, Lee SL, Goldman C, Fleming N, Arango A, McFall R, Wolfe BM. Comparison of pulmonary function and postoperative pain after laparoscopic versus open gastric bypass: a randomized trial. J Am Coll Surg. 2001 Apr;192(4):469-77.
26. Garrido Jr AB, Oliveira MR, Berti LV, Szegö T, Matsuda M, Gama-Rorigues JJ. Bypass gástrico laparoscópico x convencional. In: Habr-Gamma A, Gama-Rodrigues JJ, Cecconello I, Zilberstein B, Machado MCC, Saad WA, Moura EGH, Bresciani C, ed Atualização em Cirurgia do Aparelho Digestivo e em Coloproctologia, São Paulo, Frontis Editorial: 207-13, 2000.