Órgão Oficial de Divulgação Científica da
Sociedade Brasileira de Videocirurgia

ISSN: 1679-1796
ANO 1 Vol.1  Nº 2 - Abr/Jun 2003

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Cirurgia Laparoscópica Vídeo-assistida com Acesso Manual Combinado: Estudo Randomizado Comparativo com Laparotomia *

Laparoscopic Hand Assisted Surgery: Comparative Randomized Study with Laparotomy

João de Aguiar Pupo Neto1, Domingos Lacombe2


Disciplina de Coloproctologia, Curso de Pós-graduação, Departamento de Cirurgia, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil


RESUMO

OBJETIVOS: O estudo pretende demonstrar a viabilidade técnica e as vantagens clínicas da cirurgia vídeo-assistida com acesso manual combinado na cirurgia colo-retal. Nesta proposta, os autores empregam um elevador mecânico de parede abdominal que permitiu a vídeo-cirurgia com acesso manual, sem a necessidade do pneumoperitônio. MATERIAIS E MÉTODOS: O dispositivo - um afastador mecânico elaborado pelos autores - foi desenvolvido no Setor de Cirurgia Experimental do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1995, visando a elevação da parede abdominal de forma a permitir os tempos vídeo-assistidos com auxílio da mão. Um estudo comparativo randomizado foi realizado na Disciplina de Coloproctologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a fim de determinar as vantagens clínicas da técnica sobre a cirurgia laparotômica. Entre Janeiro de 1995 e Outubro de 1998 foram operados trinta e quatro (34) pacientes portadores de câncer colo-retal, divididos em dois grupos (A e B) e avaliados clinicamente em seguimento pós-operatório de 30 dias. No Grupo A, foram incluídos 17 pacientes submetidos à cirurgia laparoscópica vídeo-assistida com acesso manual combinado. No Grupo B, foram incluídos 17 pacientes submetidos à cirurgia laparotômica. Na maior parte dos casos do Grupo A foi empregada uma incisão a Pffaniestiell, medindo cerca de 7.5cm. Dois tipos de cirurgia foram realizados: a ressecção anterior de reto e a amputação abdomino-perineal de reto. Foram estatisticamente analisadas variáveis pré, per e pós-operatórias. RESULTADOS: A técnica permitiu um inventário da cavidade mais detalhado. A perda sanguínea foi menor no Grupo A, assim como a re-introdução de dieta oral e retorno de peristalse foram mais rápidos. Houve dor pós-operatória menos intensa neste mesmo grupo, e as complicações clínicas e operatórias que ocorreram foram de menor gravidade. CONCLUSÕES: A técnica laparoscópica com acesso manual combinado e sem pneumoperitônio, através do emprego de dispositivo especial para elevação da parede abdominal, apresentou vantagens clínicas pós-operatórias imediatas sobre o método laparotômico, nas cirurgias de câncer colo-retal.

Palavras-chave: LAPAROSCOPIA/métodos/instrumentação /efeitos adversos; CIRURGIA COLORRETAL/métodos; NEOPLASIAS COLORRETAIS/cirurgia; CÓLON/cirurgia; RETO/cirurgia; ESTUDOS PROSPECTIVOS/Rio de Janeiro.


PUPO NETO JA, LACOMBE D. Cirurgia laparoscópica vídeo-assistida com acesso manual combinado: estudo comparativo com laparotomia. Rev bras videocir 2003; 1(2): 60-70.



A

cirurgia laparoscópica dos cólons apresenta algumas dificuldades técnicas que a levaram a se difundir de forma mais lenta que outros pro-cedimentos laparoscópicos como a colecis-tectomia, a apendicectomia e a hernioplastia. Uma das dificuldades relaciona-se à posição dos cólons que, por ocupar várias regiões do abdome, exige um maior número de portas e a freqüente troca da ótica e das pinças durante a cirurgia. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 Adicionalmente, é necessário um grande número de ligaduras vasculares, muitas vezes de grosso calibre 2, 3, 6, 7, 9, além de uma incisão adicional para a retirada do órgão da cavidade, na maioria dos casos. 1, 2, 4, 10
    Outro fator limitante é a impossibilidade de palpação, para avaliação oncológica da lesão e de outros órgãos, nas cirurgias para tratamento do câncer. 1, 3, 4, 7, 11 ,1 2, 13 , 14
    Para a realização de procedimentos laparoscópicos colorretais verificou-se a importância da curva de aprendizado, sendo relatado em diversos trabalhos a diminuição de complicações após 50 cirurgias realizadas.6, 8, 15, 16, 17, 18 O treinamento nas cirurgias de cólon em videolaparoscopia é, portanto, mais demorado além de complexo.19
    Se fosse possível a introdução de uma das mãos na cavidade, poderiam ser minimizadas as dificuldades técnicas do método laparoscópico puro, de forma a permitir algumas vantagens, tais como:
    a) vantagens da laparoscopia cirúrgica - pequenas incisões, diminuição do tempo de íleo paralítico e redução do tempo de internação;
    b) vantagens da cirurgia aberta - palpação dos órgãos, facilidade na mobilização e afastamento das alças, além de segurança na ligadura dos vasos.
    No trabalho Laparoscopic assisted minilaparo-tomy with colectomy, OU (1995)20 descreve uma técnica de cirurgia, empregando o auxílio da mão dentro da cavidade, a qual permanecia presa à parede abdominal (através de uma sutura na aponeurose) como forma de impedir que a saída do CO2.
    PAOLUCCI e cols. (1995)21 também des-creveram técnica semelhante. Neste mesmo ano, KUSMINSKY e cols. (1995)22 publicaram sobre técnica de esplenectomia com acesso manual (laparoscopic hand-assisted). Outro trabalho publicado sobre o assunto foi o de BELMELMAN e cols. (1996)23 que mostrou o uso de um protetor plástico na mão (Pneumo Sleeve) com o objetivo de evitar a saída do CO2. Estes trabalhos enfatizam a importância da palpação nas cirurgias argumentando que, com isto, é possível determinar com maior precisão a extensão e o grau de infiltração da lesão, além de facilitar as dissecções com os dedos, justificado pela educação tátil que o cirurgião ganha em suas mãos com o tempo.19
    SCOTT e DARZI (1997)24 divulgaram técnica operatória com o uso associado da mão nas cirurgias laparoscópicas dos cólons comentando sobre a grande vantagem que a habilidade manual oferecia, quando associada a videolaparoscopia. Relatam, em especial, facilidades como a palpação do tumor, de eventuais metástases hepáticas e da identificação dos vasos em mesocólons espessos, além de assegurar o afastamento das alças, facilitar o uso da tesoura e grampeadores, admitindo melhor identificação dos planos cirúrgicos.
    A fim de permitir a livre introdução da mão na cavidade abdominal, a elevação mecânica da parede proposta neste estudo mostrou ser a melhor forma de manter o afastamento das alças, evitando as dificuldades de se trabalhar com o pneumo-peritônio com CO2, assim como seus efeitos inde-sejáveis. 21, 25, 26, 27

MATERIAIS E MÉTODOS

Desenvolvimento Técnico de Afastador

    O desenvolvimento do afastador foi realizado no Setor de Cirurgia Experimental do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a partir de Fevereiro de 1995. Diversos modelos foram experimentados em animais. Os primeiros modelos do afastador eram tracionados através de cabos presos em suportes no teto. As correntes, contudo, dificultavam a mobilização das pinças e da ótica, além de apresentarem necessidade de regulagem sempre que se mudava a posição da mesa operatória. A seguir, novos desenhos foram realizados e os modelos finais foram feitos de forma a ser possível sua fixação na mesa operatória, o que facilitou a mudança de posição do paciente através de Tredelemburg, movimentos laterais e outros (Figura 1 e 2).


Figura 1 - As quatro partes do último modelo do afastador.




Figura 2 - Afastador montado, mostrando o formato em arcos que elevará a parede abdominal.



    Um detalhe de importância neste afastador é sua forma em arco. Ao elevar a parede abdominal produz uma cavidade cilíndrica, ao invés de outros afastadores que formam uma cavidade cônica diminuindo o continente o que permitia com que as alças de delgado dificultassem a cirurgia (Figuras 3 e 4).


Figura 3 - Introdução do afastador em arco pela incisão.




Figura 4 - Colocação do afastador em forma de arcos na cavidade abdominal.



    As primeiras cirurgias, com o afastador e a laparoscopia auxiliada pela mão, já mostraram um método mais seguro e simples do que a técnica laparoscópica pura, por permitir:
    1. Palpação de todos os segmentos da cavidade abdominal;
    2. Avaliação das lesões tumorais e seu grau de invasão, semelhante à técnica aberta convencional;
    3. Facilidade e segurança nas ligaduras vasculares, pois a identificação dos vasos e a colocação dos clipes puderam ser acompanhadas e sentidas com os dedos;
    4. Rapidez e segurança na hemostasia, além de limpeza da cavidade;
    5. Facilidade no descolamento do reto e do ângulo esplênico devido à boa visualização através do vídeo (40 vezes maior);
    6. Possibilidade de visão combinada direta através da incisão e pelo vídeo, facilitan- do a noção tridimensional;
    7. Possibilidade de uso de diversos materiais convencionais através da incisão.
    Algumas dificuldades surgiram neste método. As alças do intestino delgado se interpuseram com muita freqüência entre a ótica e o campo operatório apesar do formato do afastador, provocando embaçamento pela presença de umidade e sangue na lente o que exigia freqüente limpeza e conseqüente perda de tempo. Isto ocorreu pelo fato de não haver a mobilização cranial do diafragma, quando empregado o afastamento mecânico - ao contrário do que ocorre com o pneumoperitônio - levando a um menor espaço para a acomodação das alças.
    Este, talvez tenha sido o principal fator limitante para a realização do método. O problema foi solucionado envolvendo-se o intestino delgado com uma compressa, sendo mantido afastado mecanicamente pelo uso de uma lâmina maleável (Figura 5).


Figura 5 - Intestino delgado envolvido por compressas e afastado através de lâmina maleável para o quadrante superior do abdome.



    Outro fator que contribuiu para o embaçamento da ótica foi o escoamento de sangue pelas paredes da ótica em direção da cavidade abdominal, na ausência do pneumoperitônio. Quando se trabalha com a cavidade insuflada há uma tendência para que o sangue acumulado nas válvulas saia e não retorne. A solução foi o uso de trocartes de tórax sem o sistema valvulado, o que diminuiu a quantidade de sangue acumulado em seu interior, permitindo uma limpeza sistemática da ótica.

Padronização da Cirurgia Laparoscópica com Acesso Manual

    A Incisão
    Nos dois primeiros casos realizamos uma incisão longitudinal suprapúbica com 7.5 cm de extensão interessando todos os planos (pele, subcutâneo, aponeurose e peritônio). Esta incisão permitiu um bom acesso da mão e a realização com segurança destas cirurgias, pois caso houvesse necessidade de conversão do método bastaria ampliá-la. No aspecto estético, contudo, não proporcionava os mesmos resultados das incisões transversas. A partir do terceiro caso utilizamos a incisão de Pffanenstiel modificada, com abertura de pele no sentido transversal em região suprapúbica (dois centímetros acima do púbis) incisando longitudinalmente aponeurose e peritônio após descolamento parcial do subcutâneo. Constatamos que, esta última incisão foi mais adequada sendo, portanto, a escolhida como padrão para todas as cirurgias posteriores (Figura 6).


Figura 6 - Incisão de Pfannenstiel modificada com afastador entrando na cavidade abdominal.



    Os primeiros casos operados com a incisão transversa apresentaram infecção ou seroma de subcutâneo, tendo sido necessária sua drenagem através de retirada de um ponto de pele, sem que houvesse comprometimento quanto ao resultado estético da cicatriz, ou aumento do tempo de internação, pois se tratavam de coleções de pequeno volume. Nas cirurgias subseqüentes verificamos que o descolamento aumentado de subcutâneo foi o causador destas complicações, tendo sido solucionado com menor descolamento em direção a cicatriz umbilical em forma de funil, o que reduziu o espaço morto. No fechamento de parede, ao final da cirurgia, também passamos a realizar aproximação do subcutâneo.

    Portas Laparoscópicas
    Foram utilizadas três portas. Entretanto, a posição das mesmas sofreu modificações no decorrer do tempo. As posições que se mostraram mais adequadas, foram: 1) uma na cicatriz umbilical; 2) outra lateral esquerda, ao mesmo nível na linha hemiclavicular; e 3) outra lateral direita 4cm abaixo da cicatriz umbilical, na fossa ilíaca direita, abaixo do elevador mecânico.
    A passagem dos trocartes foi monitorada pela ótica introduzida através da incisão suprapúbica, auxiliada com uso de lâmina maleável para proteção de alças e estruturas vasculares (Figura 7).


Figura 7 - Posição das portas e do afastador na parede abdominal.



    Posição do Paciente
    Todos os pacientes foram colocados na posição de Lloyd-Davies. Isto permitiu um fácil acesso abdominal, um melhor posicionamento do auxiliar, facilitando o acesso do cirurgião em tempos perineais, quando necessário. O braço direito do paciente foi colocado em posição de adução a fim de permitir liberdade nos movimentos do auxiliar que manipula a ótica. Não houve necessidade de fechamento do braço períneo, entre as pernas do paciente.

    O Primeiro Auxiliar
    Localizado à direita do paciente, em posição mais cranial, operando a ótica com a mão esquerda. Com a mão direita opera o instrumental através da porta em flanco direito. Importante observar a necessidade de adução do membro superior direito do paciente para facilidade de manuseio da ótica. Em algumas circunstâncias a ótica permite melhor visualização quando colocada através da incisão, mesmo que a mão do cirurgião esteja introduzida, por exemplo, no descolamento do ângulo esplênico.

    O Segundo Auxiliar
    Na maior parte do tempo posicionado no períneo, auxiliando a instrumentação com os afastadores, com a limpeza da ótica, e com a aspiração.

    O Instrumentador
    Posicionado no períneo (lateralizado à esquerda) entre o cirurgião e o segundo auxiliar (Figura 8).


Figura 8 - Equipe cirúrgica colocada com o paciente em posição. C=Cirurgião; A=Câmera; B=Segundo Auxiliar; I=Instrumentadora; M=Monitores.



    Preparo do Campo Operatório e Inventário da Cavidade Abdominal
    A padronização empregada foi:
    1.Proteção de subcutâneo com campo operatório ou plástico.
    2.Colocação do afastador mecânico e elevação da parede abdominal, seguido de introdução dos trocartes, o que é acompanhado pela ótica introduzida através da incisão abdominal. Neste tempo, as alças intestinais são protegidas através lâmina maleável.
    3.Palpação de todas as vísceras com inventário sistematizado da cavidade. Palpação da lesão tumoral com avaliação do tamanho, infiltração e metástases ganglionares.
    4.Conclusão do inventário, seguido de afastamento das alças de intestino delgado, envolvendo-as com uma compressa e elevando cranialmente o conjunto com uma lâmina maleável.

ESTUDO COMPARATIVO

Padronização da Técnica Laparoscópica

    Inicialmente, realizamos a padronização da técnica e o treinamento da equipe através da realização de 40 cirurgias em suínos adultos do sexo feminino (30 a 40Kg). A seguir, foram realizadas quatro cirurgias, em pacientes: 02 sigmoidectomias (doença diverticular e adenoma viloso), 01 colectomia total (retocolite ulcerativa) e 01 ressecção abdomino-perineal (tumor de reto baixo) que mostraram aparente vantagem, embora sem significado estatístico.
    Foi, então, realizado um estudo clínico comparativo entre a cirurgia laparoscópica vídeo-assistida com acesso manual (pelo método proposto) e a cirurgia convencional laparotômica.
    Esta análise comparativa teve como objetivo básico o estudo das diferenças relativas ao ato operatório e ao período pós-operatório recente (até 30 dias).
    Escolhemos o tratamento cirúrgico do câncer do reto, como método padrão, por se tratar de uma cirurgia de maior dificuldade técnica, além de apresentar tempos cirúrgicos já bem definidos. Em todos os tumores localizados abaixo da reflexão peritoneal realizamos a excisão total do mesoreto conforme preconizado por HEALD (1982) 28, 29, 30, 31.
    Realizamos dois tipos de cirurgias, a ressecção anterior de reto (RAR) e a ressecção abdomino-perineal (RAP).

Definição da Amostra e Seleção dos Pacientes

    Após estudos para o modelo estatístico do trabalho concluiu-se serem necessários 17 casos para cada grupo.
    Foram avaliados 74 pacientes portadores de câncer colo-retal entre Janeiro de 1995 e Outubro de 1998. Os 34 casos, analisados neste estudo, foram escolhidos entre aqueles cujos tumores fossem ressecáveis e que não apresentassem complicações pré-operatórias (como fístulas, aderências tumorais ou doenças sistêmicas) que pudessem prejudicar a avaliação da recuperação pós-operatória imediata.
    Todos os pacientes foram consultados e, devidamente esclarecidos da randomização, autorizaram a execução de todos os procedimentos clínicos e cirúrgicos propostos.
    Os 34 pacientes foram distribuídos em dois grupos de 17. O grupo A foi submetido à cirurgia laparoscópica combinada e o grupo B à cirurgia laparotômica.
    Esta distribuição foi randomizada e sorteada antes de cada cirurgia. Não houve critérios de seleção quanto ao sexo, cor, idade, localização ou tamanho do tumor. Dividimos as variáveis a serem analisados em pré, per e pós-operatórias, como segue:

    Variáveis Pré-operatórias
    1. Sexo
    2. Idade
    3. Hemoglobina sérica em ng/ml
    4. Albumina sérica em ng/ml
    5. Risco cirúrgico pelo índice da American Society of Anestesiology (ASA)
    6. Localização do tumor

    Variáveis Operatórias
    a. Tempo cirúrgico em minutos
    b. Sangramento classificado em 4 graus. Grau 1 (menor 200 ml), Grau 2 (entre 200 ml e 500 ml), Grau 3 (entre 500 e 1500 ml) e Grau 4 (maior que 1500 ml).
    Foram excluídos os pacientes do Grupo 4
    c. Invasão adjacente.
    d. Localização e tamanho do tumor
    e. Classificação de Dukes (TNM)

    Variáveis Pós-operatórias
    1. Início de peristaltismo em horas
    2. Início de eliminação de gases em horas
    3. Início das evacuações em horas
    4. Início da alimentação em horas
    5. Tempo de internação em dias
    6. Presença de náuseas ou vômitos
    7. Presença de distensão abdominal
    8. Complicações da ferida
    9. Dor pós-operatória, classificada em três graus.

    A avaliação da dor pós-operatória foi difícil por ser este sintoma muito variável de paciente para paciente, além de muito subjetiva. Desta forma, estabelecemos uma rotina de analgesia pós-operatória e a quantificação da dor avaliada pelo paciente foi de intensidade de 1 a 3, conforme solicitação e uso de analgésico além da analgesia regular, sendo assim registrada: Grau 1: nenhuma dor ou leve, não exigindo o uso de analgésico; Grau 2: dor de intensidade leve a média, mas com solicitação de analgésico; Grau 3: dor intensa exigindo necessidade de uso de analgésico adicional, regularmente.

RESULTADOS

Dados Pré-operatórios

    Em relação à idade não observamos diferenças significativas entre os dois grupos.
    Contudo, quanto ao gênero o grupo A mostrou uma predominância do sexo feminino, não observada no grupo B. Embora esta diferença não tenha sido muito significativa (p=0.0776) é importante salientar que a cirurgia em pacientes do sexo feminino é um pouco mais fácil devido ao tamanho da pelve.
    O nível protéico sérico, a dosagem de hemoglobina e o risco cirúrgico (ASA) não mostraram diferenças significativas. Desta forma, a não ser pela variável sexo, não houve diferença significativa nos dados pré-operatórios que pudessem interferir na análise pós-operatória dos dois grupos.

Dados do Ato Operatório

    O tempo cirúrgico, o tipo de cirurgia, a classificação TNM e a localização do tumor não apresentaram diferenças significativas.
    No que diz respeito ao sangramento, se for analisado de forma global, também não apresentou diferenças significativas. Contudo, uma análise individual a este respeito, demonstrou:
    a) Nível 1 (sangramento < 200ml) - nenhum paciente do grupo B foi incluído, enquanto 23.5% dos casos do grupo A o foram;
    b) Nível 2 (sangramento entre 200 e 500 ml) - os dois grupos se assemelharam;
    c) Nível 3 (sangramento entre 500 e 1500ml)
    - encontramos 17.7% dos casos do grupo A contra 41.2% dos casos do grupo B. Portanto, o volume de sangramento foi menor no grupo A (Tabela 1).

Tabela 1 Sangramento Pós-operatório (*)

 

Grau 1

Grau2 Grau 3

Grupo A

4 (23.5%) 10 (58.8%) 3 (17.7%)
Grupo B 0 (0.0%) 10 (58.8%) 7 (41.2%)

p=0.0608100

* Grau 1: < 200 ml; Grau 2: 200 a 500 ml; Grau 3: 500 a 1500 ml
 


    Em relação à facilidade técnica para a realização do procedimento, observamos uma curva de aprendizado em que, após a oitava cirurgia, o tempo e as dificuldades se assemelharam nos dois grupos.

Dados do Pós-operatório

    No período pós-operatório o início do peristaltismo, o momento da eliminação de gases e a evacuação foram significativamente mais rápidos no grupo A (Tabelas 2, 3 e 4).


Tabela 2 Início do Peristaltismo (horas)

  Média Variância Mínimo Máximo Mediana
Grupo A 26.824 63.529 24.000 48.000

24.000

Grupo B 56.471 1435.765 24.000 192.000 48.000

p=0.003724


Tabela 3 Início da eliminação de gases (horas)

  Média Variância Mínimo Máximo Mediana
Grupo A 38.118 220.235 24.000 72.000

24.000

Grupo B 79.059 2215.059 24.000 216.000 48.000

p=0.0004397


Tabela 4 Início das Evacuações (horas)

  Média Variância Mínimo Máximo Mediana
Grupo A 53.647 398.118 24.000 96.000

48.000

Grupo B 96.000 2808.000 24.000 240.000 72.000

p=0004397



    O tempo de início de alimentação no grupo A foi um pouco menor, embora significante (Tabela 5). Isto provavelmente se deveu ao fato de termos iniciado mais precocemente a alimentação em alguns pacientes do grupo B, baseados no trabalho de BINDEROW (1994) 32.
    A ocorrência de vômito e de distensão abdominal foi semelhante nos dois grupos. O tempo de internação foi significati-vamente menor no grupo A do que no grupo B (Tabela 6). A dor pós-opertória também foi significati-vamente menor no grupo A (Tabela 7).


Tabela 5 Início da alimentação (dias)

  Média Variância Mínimo Máximo Mediana
Grupo A 58.588 244.882 24.000 72.000

72.000

Grupo B 96.000 4536.000 48.000 336.000 72.000

p=0.031032


Tabela 6 Tempo de Internação (dias)

  Média Variância Mínimo Máximo Mediana
Grupo A 6.824 8.804 4.000 13.000

5.000

Grupo B 11.294 19.596 7.000 23.000 10.000

p=001788


Tabela 7 Dor Pós-operatória (*)

 

Grau 1

Grau2 Grau 3

Grupo A

13 (76.4%) 2 (11.8%) 2 (11.8%)
Grupo B 2 (11.8%) 6 (35.3%) 9 (52.9%)

p=00070268

* Grau 1: Leve ou nenhuma dor sem necessidade de analgesia complementar; Grau 2: Leve a moderada, mas com solicitação de analgésico complementar; Grau 3: Intensa com solicitação de analgésico complementar.



    As complicações da ferida, analisadas globalmente, não apresentam diferenças signifi-cativas. Contudo, a análise baseada na gravidade e no tipo de complicação, revelou outros resultados. No grupo A as nove complicações foram representados por pequenos abscessos (4 casos), pequenos seromas (4 casos) e um caso de deiscência de aponeurose, facilmente corrigida. Com exceção deste último caso as complicações não interferiram no tempo de internação nem na morbidade pós-operatória. Já no grupo B, as cinco complicações foram representadas por três casos de abscesso graves de subcutâneo, um caso de evisceração e um caso de pequeno abscesso. Os quatro primeiros casos deste grupo aumentaram significativamente o tempo de internação e a morbidade.



DISCUSSÃO

    A laparoscopia trouxe grandes avanços em determinadas cirurgias abdominais, como a colecistectomia, a hernioplastia, a apendicectomia, cirurgias ginecológicas, etc. Em geral, suas vantagens estão especialmente representadas pela redução do tempo de internação, da morbidade pós-operatória, das complicações da ferida cirúrgica, além de permitir retorno precoce às atividades. Alguns trabalhos têm demonstrado que estes resultados se devem, principalmente, a uma menor agressividade do método. Verificações laboratoriais têm sugerindo menor resposta endócrino-metabólica.
    Atualmente, existe uma grande preo-cupação com o padrão imunológico dos pacientes no período pós-operatório. Tem sido demonstrado que o método laparoscópico proporciona melhor competência imunológica. Provavelmente este fato se deve a um menor trauma operatório.
    Diversos trabalhos também têm mostrado as diferenças da resposta endócrina e metabólica ao trauma em relação ao tamanho da incisão operatória e da sua localização.
    Por outro lado, o desenvolvimento da cirurgia laparoscópica colo-retal não teve a mesma aceitação. Os principais fatores se deveram a uma maior dificuldade técnica com aumento do tempo operatória e demorada curva de aprendizado. Nos casos de cirurgias para câncer colo-retal, aspectos relacionados à palpação, estagiamento operatório e recidiva nas portas, criaram novas limitações.
    Com o objetivo de minimizar os efeitos indesejáveis do pneumoperitônio com CO2, tais como as deficiências da palpação intraabdominal e as dificuldades técnicas do método laparoscópico, propusemos um acesso manual combinado, permitido pela elevação mecânica da parede abdominal em substituição ao pneumoperitônio com CO2. Este acesso manual se faz através de pequena incisão suprapúbica.
    As cirurgias se mostraram de realização bem mais simples do que aquelas pelo método laparoscópico puro, além de permitirem maior segurança na sua realização. Na seqüência do estudo, se mostrou necessário avaliar suas vantagens em relação ao método laparotômico convencional, visto ser necessária uma incisão suprapúbica para a entrada da mão ao se empregar a técnica proposta.
    Basicamente, decidiu-se avaliar dois aspectos gerais. Evolução pós-operatória dos primeiros 30 dias, além do seguimento de 05 anos para as cirurgias de câncer. Neste primeiro trabalho fizemos apenas a avaliação clínica pós-operatória dos primeiros 30 dias. Foi escolhida a terapêutica cirúrgica do câncer de reto onde se realizaram dois tipos de cirurgia: 1) a ressecção anterior de reto; 2) a ressecção abdomino-perineal.
    Os resultado desta série randomizada mostrou similaridade nas características clínicas pré-operatória dos dois grupos, sem diferenças significativas relacionadas ao método operatório como tempo, dificuldade técnica e sangramento. No período pós-operatório foram observadas significativas vantagens clínicas no grupo A (laparoscopia com acesso manual). Não foram, evidentemente, avaliados alguns dados laboratoriais que poderiam mostrar com maior detalhe a resposta endócrino-metabólica como a dosagem de Proteína C reativa, Interleucina 6 e Glucagon, assim como também não foi realizada avaliação imunológica pós-operatória. Este é objeto de novo trabalho em andamento em nosso Departamento. Contudo, os resultados clínicos sugerem fortemente vantagens na técnica.

CONCLUSÃO

    Em resumo, a técnica laparoscópica com acesso manual combinado apresentou vantagens clínicas pós-operatórias imediatas (até 30 dias) sobre o método laparotômico para cirurgias de câncer do reto.

 


ABSTRACT

OBJECTIVES: The aim of this study is to demonstrate the technical viability and clinical advantages of the laparoscopic assisted surgery with manual access, in colorectal surgery. A mechanical abdominal wall elevator, that allowed laparoscopic assisted surgery with manual access and no pneumoperitoneum, was valuated. MATERIALS AND METHODS: The device _ a mechanical elevator _ was developed by the authors in the Experimental Surgery Department of the Federal University of Rio de Janeiro, in 1995, to keep the abdominal wall elevated and make possible to use the hand in the laparoscopic surgery. A comparative randomized study was carried in the Colorectal Section, in Federal University of Rio de Janeiro, in order to evaluate the clinical advantages of the technique comparing with conventional surgery. Between January 1995 and October 1998 thirty four (34) colorectal cancer patients had been operated, divided in two groups (A and B), and clinically evaluated in the thirty days post operative period. In the Group A, 17 patients have been operated by laparoscopic assisted surgery with manual access and using the device. In Group B, 17 patients has been operated by conventional surgery. In the major cases of the Group A a 7.5 cm Pffaniestiell incision was used. Two surgical techniques had been used: anterior resection of rectum and Miles surgery. There were statistically analyzed the data of per and postoperative. RESULTS: The technique allowed best evaluation of the abdomen and the tumor using the hand. Blood loss was lesser in the Group A., and the re-introduction of diet and return of peristalse was faster in group A than in group B. Also postoperative pain was less intense in A. Clinical and operative complications had been less in this group. CONCLUSIONS: The laparoscopic assisted technique with aid of manual access, and without pneumoperitoneum using the special device for rise of the abdominal wall, presented immediate postoperative clinical advantages when compared with the conventional method, on colorectal cancer treatment.

Keywords: LAPAROSCOY/instrumentation/methods/adverse effects; COLORECTAL SURGERY/methods; COLORRECTAL NEOPLASMS/surgery; COLON/surgery; RECTUM/surgery; PROSPECTIVE STUDIES/Rio de Janeiro.


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ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA

João de Aguiar Pupo Neto
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(1) Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia, Disciplina de Coloproctologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

(2) Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia, Disciplina de Coloproctologia, Faculdade de Medicina, UFRJ / Chefe do Serviço de Coloproctologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

 

Recebido em 15/05/2003
Aceito para publicação em 15/06/2003


* Artigo baseado na tese de doutorado: Cirurgia Videolaparoscópica com Acesso Manual Combinado: Estudo comparativo com as técnicas convencionais no tratamento cirúrgico do câncer de reto. Faculdade de Medicina, UFRJ, 1999.