Official Journal of the
Brazilian Society of VideosurgeryISSN: 1983-991X
Ano 2 - Vol. 2 - Suplemento 1 - Dezembro 2009« PDF file »
IX Congresso Brasileiro de Videocirurgia
SOBRACIL - BH 200918 a 21 de abril de 2009
Minascentro
Belo Horizonte - MGTrabalhos Científicos
Área:
CIRURGIA GERAL
Apresentação: Tema e Vídeo livre
039 - FUNDOPLICATURA LAPAROSCÓPICA - FOLLOW-UP DE 10 ANOS
CARLOS ANDRADE DE ALMEIDA; MARIA CONCEIÇÃO GALVÃO SAMPAIO; BRUNO DA SILVEIRA ALMEIDA; PAULO CÉSAR SOUZA FREAZA; MARCUS VINICIUS NUNES XAVIER; LÍVIA DÓREA DANTAS; VERENA RIBEIRO JUNCAL
RESUMO
Introdução: Doença do refluxo é condição de alta prevalência na população mundial. A cirurgia videolaparoscópica é considerada uma abordagem eficaz para o tratamento da dessa patologia. É importante a avaliação dos resultados a longo prazo para definição de conduta. Objetivo: Avaliar sintomas, complicações e grau de satisfação em pacientes submetidos a fundoplicatura laparoscópica. Métodos: 185 pacientes foram avaliados de Jan/1997 a Dezembro/2008 através de questionário padronizado e endoscopia. Recidiva foi definida como presença de sintomas típicos e/ou esofagite. Resultados: O tempo de acompanhamento variou de 2 a 130 meses, com média de 49,0 ± 36,0 meses. A idade média foi de 48,1 ± 13,0 anos, sendo 106 (57,3%) homens. Em 177 (95,7%) pacientes o motivo da cirurgia foi esofagite erosiva, sendo que 12 (6,5%) tinham Barrett e 39 (21,1%) tinham hérnia hiatal. O grau de satisfação foi considerado excelente por 157 (84,9%) pacientes. A recidiva foi observada em 27/185 (14,6%) pacientes, sendo 19/126 (15,1%) até 5 anos e 8/59 (13,6%) de 5 a 10 anos. Essa diferença não teve significância estatística (p=0,07). Vinte e três tiveram esofagite, sendo 16 (69,6%) no grupo até 5 anos e 7 (30,4%) de 5 a 10 anos (p=0,02). Conclusão: A fundoplicatura foi considerada um método eficaz para DRGE a longo prazo, com excelente grau de satisfação dos pacientes.
Apresentação: Poster
040 - COLECISTECTOMIA, FUNDOPLICATURA E RESSECÇÃO DE GIST POR VÍDEOLAPAROSCOPIA EM TEMPO ÚNICO. RELATO DE CASO
PAULO DE TARSO VAZ DE OLIVEIRA; GUILHERME DE CASTRO SANTOS; PEDRO RIBEIRO DA MOTA; PAULO MARCOS VIANNA FRANCA; ALEX ARAÚJO SIMÕES; FÁBIO LOPES QUEIROZ; EUDES ARANTES MAGALHÃES
RESUMO
OBJETIVOS: Descrever caso clínico de paciente submetida a colecistectomia, fundoplicatura à Nissen-Rossetti e ressecção de GIST (Gastrointestinal Stromal Tumor) gástrico por videolaparoscopia em tempo único. MÉTODO: Paciente do sexo fenminino, 65 anos, previamente hipertensa com histórico de colecistolitíase sintomática confirmada por ultrassonografia abdominal. DRGE (Doença do Refluxo Gastro Esofágico), sintomática, refratária ao tratamento clínico, confirmada por PHmetria e manometria esofágica. Hérnia de hiato, confirmada por esofagografia contrastada. Lesão arredondada, de aproximadamente 40 mm, contígua à parede gástrica, diagnosticada por tomografia computadorizada. Submeteu-se à laparoscopia com colecistectomia, fundoplicatura à Nissen-Rossetti e gastrectomia parcial, com ressecção de lesão nodular, por meio de grampeador linear endoscópico. Procedimento realizado sob anestesia geral com óptica de 30º e cinco portais cirúrgicos. O tempo dispendido na cirurgia foi de 180 minutos. A paciente recebeu alta no terceiro dia pós-operatório. RESULTADOS: Esofagografia contrastada pós-operatória confirmou posicionamento intra-abdominal da fundoplicatura e correção da hérnia de hiato. Vesícula biliar enviada ao anátomo patológico com confirmação do diagnóstico de colecistopatia crônica. Lesão nodular apresentando neoplasia de células fusiformes, com possibilidades diagnósticas de tumor estromal gastrintestinal. Solicitado exame imunohistoquímico, que revelou positividade para anticorpos CD 117 (c-kit) e CD 34. CONCLUSÃO: A realização de colecistectomia, fundoplicatura e ressecção de GIST por videolaparoscopia é factível em centros terciários e com profissionais qualificados.
Apresentação: Poster
041 - APENDICECTOMIA E EXÉRESE DE CISTO ANEXIAL DIREITO POR VIDEOLAPAROSCOPIA EM TEMPO ÚNICO. RELATO DE CASO
JANDER TOLEDO FERREIRA; GUILHERME DE CASTRO SANTOS; PEDRO RIBEIRO DA MOTA; VALTER GARCIA MORATO-JÚNIOR; BRENO AUGUSTO COSTA NOGUEIRA; FÁBIO LOPES QUEIROZ; EUDES ARANTES MAGALHÃES
RESUMO
OBJETIVOS: Descrever caso clínico de paciente com quadro de abdome agudo submetida à abordagem videolaparoscópica. MÉTODO: Paciente do sexo fenminino, 60 anos, previamente hipertensa, com histórico de cisto anexial à direita em acompanhamento clínico desde 2001. Foi admitida com quadro de dor abdominal em cólica, periumbilical, com posterior migração para fossa ilíaca direita. Com aproximadamente 24 horas de evolução, associada a vômitos e lipotímia. Ao exame, apresentava abdome doloroso a palpação, principalmente em fossa ilíaca direita, sinal de Blumberg positivo, sem outros sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais com leucócitos globais de 15.400, PCR de 77, sem outras alterações. Ultrassonografia de abdome e pelve mostrava coleção cística ovalada em região anexial direita com finas septações, medindo 3,7x 3,4x 2,3cm e volume de 16cm3; apêndice não visualizado. Submeteu-se à laparoscopia diagnóstica; procedimento realizado sob anestesia geral com óptica de 30º e três portais cirúrgicos, com tempo dispendido de 90 minutos. Durante procedimento foram encontrados cisto anexial direito, além de apêndice aumentado de volume e hiperemiado. Realizada apendicectomia e exérese do cisto, ambos por videolaparoscopia. Paciente evoluiu bem, tendo alta no segundo dia pós-operatório. RESULTADOS: O anátomo-patológico das lesões confirmaram apendicite aguda purulenta, com áreas de necrose da mucosa, associada a periapendicite. Os cortes histológicos da lesão cística mostraram parede de tuba uterina adelgaçada com hipotrofia da mucosa, compatível com hidrossalpinge. CONCLUSÃO: A abordagem dos quadros de abdome agudo por videolaparoscopia é bem indicada, principalmente naqueles casos em que há dúvida diagnóstica.
Apresentação: Poster
042 - ADRENALECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA O TRATAMENTO DE PARACOCCIDIOIDOMICOSE DE SUPRA-RENAL. RELATO DE CASO
JANDER TOLEDO FERREIRA; GUILHERME DE CASTRO SANTOS; PEDRO RIBEIRO DA MOTA; LUIS GONZAGA TORRES-JÚNIOR; FRANCISCO GUILHERME CANCELA PENNA; FÁBIO LOPES QUEIROZ; EUDES ARANTES MAGALHÃES
RESUMO
OBJETIVOS: Descrever caso clínico de paciente submetido à adrenalectomia videolaparoscópica com diagnóstico histopatológico de paracoccidioidomicose de supra-renal. MÉTODO: Paciente 67 anos, previamente hipertenso e diabético em tratamento clínico, foi admitido com história de emagrecimento involuntário, astenia, anorexia e hipotensão. Com relato paracoccidioidomicose pulmonar tratada clinicamente de forma irregular, há aproximadamente 12 anos. Exames bioquímicos revelaram redução das dosagens plasmáticas de cortisol, aldosterona e ACTH, firmando-se o diagnóstico de doença de Addison. A Tomografia Computadorizada de abdome revelou imagem hipodensa de aproximadamente 7 cm em topografia da supra-renal esquerda. Foi submetido à adrenalectomia videolaparoscópica. Procedimento realizado sob anestesia geral, com óptica de 30º, cinco portais cirúrgicos, em 140 minutos. O paciente evoluiu sem intercorrências, recebendo alta hospitalar no terceiro dia pós operatório. RESULTADOS: A peça cirúrgica, que se apresentou com aspecto grumoso e amarelado, foi enviada ao exame anátomo-patológico. Os cortes histológicos demonstraram granuloma supurativo com células gigantes e blastóporos, com aproximadamente 30 μ m de diâmetro, seguidos por esporos filhos, achados sugestivos de paracoccidioidomicose. CONCLUSÃO: A abordagem videolaparoscópica de pacientes com suspeita clínica de paracoccidioidomicose de supra-renal é bem indicada, tanto para diagnóstico como para tratamento.
Apresentação: Poster
043 - ESÔFAGO DE BARRETT - ACOMPANHAMENTO DE LONGO PRAZO
TATIANA TURINI DA CUNHA; ANTÔNIO SÉRGIO ALVES; CLÁUDIO ALMEIDA DE OLIVEIRA; CLÁUDIO OLIVEIRA CHIARI CAMPOLINA; DIEGO PAIM CARVALHO GARCIA; JOSE LUIZ CAMPELLO DE MELLO VIANNA; MÁRIO MARCOS LUKSCHAL BARBOSA
RESUMO
INTRODUÇÃO: Barrett é a única doença reconhecidamente responsável pelo aparecimento de adenocarcinoma do esôfago. No entanto, é questionado se a cirurgia anti-refluxo causa alteração em relação à progressão da lesão existente. OBJETIVO: Avaliar a evolução, a médio e longo prazo, dos pacientes com esôfago de Barret após tratamento cirúrgico pela técnica de Nissen por videolaparoscopia. MATERIAL: Foram estudados pacientes em médio e longo prazo com esôfago de Barrett operados no período de 1994 a 2008 atravás de endoscopia digestiva alta e histologia. RESULTADO: Nenhum dos pacientes teve progressão da lesão. CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem que a cirurgia anti-refluxo pode ser de grande valia para o paciente com diagnóstico de esôfago de Barrett.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
044 - ABORDAGEM LAPAROSCÓPICA NO TRATAMENTO DE TUMORES ESTROMAIS GASTROINTESTINAIS
MARLLUS BRAGA SOARES; RENAM C. TINOCO; AUGUSTO CLAUDIO A. TINOCO; RODRIGO DA COSTA AMIL; RICARDO BRASIL M. NUNES; JEOVAH GUIMARÃES TAVARES; ALICE DE PAULA FALCÃO
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os tumores estromais gastrointestinais (GIST) são originados nas células de Cajal e se caracterizam pela expressão da proteína c-Kit. Representam 80% dos tumores mesenquimais e 5% dos sarcomas, sendo o local de maior frequência o estômago (70%). A utilização da via laparoscópica em seu tratamento tem como vantagem a mínima manipulação tumoral e menor comorbidade. METODOLOGIA: No período de março de 2005 a janeiro de 2009, 9 pacientes foram submetidos ao tratamento laparoscópico por GIST. Destes, quatro do sexo masculino e 5 do sexo feminino com idade entre 33 e 64 anos. RESULTADO: Obtivemos sucesso em todas as cirurgias com resultado patológico de 1 pólipo inflamatório e 8 GISTs. Destes, sete gástricos e outro esofágico. O tempo médio de cirurgia foi de 65 minutos e o pós-operatório com média de 3 dias. Não houve complicações. CONCLUSÃO: A ressecção laparoscópica dos GISTs é método factível em serviços especializados em videocirurgia avançada, com tempo cirúrgico baixo e poucos dias de internação pós operatória.
Apresentação: Poster
045 - UMA ALTERNATIVA FACTÍVEL: COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA COM PORTAL ÚNICO
CAROLINA REIS DE SOUZA MAIA; PEDRO ROMANELLI; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; GUILHERME AUGUSTO ALVES DO CARMO; THIAGO ANDRADE ALVES
RESUMO
A colecistectomia laparoscópica tornou-se o tratamento padrão-ouro para colelitíase sintomática. Tradicionalmente realizada através de quatro portais, cirurgias utilizando três, dois e um único portal têm sido descritas com o objetivo de minimizar o número de incisões e portais utilizados nas cirurgias laparoscópicas. Em 1996, Kalla e cols. relataram o primeiro caso de apendicectomia videolaparoscópica através de portal único transumbilical. Já a colecistectomia videolaparoscópica realizada através de acesso único foi descrita por Piskun e cols. em 1999, com a introdução de dois trocartes através de incisão umbilical única e ponto de sutura adicional para estabilização da vesícula biliar. Recentemente outros procedimentos cirúrgicos têm sido realizados utilizando técnicas de cirurgias laparoscópicas por incisão única. Algumas vantagens relacionadas à cirurgia videolaparoscópica por acesso único são menor cicatriz abdominal, menos dor incisional, recuperação pós-operatória mais rápida e menor risco de complicações inerentes aos portais, como infecção e hérnia. Já as desvantagens são a necessidade de material de custo elevado, o grau de liberdade restrito para a movimentação dos instrumentais e a proximidade existente entre eles, além da perda do pneumoperitônio durante o procedimento, o que aumenta a complexidade técnica e os desafios da cirurgia. O uso de trocartes permanentes que podem ser reesterelizados e a associação de ponto transcutâneo para melhor exposição da vesícula biliar são alternativas para a redução dos custos e diminuição da dificuldade técnica, respectivamente. Cirurgias laparoscópicas através de acesso único são consideradas exeqüíveis e seguras se realizadas por cirurgiões laparoscópicos experientes e com instrumental adequado. Porém mais estudos são necessários para determinar se essa técnica poderia substituir a colecistectomia laparoscópica padrão-ouro.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
046 - COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA COM PORTAL ÚNICO
CAROLINA REIS DE SOUZA MAIA; PEDRO ROMANELLI; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; GUILHERME AUGUSTO ALVES DO CARMO; THIAGO ANDRADE ALVES
RESUMO
A colecistectomia laparoscópica tornou-se o tratamento padrão-ouro para colelitíase sintomática. Tradicionalmente realizada através de quatro portais, cirurgias utilizando três, dois e um único portal têm sido descritas com o objetivo de minimizar o número de incisões e portais utilizados nas cirurgias laparoscópicas. Apresentamos vídeo de colecistectomia laparoscópica com portal único em paciente de 47 anos, sexo feminino, com diagnóstico de colecistolitíase sintomática. Hipertensa crônica apresentando controle pressórico adequado. Paciente submetida a anestesia geral e posicionada na mesa cirúrgica de forma similar a uma colecistectomia laparoscópica padrão. Realizada incisão umbilical de 2,5 cm e introduzidos três trocartes, sendo um de 10 mm e dois de 5 mm pela técnica aberta de realização de pneumoperitônio. Fixados trocartes na aponeurose abdominal. Com objetivo de melhorar a tração da vesícula biliar foi utilizado um ponto transcutâneo no hipocôndrio direito. Utilizada óptica de 30º de 4 mm e clipador de 10 mm durante a clipagem do ducto cístico e artéria cística, e, durante o restante da operação, óptica de 10 mm e pinças de apreensão não flexíveis de 5 mm. Tempo operatório de 1 hora e 30 minutos. Recuperação pós-operatória sem complicações e com alta hospitalar no 1º dia de pós-operatório. Cicatriz cirúrgica reduzida e com aspecto satisfatório.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
047 - ABORDAGEM LAPAROSCÓPICA NA DIVERTICULITE DE MECKEL
ALICE DE PAULA FALCÃO; RENAM CATHARINA TINOCO; AUGUSTO CLÁUDIO TINOCO; LAURO MASSAUD CONDE; LUCAS FRAGA CORRÊA; RICARDO BRASIL M. NUNES; JEHOVAH GUIMARÃES TAVARES
RESUMO
A primeira descrição de um divertículo no intestino delgado foi em 1598, realizada por Fabricius Hildanus. Em 1809, Johann Friedrich Meckel publicou suas observações sobre a anatomia e a embriologia de um divertículo, que recebeu seu nome. O Divertículo de Meckel (DM) é considerado a anomalia congênita gastrointestinal mais comum, com prevalência que varia entre 1 a 4% da população geral e responsável por 90% dos casos de defeitos do conduto vitelínico. A maioria dos indivíduos com DM é assintomática. As manifestações clínicas, quando presentes, são variadas: hemorragia digestiva, responsável por 40-50% dos casos; quadro de obstrução intestinal em 30% e diverticulite em 20% deles. O tratamento das complicações do DM é essencialmente cirúrgico, por meio de cirurgia aberta ou laparoscópica, incluindo diverticulectomia simples ou ressecção ileal. O caso relatado é de um paciente, sexo feminino, 58 anos, com quadro de dor abdominal em região mesogástrica, associada à febre não aferida e vômitos; submetida a tratamento laparoscópico, sendo visualizado diverticulite de Meckel perfurada e bloqueada. Foi realizada diverticulectomia com Stappler linear.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
048 - TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO NA SÍNDROME DE MIRIZZI
LETÍCIA M. MAGALHÃES; RENAM C. TINOCO; AUGUSTO CLAUDIO A. TINOCO; RICARDO BRASIL M. NUNES; MARLLUS BRAGA SOARES; ALICE DE PAULA FALCÃO; JEOVAH GUIMARÃES TAVARES
RESUMO
INTRODUÇÃO: A síndrome de mirizzi é complicação rara da colecistolitíase de longa duração, caracterizada pelo estreitamento do ducto hepático comum devido a mecanismo de compressão e/ou inflamação por cálculos biliares impactados no infundíbulo da vesícula biliar ou no ducto cístico. MÉTODO: Análise retrospectiva de 8 casos tratados por laparoscopia no período de junho de 1995 a janeiro de 2009. Destes, três eram homens com média de idade de 51,8 anos. Avaliamos neste estudo, a clínica dos pacientes, os exames complementares de imagem, os achados operatórios bem como as táticas cirúrgicas, taxa de conversão e complicações operatórias. RESULTADO: Todos os pacientes foram abordados por laparoscopia. Em todos também foi realizada exploração da via biliar por este método. A taxa de conversão foi de 37,5% (três pacientes) principalmente por dificuldade técnica em virtude da reação cicatricial dos tecidos. O tempo médio de cirurgia foi de 105 minutos. Quatro pacientes tiveram suspeita diagnóstica no pré-operatório devido a clínica de dor abdominal e icterícia, sendo submetidos à CPRE. O tratamento cirúrgico variou entre: colecistectomia associada à coledocoduodenostomia término-lateral em 1 paciente, colecistectomia associada à coledocoplastia com dreno T em 6 pacientes e colecistectomia associada à hepaticojejunostomia em Y de Roux em outro paciente. Como complicações houve: coleção abdominal associada à sepse em 1 paciente, sepse e TEP em outro paciente que evoluiu com óbito. CONCLUSÃO: A laparoscopia no tratamento de Síndrome de Mirizzi ainda se constitui em um desafio aos cirurgiões, no entanto é um método seguro e eficaz.
Apresentação: Poster
049 - ESTUDO EXPERIMENTAL DE FIBROPLASIA EM PRÓTESE DE POLIPROPILENO
LUCIANO ZOGBI DIAS; MANOEL ROBERTO MACIEL TRINDADE; ANTONIO OLIVIO VALLORIA PORTELLA; FERNANDO BOHRER PITREZ; EDUARDO NEUBARTH TRINDADE; LUISE MEURER
RESUMO
INTRODUÇÃO: O alarmante índice de recidiva após herniorrafias declinou vertiginosamente após a introdução das telas de polipropileno (Marlex) por Usher. Atualmente, são utilizadas aproximadamente 1,5 milhões de próteses por ano, no mundo, para o tratamento das hérnias. OBJETIVO: Estudar a fibroplasia em prótese de polipropileno. MÉTODO: O estudo foi realizado na Unidade de Experimentação Animal do Centro de Pesquisa do HCPA, com financiamento do FIPE. Foram inseridas próteses de Marlex na parede abdominal íntegra, anteriormente à aponeurose, de 25 ratos Wistar, pesando em média 324g. (DP28g, IC95% 312-336g). Os ratos foram divididos em 3 grupos, conforme a data da reintervenção: grupos 1, 2 e 3 em 7, 28 e 90 dias, respectivamente, quando os mesmos foram submetidos à eutanásia e as telas retiradas juntamente com todas as camadas da parede abdominal. Após preparo e emblocamento em parafina, houve o processamento das peças em hematoxilina-eosina para análise histológica e avaliação de 4 itens: neutrófilos, voltas de macrófagos, gigantócitos e linfócitos circundando os fios da malha, em 10 campos aleatórios de cada lâmina. RESULTADOS: Todos os ratos apresentaram favorável evolução pós-operatória, com ganho médio de peso de 9,37g; 26,0g; 78,41g, nos grupos 1, 2 e 3, respectivamente. Não houve seroma, hematoma, infecção ou óbito. A análise estatística foi realizada com o programa SPSS 13.0. Após 7 dias da inserção das telas, a média de neutrófilos por campo foi de 2,15; de macrófagos: 1,16 voltas em torno do fio; gigantócitos: 1,98 e linfócitos: 3,42. Com 28 dias, havia em média 3,43 voltas de macrófagos, 6,14 gigantocitos e 4,9 linfócitos, sem nenhum neutrófilo por campo. Aos 90 dias, observou-se 4,01 voltas de macrófagos, 8,71 gigantócitos, 5,37 linfócitos, sem neutrófilos. As diferenças foram estatisticamente significativas entre os grupos (p<0,05), tanto pelo teste de Tukey quanto por Kruskal-Wallis. CONCLUSÃO: A fibroplasia obedece a uma seqüência de eventos celulares, tendo como destino a síntese de um novo tecido conjuntivo de reforço sobre a tela.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
050 - CISTO HEPÁTICO SIMPLES - RELATO DE DOIS CASOS
MÁRIO MARCOS LUKSCHAL BARBOSA; ANTÔNIO SÉRGIO ALVES; CLÁUDIO ALMEIDA DE OLIVEIRA; CLÁUDIO DE OLIVEIRA CHIARI CAMPOLINA; DIEGO PAIM CARVALHO GARCIA; JOSÉ LUIZ CAMPELLO DE MELO VIANNA; TATIANA TURINI DA CUNHA
RESUMO
INTRODUÇÃO: os cistos hepáticos simples são raros, sendo encontrados entre 2,5 a 5% da população e somente 15 a 16% dos pacientes são sintomáticos. Acredita-se que a maioria possui etilologia congênita, devido a alterações nos ductos biliares intra-hepáticos. Geralmente são encontrados em mulheres acima dos 50 anos e quando sintomáticos, normalmente são inespecíficos e relacionados com o tamanho do cisto que pode comprimir estruturas próximas. O tratamento cirúrgico consiste no destelhamento da parede cística e foi inicialmente descrito por Lin e colaboradores em 1968. Já em 1991 foi descrita a técnia laparoscópica. RELATO DE CASO: apresenta-se o video de dois pacientes submetidos ao destelhamento por videolaparoscopia. O primeiro apresentava cisto com volume de 9000 ml e no segundo caso, presente cisto em segmento hepático II, III e IV, com volume de 1000 ml à tomografia computadorizada de abdome e visível à inspecção.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
051 - ABORDAGEM LAPAROSCÓPICA NAS DOENÇAS PANCREÁTICAS
LIVIA RODRIGUES DE AGUIAR; RENAM CATHARINA TINOCO; AUGUSTO CLAUDIO DE ALMEIDA TINOCO; LEANDRO FARIA CRESPO; FABIANO DE OLIVEIRA FERNANDES; JEHOVAH GUIMARÃES TAVARES; ALICE DE PAULA FALCÃO
RESUMO
INTRODUÇÃO: A laparoscopia vem sendo utilizada cada vez mais para o tratamento e estadiamento das doenças pancreáticas. OBJETIVO: Relatar a experiência do Hospital São José do Avaí e os resultados na abordagem laparoscópica das doenças pancreáticas. METODOLOGIA:Foram revisados os prontuários dos pacientes submetidos à laparoscopia por patologias pancreáticas. RESULTADOS: Entre Janeiro de 1994 e Janeiro de 2009, 49 pacientes com idade entre 16 e 91 anos foram submetidos à laparoscopia por doença pancreática. Destas abordagens, 22 eram tumores de cabeça de pâncreas, 12 tumores de corpo e cauda, 06 pseudocistos, 06 pancreatites crônicas e 03 cistos. Cinquenta e dois por cento foram tratados por laparoscopia, com 04 cirurgias de Whipple, 07 pancreatectomias corpo caudal, 02 enucleações tumorais,07 derivações bilio-digestivas e 05 drenagens. Evitou-se laparotomia não terapêutica em 14,5% devido à doença avançada. Foram convertidos 14 pacientes. A mortalidade operatória foi de 6,25%. CONCLUSÃO: A abordagem laparoscópica nas doenças pancreáticas é factível e pode ser sempre utilizada nos serviços com experiência em laparoscopia avançada. No caso de doenças malignas, pode-se evitar uma laparotomia não terapêutica.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
052 - LIGADURA TORACOSCÓPICA DA PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL
JEHOVAH GUIMARÃES TAVARES; RENAM CATHARINA TINOCO; AUGUSTO CLAUDIO DE ALMEIDA TINOCO; LAURO MASSAUD CONDE; LIVIA RODRIGUES DE AGUIAR; LUCAS FRAGA CORRÊA; MARLLUS BRAGA SOARES
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Persistência do Canal Arterial (PCA) corresponde a 10% das cardiopatias congênitas. Após 1 ano de vida somente 0,6 % fecham espontaneamente. OBJETIVO: Relatar a experiência do HSJA e a técnica de fechamento da PCA, destacando a simplicidade e singularidade do método. METODOLOGIA: Foram revisados os prontuários de 51 pacientes submetidos à ligadura toracoscópica de PCA, durante o período de Março de 1994 a Janeiro de 2009, com idade de 8 meses a 17 anos, predominando o sexo masculino. O paciente foi colocado em decúbito lateral direito, sob anestesia geral com intubação seletiva do pulmão direito. Foram usados 4 trocartes: um de 3mm no 3º espaço intercostal (EIC) esquerdo (E) na linha axilar anterior e outro trocarte de 5mm no 3º EIC E na linha axilar média. A ótica de 30 graus infantil foi introduzida em um trocarte de 3 mm no 5º EIC E na linha axilar posterior e outro trocarte de 5mm no 5º EIC E na linha axilar anterior. A identificação do canal é feita tendo como parâmetro anatômico os nervos frênicos e vago. Após isolamento, o canal é duplamente clipado ou ligado com fio de algodão. Terminado o procedimento, o pulmão é expandido sob visão direta, não havendo necessidade de drenar o tórax. RESULTADO: Obtivemos sucesso em 48 pacientes (94,1%). Três cirurgias foram convertidas (5,9%) e não tivemos óbito. Como complicações foram enfisema subcutâneo (1 caso), pneumotórax (1 caso) lesão do ducto (1 caso) e lesão da veia pulmonar (1 caso). O tempo médio de cirurgia foi de 30 minutos e de internação de 48 horas. CONCLUSÃO: Acreditamos ser um procedimento eficaz, seguro, com pequeno índice de complicações e de baixo custo operatório.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
053 - GASTRECTOMIA LAPAROSCÓPICA NO CÂNCER GÁSTRICO
JEHOVAH GUIMARÃES TAVARES; RENAM CATHARINA TINOCO; AUGUSTO CLAUDIO DE ALMEIDA TINOCO; LAURO MASSAUD CONDE; LIVIA RODRIGUES DE AGUIAR; LETÍCIA PEREIRA MAGALHÃES; ALICE DE PAULA FALCÃO
RESUMO
INTRODUÇÃO: A neoplasias gástricas, em nosso meio, é diagnosticada em estágio avançado. A abordagem laparoscópica dessas patologias tem se demonstrado segura e eficaz com resultados semelhantes à cirurgia convencional. OBJETIVO: Relatar a experiência do Hospital São José do Avaí, os resultados e a técnica da gastrectomia total (GT) e subtotal (GS) laparoscópica. MÉTODO: Foram revisados os prontuários de 116 pacientes submetidos à laparoscopia com indicação de gastrectomia por câncer gástrico, durante o período de Junho de 1994 a Janeiro de 2009, com idade de 25 a 89 anos, predominando o sexo masculino. Dezessete pacientes já apresentavam metástases ou invasão de outros órgãos o que limitou o procedimento a biópsias e derivações gastrojejunais. Foi realizada gastrectomia em 85 pacientes, sendo 75 por adenocarcinoma gástrico e 10 por GIST (3 linfomas e 11 úlceras pépticas). O paciente é posicionado em decúbito dorsal, sob anestesia geral. Acesso realizado com 6 trocartes. Após o inventário é utilizado US laparoscópico para determinar extensão tumoral, presença de metástases ou invasão. Para tumores de 1/3 superior realizamos GT com reconstrução em Y de Roux e linfadenectomia D2 (curativo) ou D1 (paliativo). Tumores de 1/3 inferior realizamos GS com reconstrução em B II ou Y de Roux sendo a linfadenectomia semelhante. RESULTADOS: Oitenta e oito por cento dos casos foram tratados por laparoscopia, com 41 GS com reconstrução a B II, 35 GT com reconstrução em Y de Roux (1 caso associado a esplenectomia e pancreatectomia), 8 GS com B I, 6 GS com Y de Roux e 6 gastrectomias segmentares. Evitou-se laparotomia não terapêutica em 14,6 % devido à doença avançada. Foram convertidas 7 cirurgias (6%). A mortalidade operatória foi de 4,3 % (5 casos). O tempo cirúrgico médio foi de 158 minutos. CONCLUSÃO: A laparoscopia no tratamento do câncer gástrico é uma opção segura e eficaz evitando laparotomias não terapêuticas em pacientes com doença avançada. Obtendo resultados semelhantes à cirurgia convencional somada todas as vantagens da cirurgia minimamente invasiva. Exige longa curva de aprendizado e custo operatório elevado.
Apresentação: Poster
054 - EDEMA PULMONAR AGUDO APÓS COLECISTECTOMIA VIDEO LAPAROSCÓPICA
ARTUR LEONEL CARNEIRO; GUILHERME JONAS DA SILVA RIBEIRO; EDUARDO CARVALHO MEDEIROS; ALAN COSTA SOUSA; EUDES ARANTES MAGALHÃES; PEDRO HENRIQUE OSÓRIO; LETICIA CABRAL DE SOUZA
RESUMO
F.S.G. 31a, casado, masculino. DN: 12/02/77, Submetido a colecistectomia vídeo laparoscópica em 30/08/2008. Em POI (pós-operatório imediato) com 2 horas após procedimento, evoluiu com dispnéia súbita e hipoxemia com queda da saturação sanguínea. Sem outros sintomas Realizado RX e Angio Tc de tórax: negativo para TEP (tromboembolismo pulmonar), com opacificações difusas e bilaterais em vidro fosco, predominando em regiões para hilares e lobos inferiores. Eco cardiograma: sem alterações com FEVE = 72% (Fração de ejeção do Ventrículo Esquerdo). HD: Injuria Pulmonar Leve pós CVL. Tratamento: Suporte Ventilatório não invasivo em UTI. Evolução: Melhora total dos sintomas, sem outras complicações.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
055 - COLECISTECTOMIA VÍDEOLAPAROSCÓPICA NO PACIENTE COM "SITUS INVERSUS TOTALIS"
RENAN BRITO NOGUEIRA; EDILSON BARRETO ANTUNES; CICERO SILVEIRA COSTA; VINICIUS ANTUNES MENEZES; MURILO ANTUNES CARDOSO DOS REIS
RESUMO
OBJETIVO: Discutir aspectos técnicos da colecistectomia vídeolaparoscópica no paciente com situs inversus totalis e colelitíase. MÉTODO: Trata-se de uma paciente de 27 anos, feminina, negra, natural do Rio de Janeiro, casada, internada no Hospital Irmandade São João Batista. RESULTADO: J.R.D. procurou o serviço ambulatorial de cirurgia geral, com quadro de dor epigastrica e em hipocôndrio esquerdo, associados a náuseas e vômitos pós-prandiais. Negava febre e icterícia. Ao exame: ausculta cardíaca predominantemente em hemitórax direito e dor a palpação em hipocôndrio esquerdo. Realizado RX tórax, USG abdomen e TC de tórax e abdomen, que evidenciaram situs inversus totalis e colelitíase. A paciente foi submetida a colecistectomia vídeolaparoscópica sem intercorrências e recebendo alta hospitalar no dia seguinte. O cirurgião principal realizou o procedimento utilizando apenas o trocater em epigastro e o primeiro auxiliar ficou com as duas pinças de apreensão em flanco esquerdo. CONCLUSÃO: O situs inversus totalis é uma entidade rara, com predisposição genética e muitas vezes associadas a má formações. A vídeolaparoscopia nesses pacientes torna-se um desafio técnico para os cirurgiões. Porém, a vídeolaparoscopia constitui uma importante ferramenta para o tratamento com boa eficácia nesses pacientes, quando realizada por cirurgiões experientes.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
056 - ESOFAGECTOMIA LAPAROSCÓPICA TRANSHIATAL
LAURO MASSAUD CONDE; RENAN CATHARINA TINOCO; AUGUSTO CLÁUDIO TINOCO; LUCIANA JANENE EL-KADRE; LUCAS FRAGA CORRÊA; JEOVAH GUIMARÃES TAVARES; ALICE DE PAULA FALCÃO
RESUMO
RESUMO: A esofagectomia laparoscópica transhiatal para doença benigna ou maligna do esôfago é cirurgia complexa, associada a altas taxas de morbimortalidade. Nas últimas décadas ganhou aceitação para o tratamento do câncer de esôfago e algumas doenças benignas por evitar toracotomia, diminuindo assim as complicações associadas a essa abordagem. OBJETIVO: Realizar análise retrospectiva em pacientes com câncer de esôfago submetidos à esofagectomia laparoscópica transhiatal, demonstrando as complicações per e pós-operatórias, resultados imediatos e acompanhamento dos pacientes. MÉTODOS: De novembro 1993 a maio 2008, 83 pacientes foram submetidos a esofagectomia laparoscópica transhiatal. Destes, havia 75 casos de neoplasia maligna de esôfago. Houve predomínio do sexo masculino (81%), com média de idade de 56,5 anos. O tempo abdominal foi realizado por laparoscopia e a parte cervical de modo convencional, sendo o estômago tubulizado levado até o pescoço para anastomose pelo mediastino posterior. RESULTADOS: A esofagectomia transhiatal por via laparoscópica em casos de neoplasia esofagiana foi iniciada em 83 pacientes. O índice de conversão foi de seis casos. A duração média da cirurgia foi de 153 minutos. A incidência de fístula cervical foi de 14,06%. CONCLUSÃO: A esofagectomia laparoscópica transhiatal é opção segura em centros com experiência. A morbidade é menor, com recuperação mais rápida e retorno às atividades habituais precoce. Certamente esta via de acesso deve ser considerada no tratamento das afecções do esôfago.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
057 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO DOS PACIENTES COM DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) SUBMETIDOS A CIRURGIA DE FUNDOPLICATURA À NISSEN
BRUNO VARGAS ANICETO; DREYFUS SILVA FABRINI; GUILHERME DE CASTRO DOS SANTOS; PEDRO RIBEIRO DA MOTA; FÁBIO LOPES DE QUEIROZ; EUDES ARANTES MAGALHÃES
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida de pacientes portadores de Doença do Refluxo Gastro-Esofágico (DRGE) antes e após a fundoplicatura à Nissen. MATERIAL E MÉTODOS: Participaram do estudo 18 pacientes portadores de DRGE refratários ao tratamento clínico e que foram submetidos à cirurgia de fundoplicatura à Nissen entre junho de 2006 e dezembro de 2007. Todas as cirurgias foram iniciadas por via laparoscópica. Utilizou-se como instrumento de avaliação da qualidade de vida o questionário GERD-HRQL (Gastroesophageal Reflux Disease _ Health Related Quality of Life). O questionário foi aplicado aos pacientes sob supervisão do mesmo avaliador no momento da admissão hospitalar e 90 dias após a cirurgia, durante retorno ambulatorial ou através de telefone. RESULTADOS: Em relação ao questionário, observou-se em todas as questões uma redução estatisticamente significativa (p<0,05) nas médias pós-operatórias em relação às pré-operatórias, com exceção das questões que se referem a sintomas disfágicos. As médias da soma de todas as questões no pré- e no pós-operatório foram, respectivamente, 27,1 (+6,61) e 6,61 (+2,27). A diferença entre as mesmas apresentou significância estatística (p<0,05), traduzindo melhora na sintomatologia dos pacientes após o tratamento cirúrgico. CONCLUSÃO: A cirurgia de fundoplicatura a Nissen, aberta ou laparoscópica, além de corrigir os defeitos fisiopatológicos da DRGE, provou-se capaz de proporcionar aos pacientes portadores da doença uma melhora significativa na sintomatologia e na qualidade de vida.
Apresentação: Poster
058 - ESTUDO EXPERIMENTAL DO GRAU DE RETRAÇÃO DA TELA DE POLIPROPILENO
LUCIANO ZOGBI DIAS; MANOEL ROBERTO MACIEL TRINDADE; ANTONIO OLIVIO VALLORIA PORTELLA; FERNANDO ANTONIO BOHRER PITREZ; EDUARDO NEUBARTH TRINDADE; VICTOR FELIPE DOS SANTOS TEJADA
RESUMO
INTRODUÇÃO: A abordagem videolaparoscópica para o tratamento da hérnia, com suas consagradas vantagens e difundida aceitação mundial exige, na maioria das vezes, o uso de próteses. Atualmente, são utilizadas aproximadamente 1,5 milhões de próteses por ano, independentemente da via e da técnica utilizadas. O material mais conhecido e empregado é o polipropileno (Marlex). Diversos autores descreveram algum grau de retração da tela, ocasionando desconforto e recidiva em determinados casos operados. OBJETIVO: Estudar a o grau de retração da prótese de polipropileno. MÉTODO: O estudo foi realizado na Unidade de Experimentação Animal do Centro de Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), com financiamento do FIPE. Foram inseridas telas de Marlex na parede abdominal íntegra, anteriormente à aponeurose, de 25 ratos Wistar, pesando em média 324g. (DP 28g, IC95% 312-336g). Os ratos foram divididos em grupos 1, 2 e 3, conforme a data da reintervenção em 7, 28 e 90 dias, respectivamente, quando os mesmos foram submetidos à eutanásia com câmara de CO2. Após ampla dissecção da parede anterior, foram aferidas as dimensões das próteses para cálculo da área final. A análise estatística foi realizada com o programa SPSS 13.0. RESULTADOS: Todos os ratos apresentaram favorável evolução pós-operatória, com ganho médio de peso de 9,37g; 26,0g; 78,41g, nos grupos 1, 2 e 3, respectivamente. Não houve seroma, hematoma, infecção ou óbito. Após 7 dias da inserção das telas, a taxa média de retração foi de 1,75% (p 0,64); em 28 dias foi de 3,75% (p 0,02) e em 90 dias foi de 2,5% (p 0,01). CONCLUSÃO: Houve retração estatisticamente significativa após 28 dias de inserção da prótese, porém abaixo do comumente reportado na literatura.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
059 - TUMOR CARCINÓIDE DE PÂNCREAS: RESSECÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA
LUCAS FRAGA CORRÊA; RENAN C. TINOCO; AUGUSTO CLÁUDIO A. TINOCO; DANIELA M. SUETH; RICARDO BRASIL; LETÍCIA MAGALHÃES; MARLLUS SOARES
RESUMO
Tumores carcinóides têm origem nas células neuroendócrinas e foram descritos há cerca de cem anos por Lubarsch. Sua incidência gira em torno de 0.7 caso/100.000 indivíduos. A localização pancreática é rara com incidência de 0.75% dos tumores carcinóides do trato digestivo. Apresentamos o caso de um paciente masculino, 36 anos, portador de tumor carcinóide de corpo pancreático medindo 3cm, o qual foi tratado com sucesso por ressecção laparoscópica.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
060 - CIRURGIA COLORRETAL LAPAROSCÓPICA: ANÁLISE DE 232 CASOS
LUCAS FRAGA CORRÊA; RENAN C. TINOCO; AUGUSTO CLÁUDIO A. TINOCO; LUCIANA EL-KADRE; LEANDRO F. CRESPO; FABIANO DE O. FERNANDES; JEHOVAH O. TAVARES
RESUMO
INTRODUÇÃO: A cirurgia colorretal tem sido amplamente utilizada para patologias benignas e malignas. Nas últimas décadas ganhou aceitação para o tratamento das mesmas, diminuindo complicações associadas à laparotomia. OBJETIVO: Realizar análise retrospectiva de pacientes portadores de patologias colorretais que foram submetidos à laparoscopia, demonstrando complicações per, pós- operatórias e resultados a médio e longo prazos. MATERIAL, MÉTODOS, CASUÍSTICA E RESULTADOS: De Janeiro de 1993 a Janeiro de 2009, 232 pacientes foram submetidos à cirurgia laparoscópica para tratamento de patologias colorretais. Houve predominância do sexo feminino (55%), com idade média de 52,5 anos. O tempo cirúrgico médio foi de 85 minutos, com índice de conversão de 21% e óbito de 8 pacientes. CONCLUSÃO: A cirurgia colorretal laparoscópica é um procedimento seguro e eficaz em centros com experiências. A morbidade é menor, com recuperação mais rápida e retorno precoce às atividades habituais. Estudos recentes apontam não haver diferença, do ponto de vista oncológico, entre as abordagens laparoscópica e convencional.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
061 - COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA POR ACESSO ÚNICO UMBILICAL: RELATO DE CASO
BRENO DAUSTER; GABRIEL CRUZ CARNEIRO; JORGE ALBERTO DE RESCALA; ALVARO NONATO DE SOUZA
RESUMO
OBJETIVO: demonstrar a factibilidade do acesso único umbilical para a realização de colecistectomia videolaparoscópica. SUMÁRIO: A videocirurgia vive uma nova época de avanços, em busca de reduzir cicatrizes e morbidade tem avançado para o NOTES e também para a cirurgia com portal único. Enquanto não dispomos destes sofisticados trocartes, desenvolvemos o acesso único umbilical utilizando trocartes permanentes convencionais. Este vídeo demonstra a factibilidade do acesso, a segurança na visualização e identificação de estruturas além do resultado estético final imediato. DISCUSSÃO: Os resultados reais de redução na morbidade e melhor recuperação necessitam de uma maior casuística e estudos comparativos, porém essas novas possibilidades nos preparam para uma realidade em ascenção. Os novos acessos estimulam a imaginação do que estaremos fazendo num futuro próximo e ajudam no desenvolvimento de técnicas videolaparoscópicas inovadoras.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
062 - HEPATECTOMIA POR VIDEOLAPAROSCOPIA
FÁBIO PIMENTEL MARTINS; POLÍBIO GUEDES FERREIRA LOPES; GUILHERME AUGUSTO C. LIMA; BRUNO PEREIRA VILETE; ANNAMARIA RODRIGUES ROSA
RESUMO
Os autores, apresentam em filme, o caso clínico da paciente A.L.L.R., 24 anos, portadora de massa tumoral hepática, submetida á hepatectomia videolaparoscopica. Apresentava dor abdominal discreta, porém persistente e massa móvel palpável no epigástrio.Dosagem de alfa-fetoprotéina, CEA, Ca-125 e Ca 19-9 com níveis normais. USG e TC reveleram massa de 7 cm na periferia do segmento III do fígado com área de fibrose central e cápsula nítida. Realizado laparoscopia com biópsia de massa.Teve como resultado hepatócitos com alterações reparativas sem atipías em área de fibrose.Ausência de sinais de malignidade. Proposto então a ressecção videolaparoscopica utilizando três portais de acesso.A área de secção foi demarcada com eletrocautério e a ressecção realizada com bisturi ultrassônico, sem necessidade de abordagem hemostática do pedículo hepático.A peça removida integra através da cicatriz de cesariana prévia. A paciente evoluiu bem recebendo alta 48 horas após o procedimento. Com o advento de novos métodos de hemostasia cirúrgica foi possível abordagem videolaparoscópica de lesões hepáticas em casos selecionados.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
063 - ADRENALECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA COM TECNOLOGIA DE ULTRASSÔNICA
FÁBIO PIMENTEL MARTINS; POLÍBIO GUEDES FERREIRA LOPES; GUILHERME AUGUSTO C. LIMA; BRUNO PEREIRA VILETE; ANTÔNIO CARLOS LOPES JUNIOR
RESUMO
Os autores apresentam em filme o caso clínico da paciente H.F.S., 46 anos, portadora de massa tumoral em supra-renal direita. O estudo metabólico revelou lesão não secretora.Os métodos de imagem mostravam nódulo ovóide de 2,7 cm na adrenal direita.Realizada adrenalectomia a direita por videolaparoscopia, utilizando de bisturi ultrassônico.O procedimento teve duração de 40 minutos e não houve sangramento per-operatório.Paciente recebeu alta 24 horas após a intervenção. Consideramos que a introdução da tecnologia ultrassônica foi um grande avanço para o desempenho técnico como método para dissecção e hemostasia em procedimentos videolaparoscópicos.
Apresentação: Poster
064 - MODELO EXPERIMENTAL DE OOFORECTOMIA LAPAROSCÓPICA EM RATAS
EDUARDO CAFÉ; ÉRICO NEPOMUCENO; FÁBIO QUINTILIANO
RESUMO
INTRODUÇÃO: É sabida a importância dos modelos de cirurgia laparoscópica em animais tanto para ensino e treinamento quanto para pesquisa. Apesar de a ooforectomia pela via laparoscópica ser um procedimento habitual em seres humanos, não encontramos descrições na literatura de um modelo experimental padronizando a técnica em ratas. Neste trabalho apresentamos o modelo experimental de ooforectomia laparoscópica em ratas. MATERIAL E MÉTODOS: Após estudo anatômico através de necropsia em ratas Wistar, realizou-se ooforectomia laparoscópica bilateral em 20 ratas Wistar, pesando entre 200 e 300 g. Os primeiros 04 animais foram utilizados para o desenvolvimento da técnica e os demais foram utilizadas para o desenvolvimento do modelo. As ratas foram submetidas a jejum pré-operatório de 12 horas e foi utilizada a anestesia intraperitoneal com solução de cetamina/xylazina. A dieta era liberada no pós-operatório imediato. RESULTADOS: A padronização da técnica seguiu os seguintes passos: insuflação da cavidade com CO2 (8mm Hg); posicionamento dos trocartes (5mm e 11mm); dissecção, cauterização e secção do ligamento suspensor do ovário; passagem de "endoloops" na região do mesovário, seguida de secção; retirada dos ovários utilizando-se endobag; síntese das incisões operatórias. Não houve necessidade de conversão. Todos os animais sobreviveram à cirurgia, sendo o tempo médio de 98 min. Não foram observadas complicações em 24 horas. CONCLUSÃO: O modelo de ooforectomia laparoscópica é seguro e útil para treinamento em videolaparoscopia e pesquisa.
Apresentação: Poster
065 - HERNIORRAFIA INCISIONAL VIDEOLAPAROSCÓPICA
PEDRO ROMANELLI; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; BRUNO CUNHA CHAMONE; FLÁVIO AMARO OLIVEIRA BITAR SILVA; WALDEMAR CHAVES NASCIMENTO BRANDÃO PENNA; CAROLINA REIS DE SOUZA MAIA
RESUMO
A hernia incisional é uma complicação tardia de cirurgias abdominais laparotômicas, com incidência que varia entre 2 e 11%. Várias foram as técnicas desenvolvidas para seu reparo, desde o fechamento primário do defeito, passando pelo imbricamento das camadas da parede abdominal até o uso de próteses (telas) suturadas nas bordas do orifício herniário. Todavia, os índices de recidiva mantinham-se elevados, variando de 25 a 52%, o que instigava o desenvolvimento de novas técnicas de reparo das hérnias incisionais. Em 1989, Stoppa desenvolveu uma técnica de reparo que utilizada também as telas de material sintético, todavia, em posição diferente das preconizadas até o momento. Com a implantação da tela anteriormente a bainha posterior da aponeurose do músculo reto abdominal Stoppa conseguiu taxas de recidiva de 14 a 18%. O crescente interesse em cirurgia minimamente invasiva proporcionou o estudo e desenvolvimento de materiais que possibilitaram a introdução do acesso videoendoscópico no arsenal de tratamento das hérnias incisionais. O tratamento da hérnia incisional por via videoendoscópica vem ganhando espaço entre os cirurgiões, desde sua introdução, em 1992. Trabalhos recentes evidenciam a viabilidade do método e enfatizam suas vantagens no que diz respeito a melhor visualização do conteúdo herniário e dos defeitos na parede abdominal. Acrescenta-se a possibilidade de reparo herniário realmente sem tensão na parede abdominal. Durante o ano de 2008, 2 pacientes foram submetidos ao reparo videoendoscópico de hérnias incisionais em nosso serviço. Utilizamos em um dos casos a fixação transparietal de tela de polipropileno seguida de cobertura peritoneal da face visceral da tela. No segundo caso utilizamos a tela de PTFE, com fixação transparietal. Ambos os pacientes evoluíram muito bem no pós-operatório imediato e no pós-operatório tardio, beneficiando_se da abordagem minimamente invasiva. O objetivo da apresentação desse Tema Livre é apresentar os casos realizados no serviço e discutir um tema relativamente novo em videocirurgia, que vem ganhando força junto aos cirurgiões.
Apresentação: Poster
066 - HERNIOPLASTIA INCISIONAL POR VIDEOLAPAROSCOPIA - SÉRIE DE CASOS DE UM SERVIÇO PÚBLICO-PRIVADO EM PORTO ALEGRE
MIGUEL PRESTES NACUL; GUILHERME BEHREND SILVA RIBEIRO; JAQUELINE BEHREND SILVA; LAURA MOSCHETTI
RESUMO
O reparo convencional de hérnias incisionais de grande porte está associado a significativa morbidade pós-operatória. Os autores descrevem a técnica empregada e apresentam sua experiência com a correção de 44 hérnias incisionais de médio ou grande porte da parede abdominal por videolaparoscopia. Em um período de 12 anos, foram operados 19 homens e 25 mulheres. O tempo cirúrgico médio foi de 105 minutos. Em todos os casos foi colocada tela de marlex intra-peritoneal fixada por suturas de polipropileno transparietais fixadas na aponeurose anterior. Drenos não foram utilizados. Houve somente um caso de conversão para técnica aberta. Todos os pacientes receberam alta hospitalar em até 72 horas após a cirurgia, com apenas uma exceção. Complicações peri-operatórias ocorreram em 6 casos. Houve 1 óbito. Não houve recidiva até o presente momento. Concluímos que a hernioplastia incisional por videolaparoscopia é um excelente opção para o tratamento das hérnias incisionais complexas, com morbidade aceitável.
Apresentação: Poster
067 - ALTERNATIVAS TÉCNICAS HETERODOXAS NA HERNIOPLASTIA INGUINAL VIDEOLAPAROSCÓPICA
MIGUEL PRESTES NACUL; MAURO DE SOUZA SIEBERT JR.; EDUARDO DIPP DE BARROS; JAQUELINE BEHREND SILVA; GUILHERME AREND PESCE; LAURA MOSCHETTI; GUILHERME BEHREND SILVA RIBEIRO
RESUMO
OBJETIVOS: Os autores apresentam alternativas técnicas para hernioplastia inguinal videolaparoscópica visando redução de custos, simplificação técnica, mantendo os bons resultados. METODOLOGIA: São apresentadas alternativas técnicas para hernioplastia inguinal TAPP: pontos transparietais em substituição ao grampeamento para fixação da tela e o fechamento peritoneal por aposição simples; e para hernioplastia inguinal TEP: utilização de diferentes tipos de sistemas para confecção do espaço pré-peritoneal e a não fixação da tela. RESULTADOS: Em um período de 11 anos, foram tratadas 526 hérnias inguinais por videolaparoscopia. O fechamento peritoneal por aposição simples tem sido utilizado em quase todas as hernioplastias operadas por técnica TAPP sem complicações maiores. O uso de pontos transparietais tem sido utilizado como alternativa a falta ou economia de grampos. Já o uso de balão de látex confeccionado com dedo de luva cirúrgica para a confecção do espaço pré-peritoneal na hernioplastia inguinal TEP é usado como alternativa ao eficiente, porém caro, trocater-balão, com resultado aceitável na dissecção do espaço pré-peritoneal. A não-fixação da tela nesta técnica busca diminuir custos, sem prejuízo ao resultado do procedimento. CONCLUSÃO: Os autores oferecem alternativas técnicas no sentido de suprir eventuais dificuldades de material ou buscando a diminuição de custos, com bons resultados e simplicidade de reprodução técnica.
Apresentação: Poster
068 - HERNIOPLASTIA VÍDEO-ENDOSCÓPICA: TÉCNICA EXTRAPERITONEAL - SÉRIE DE CASOS DE UM SERVIÇO PÚBLICO-PRIVADO EM PORTO ALEGRE
MIGUEL PRESTES NACUL; MAURO DE SOUZA SIEBERT JR.; EDUARDO DIPP DE BARROS; JAQUELINE BEHREND SILVA; GUILHERME AREND PESCE; GUILHERME BEHREND SILVA RIBEIRO; LAURA MOSCHETTI
RESUMO
OBJETIVOS: Os autores analisam a sua experiência na abordagem da hérnia inguinal pela técnica extra-peritoneal (TEP). METODOLOGIA: A casuística geral do Serviço de Cirurgia Videolaparoscópica do Hospital Parque Belém, em Porto Alegre, RS, e da clínica privada dos autores foi retrospectivamente analisada do período de agosto de 2000 a julho de 2008. RESULTADOS: No período analisado foram realizadas 106 hernioplastias extraperitoneais (TEP), em 97 pacientes. Destes pacientes, 9 tinham hérnias bilaterais. A média de idade foi de 47 anos, sendo 87% do sexo masculino. O tempo cirúrgico mediano foi de 30 minutos. Os achados transoperatórios foram: hérnia inguinal indireta (57%, n=61, sendo duas recidivadas e 4 bilaterais), hérnia inguinal direta (25%, n=27, sendo duas recidivadas e duas bilaterais), hérnia femoral (8%, n=9) e hérnia mista (8%, n=9, sendo 3 bilaterais). Houve 3 conversões para TAPP. Das complicações pós-operatórias, houve uma sufusão hemorrágica, uma orquite e uma lesão de deferente. Houve apenas uma recidiva diagnosticada. CONCLUSÃO: A hernioplastia TEP associa as vantagens da videolaparoscopia àquelas inerentes ao não-acesso da cavidade peritoneal, como diminuição da chance de injúria a órgãos intra-abdominais e de obstrução intestinal por formação de bridas ou de hérnias no sítio de inserção do trocarte, sendo, portanto, uma opção interessante no tratamento das hérnias inguinais.
Apresentação: Poster
069 - EXPERIÊNCIA INICIAL DE DESENVOLVIMENTO DE MODELO EXPERIMENTAL PARA APLICAÇÃO DO NOTES
MIGUEL PRESTES NACUL; IDÍLIO ZAMIM JR.; JOSÉ INÁCIO SANSEVERINO; CARLOS AFONSO BECK; FABIANA SCHIOCHET; GUILHERME BEHREND SILVA RIBEIRO; LAURA MOSCHETTI
RESUMO
INTRODUÇÃO: O advento da Cirurgia Videolaparoscópica tem alcance não apenas na Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo, como também nas demais especialidades cirúrgicas. O desenvolvimento tecnológico com repercussão na qualidade e variedade cada vez maior de equipamentos e instrumentais, assim como o desenvolvimento técnico dos cirurgiões, determinou uma evolução muito rápida do método, que hoje é altamente especializado. Também na área da endoscopia os últimos anos mostraram uma mudança dos paradigmas de uma ferramenta eminentemente diagnóstica em direção a um sofisticado método cirúrgico para a abordagem não somente do aparelho digestório, mas também da cavidade peritoneal e torácica. O NOTES (Natural Orifice Transluminal Endoscopic Surgery) é uma extensão da capacidade da endoscopia flexível para acessar órgãos fora da luz intestinal com objetivo diagnóstico e terapêutico, incluindo a realização de procedimentos cirúrgicos como ligadura tubária, ooforectomia, histerectomia parcial, gastrojejunostomia, apendicectomia, colecistectomia, esplenectomia e linfadenectomia. Os autores analisam a sua experiência inicial com o desenvolvimento do NOTES em modelo experimental. METODOLOGIA: Avaliamos a experiência do desenvolvimento do NOTES em modelo experimental em suínos e caninos, criado em parceria com o Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no qual o cirurgião e o endoscopista trabalham sempre em conjunto em estudos agudos. RESULTADOS: Foram realizados seis procedimentos que visaram basicamente a orientação espacial e o desenvolvimento de técnicas para resolução dos problemas básicos da técnica. Videolaparoscopia diagnóstica, colecistectomia e biópsia hepáticas forma realizadas sempre com a utilização de apoio laparoscópico. CONCLUSÃO: Mesmo ainda em fase experimental, apesar da publicação de alguns casos realizados em humanos, NOTES promete completar a evolução da cirurgia aberta à laparoscopia em direção a cirurgia sem cicatriz facilitando a recuperação do paciente, reduzindo a necessidade de anestesia, uso de analgésicos e melhorando o resultado cosmético. Assim, a aceitação dos pacientes para estes procedimentos pode ser ainda maior, o que justificaria o investimento de tornar este procedimento efetivo e seguro para ser acrescentado ao armamentário do cirurgião abdominal. A criação de um projeto que envolva estas duas áreas objetiva desenvolver o método em nível experimental, no sentido de avaliar o seu potencial para uso em pacientes humanos.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
070 - EXPLORAÇÃO LAPAROSCÓPICA DA VIA BILIAR PRINCIPAL: EXPERIENCIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA DO HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ
LEANDRO DUTRA PERES; RENAM CATHARINA TINOCO; AUGUSTO CLÁUDIO TINOCO; LUCIANA EL-KADRE; LUCAS FRAGA
RESUMO
INTRODUÇÃO: Colecistectomia laparoscópica é considerada padrão ouro para tratamento da colecistolitíase. A litíase da via biliar principal é a uma complicação freqüente da colecistolitíase e seu tratamento vem sofrendo profundas mudanças nas últimas décadas. OBJETIVO: Reportar nossa experiência com a exploração laparoscópica da via biliar principal , focando aspectos técnicos e demonstrando sua viabilidade a curto e médio prazo. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos pacientes submetidos à colecistectomia e à exploração da via biliar principal por laparoscopia de setembro de 1991 a dezembro de 2008. RESULTADOS: A colecistectomia laparoscópica foi realllizada em 5821 pacientes e a colangiografia intraoperatória em 84,64% destes pacientes. A exploração da via biliar principal foi realizada em 540 pacientes (9,27%) por diferentes abordagens técnicas. A duração média do procedimento foi de 71,39 minutos. A taxa de sucesso do clareamento foi de 97,30%. CONCLUSÃO: Além das conhecidas vantagens do método minimamente invasivo, a exploração laparoscópica da via biliar principal é um método factível, que utiliza uma associação de técnicas com equipamentos especiais capazes de alcançar altos índices no clareamento da VBP, através de um único procedimento, com morbi-mortalidade aceitáveis.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
071 - DIVERTICULO DE JEJUNO PERFURADO: RESSECÇÃO VIDEO-ASSISTIDA
SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; ALCIDES JOSE BRANCO FILHO; WILLIAN KONDO; ANIBAL WOOD BRANCO; MARLON RANGEL; WILSON LUIS ERZINGER; JARBAS VALENTE
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os Divertículos de intestino Delgado (DID) são entidades raras com incidência de 0,1 a 1,4 %.séries de autopsias. São mais comuns no jejuno e são classificados como divertículos falsos. As complicações agudas tais como obstrução intestinal, hemorragia e perfuração podem acorrer mas são infrequentes. MÉTODO: Relato de caso de Francisca 84 anos , submetida a laparoscopia exploradora em virtude de abdome agudo supostamente inflamatório; paciente estável hemodinamicamente confecção do pneumoperitoneo por punção e acesso à cavidade com 3 portais; No inventário da cavidade foi observado divertículo jejunal inflamado e perfurado 20 cm distal ao treitz; foi então procedida a ressecção vídeo-assistida do segmento jejunal acometido. RESULTADO: A paciente apresentou evolução favorável recebendo alta hospitalar no 6° dia pos-operatório. CONCLUSÃO: O DID são geralmente encontrados acidentalmente em laparotomias e/ou laparoscopias exploradoras ou durante seriografias do trato gastrointestinal. Geralmente acomentem faixa etária mais elevada e sua principal apresentação é a forma cronica.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
072 - TRATAMENTO TOTALMENTE LAPAROSCÓPICO DA COLEDOCOLITIASE
SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; ALCIDES JOSE BRANCO; WILLIAN KONDO; ANIBAL WOOD BRANCO; RAFAEL WILIAM NODA; WILSON LUIS ERZINGER; MARLON RANGEL
RESUMO
INTRODUÇÃO: A coledocolitíase é uma condição benigna que ocorre entre 8 e 20% dos doentes com colelitíase sintomática. Este achado leva à necessidade de intervenção na via biliar principal, que poderá ser endoscópica ou cirúrgica. Além disso, esta incidência é dependente da idade do paciente, podendo chegar a um terço dos pacientes com colelitíase e mais de 80 anos de idade. Por este motivo, é de suma importância o seu reconhecimento intra-operatório, que pode ser feito através de colangiografia realizada rotineiramente. MÉTODO: Relato de caso de paciente com diagnostico pré-operatorio de coledocolitíase. Este apresentava via biliar principal de 7 mm ao Ultrassom .Foi realizada colangiografia per-operatoria que confirma o diagnostico bem como clareamento da Via biliar principal após introdução de Basket transcístico e lavagem abundante com solução fisiológica. A colangiografia per-operatoria de controle mostrou passagem livre de contrate para tubo gastrointestinal, sem imagem sugestiva de cálculo residual. RESULTADO: A paciente apresentou evolução favorável recebendo alta hospitalar no 2° dia pos-operatório. O controle ambulatorial 30° DPO foi feito com exames laboratoriais bem como exames de imagem que confirmam o clareamento da via biliar principal. CONCLUSÃO: No atual estágio da cirurgia videolaparoscópica, o tratamento totalmente laparoscópico da coledocolitíase é factível na maioria dos pacientes.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
073 - COLEDOCODUODENOSTOMIA LAPAROSCÓPICA
SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; ALCIDES JOSE BRANCO; WILLIAN KONDO; ANIBAL WOOD BRANCO; MARLON RANGEL; WILSON ERZINGER; RAFAEL WILIAM NODA
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Colédocoduodenostomia (CD) foi realizada pela primeira vez por Riedel em 1888 (por via aberta), tendo a paciente falecido nove horas depois, por conta de vazamento da anastomose e com litíase residual de colédoco. Em 1890 Sprengel publicou a primeira CD com êxito. Em 1970, Madden fez uma publicação com um número substancial (1.255 casos) de anastomose coledocoduodenal por via aberta com um índice de 0,4% de colangite e 8% de mortalidade. A primeira CD por laparoscopia foi realizada por Franklin em 1991, para tratamento de uma estenose benigna recorrente.5 O primeiro trabalho sobre a realização deste procedimento na literatura internacional, no entanto, foi de Rhodes,6 em 1996, embora haja publicação nacional anterior de Tinoco referindo realização deste mesmo procedimento em dois casos. MÉTODO: Apresentação de vídeo em paciente com diagnostico pré-operatorio de coledocolitíase. Esta apresentava imagem compatível com cálulo em colédoco distal à tomografia bem como dilatação maior que 2 cm da via biliar principal. A paciente havia sido submetida a esôfago-gastrectomia para tratamento de câncer de terço distal do esôfago há 13 anos com reconstrução em Y-de- Roux. RESULTADO: Paciente submetida a CD termino-lateral em plano único de PDS 000. Evolução favorável tendo recebido alta hospitalar no 8 DPO. O acompanhamento ambulatorial demonstra paciente em bom estado geral, anictérica. CONCLUSÃO: A evolução da cirurgia laparoscópica vem permitindo a realização de cirurgias mais complexas, por esta via de acesso, mantendo as vantagens da mini-invasão. Para a confecção da CD por laparoscopia é necessária, não somente uma estrutura adequada, como também, uma equipe treinada e capacitada a realizar procedimentos avançados e sutura intra-corpórea por laparoscopia, já que ainda não existem grampeadores adequados à sutura biliodigestiva.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
074 - GASTROPLASTIA REDUTORA EM Y-DE-ROUX EM OBESO MÓRBIDO COM FUNDOPLICATURA PREVIA
ALCIDES JOSE BRANCO FILHO; SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; WILLIAN KONDO; ANIBAL WOOD BRANCO; RAFAEL WILIAN NODA; MARLON RANGEL; WILSON LUIS ERZINGER
RESUMO
INTRODUÇÃO: A incidência de doença do refluxo em pacientes obesos mórbidos. Mais de 50% dos pacientes subetidos a gastroplastia redutora em Y-de-ROUX apresentam clinica de DRGE. Estes pacientes apresentam uma maior taxa de recidiva após procedimentos de fundoplicatura. MÉTODO: Apresentação de vídeo de By-pass laparoscópico realizado em paciente com fundoplicatura tipo Nissen prévia RESULTADO: Paciente com evolução favorável recebendo alta hospitalar no 3 DPO; O controle ambulatorial demonstra cura da DRGE. CONCLUSÃO: Evidencias crescentes mostram que GRYR é o procedimento de escolha para o tratamento da DRGE no pacientes com obesidade mórbida. No entanto, a reversão de casos já operados deve ser realizada por equipes treinadas, proporcionando desta maneira os benefícios da cirurgia minimamente invasiva.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
075 - CORREÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA DA HÉRNIA DE HIATO COM TELA DE PTFE
RODRIGO ROMUALDO PEREIRA; EUDES ARANTES MAGALHÃES; ALEX ARAÚJO SIMÕES; BRENO AUGUSTO COSTA NOGUEIRA; PAULO MARCUS VIANNA FRANCA; PEDRO RIBEIRO DA MOTA
RESUMO
A hérnia de hiato tem sido realizada com sucesso através de técnica laparoscópica desde 1991, consistindo procedimento seguro e com bons resultados a médio e longo prazo. A técnica cirúrgica tradicional fundamenta-se no fechamento do hiato e a confecção de válvula utilizando-se o fundo gástrico para impedir o refluxo. A grande vantagem do tratamento por videolaparoscopia é a menor agressividade cirúrgica, com menor tempo de internação hospitalar, menor dor no pós-operatório e menor tempo de afastamento das atividades habituais. O insucesso do tratamento cirúrgico da hérnia do hiato tradicional é em média de 0,9% em 10 anos, de acordo com literatura nacional e internacional. O grande desafio da abordagem laparoscópica das hérnias hiatais encontra-se nos casos de lesões volumosas, com grandes defeitos do hiato esofágico. Nestas situações, o reparo cirúrgico utilizando a tela de PTFE pode ser implementado. O vídeo em questão visa relatar caso clínico e demonstrar abordagem cirúrgica videolaparoscópica para reconstrução do hiato esofágico diafragmático em paciente do sexo feminino, 50 anos, portadora de hérnia hiatal, utilizando tela de PTFE como reforço anatômico. O caso apresentado, realizado no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Governador Israel Pinheiro/IPSEMG, aborda ainda os resultados de seguimento clínico da paciente em pós-operatório a médio e longo prazo.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
076 - ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA - EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL DO HOSPITAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO/IPSEMG E O USO DO CLIPE COM TRAVA DE SEGURANÇA
RODRIGO ROMUALDO PEREIRA; EUDES ARANTES MAGALHÃES; ALEX ARAÚJO SIMÕES; BRENO AUGUSTO COSTA NOGUEIRA; PAULO MARCUS VIANNA FRANCA; VALTER GARCIA MORATO JÚNIOR
RESUMO
A esplenectomia é o tratamento de escolha para uma série de doenças hematológicas benignas, bem como algumas doenças malignas específicas do baço. O primeiro caso de esplenectomia laparoscópica foi realizado por Delaitre e Maignien em 1991. A exemplo da colecistectomia e da cirurgia anti-refluxo, o acesso laparoscópico para a esplenectomia resulta em menor dor pós-operatória e menor alteração da função pulmonar, redução da permanência hospitalar e retorno precoce às atividades tornando a esplenectomia laparoscópica o procedimento de escolha para a esplenectomia eletiva. O vídeo descrito tem como objetivo apresentar relato de caso clínico e descrição operatória de esplenectomia laparoscópica, realizada no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Governador Israel Pinheiro/IPSEMG, em paciente do sexo feminino, 14 anos, para tratamento de quadro de esferocitose, além de relatar casuística do serviço na abordagem cirúrgica do baço por videolaparoscopia. O vídeo abordará ainda a técnica do uso de clipe com trava de segurança para ligadura dos vasos esplênicos.
Apresentação: Poster
077 - COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA PRÉ E PÓS-OPERATÓRIA
LEONARDO NOGUEIRA MENDES; EUDES ARANTES MAGALHÃES; FÁBIO LOPES DE QUEIROZ; ALEX ARAÚJO SIMÕES; BRENO AUGUSTO COSTA NOGUEIRA; FERNANDA NOGUEIRA MENDES
RESUMO
Considerada uma das doenças mais frequentes da população mundial, a colecistolitíase (CCL) apresenta incidência diretamente relacionada à idade. Nos últimos anos, com o advento da ultrassonografia e da colecistectomia videolaparoscópica (CVL), houve um aumento significativo no diagnóstico e grande avanço ao tratamento. Em contrapartida, começaram questionamentos acerca da extensão da CVL para além das indicações clássicas de colecistectomia. Estudos mostraram que aproximadamente 70% de pacientes assintomáticos (aqueles que não tinham dor biliar, abrangendo indivíduos sem sintoma algum e aqueles com outros sintomas gastrointestinais) vão apresentar melhora significativa da qualidade de vida quando submetidos à CVL e este incremento é comparável ao dos pacientes sintomáticos. Com o objetivo de medir a qualidade de vida dos pacientes com algum sintoma gastrointestinal que não o de dor biliar, foi realizado um estudo incluindo 36 pacientes candidatos a CVL atendidos no HGIP/IPSEMG entre dezembro 2007 e julho de 2008 com acompanhamento prospectivo, e dividido em grupo sintomático e grupo com sintomas inespecíficos, sendo então comparados em relação à qualidade de vida através do "Gastrointestinal Quality of Life Index" (GIQLI). Não houve diferença significativa entre os 2 grupos em nenhum dos 3 períodos. O grupo sintomático apresentou uma melhora da qualidade de vida maior, que começou desde o pós-operatório imediato (mais expressivo nesse período) e que manteve melhorando até o 6º mês. Dividimos e comparamos também, nessa mesma amostra, outras variáveis independentes como o início, a freqüência e tempo desde o último sintoma, sendo que nenhum destes alterou a qualidade de vida no pós-operatório de CVL.
Apresentação: Poster
078 - INTRAGASTRIC BALLOONS ARE EFFECTIVE FOR THE WEIGHT CONTROL IN NON OBESE PATIENTS.
CAMILA ROCHA DA CRUZ; GUSTAVO LOPES DE CARVALHO; CARLOS EDUARDO MORAES; PEDRO PAULO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE; JOSÉ SÉRGIO N SILVA; RAPHAEL DE MACEDO CAVALCANTI COELHO; REBECA GONÇALVES ROCHA
RESUMO
BACKGROUND: Many clinical treatments have been attempted for weight reduction in overweight patients, body mass index (BMI) below 30, most commonly medically treated with Orlistat®, Sibutramine® and more recently with Rimonabant®, all presenting gastrointestinal, circulatory, metabolic or psychological side effects which are sometimes severe. Recent Silicone intragastric balloons (SIB) clinical trials have used overweight patients as part of their population, proving the safe usage of SIBs in non obese patients. So far, a study reporting the treatment with SIB only in overweight non obese patients is not yet published. OBJECTIVE: To present the SIB treatment results in overweight patients. METHOD: From June 2006 to January 2009, 254 patients were submitted to the treatment with the Silimed® Gastric Balloon, in two different centers. Of those, 45 were selected for this study for presenting BMI < 30. RESULTS: All balloons were placed and retrieved by office endoscopy, safely and effectively in all the cases. General anesthesia was not needed. All patients left the outpatient clinic in less than 1 hour. The patients mean age was 41.6 (16-67) years-old, initial weights and BMI were 76.4±9.9 (58.0-100.2) kg and 27.8±1.6 (22.8-29.9) kg /m². For the 21 patients who had completed the 6-month treatment, the results in weight loss and final BMI were 9.6±4.2 (19.7-0.4) kg and 24.9±1.7 (21.9-27.8) kg /m². Five patients (12.8%) had episodes of severe vomiting and opted to stop the treatment. One patient (2.6%) had insufficient weight loss. 58.9% of the patients complained of nausea in the first days of treatment. One balloon spontaneously deflated during the treatment and was removed uneventfully by office endoscopy. CONCLUSIONS: Preliminary data suggest that the SIB procedure is a safe and effective alternative to the medical treatment of weight control in non obese patients with appropriate indication of use.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
079 - NEEDLESCOPIC CLIPLESS CHOLECYSTECTOMY AS AN EFFICIENT, SAFE AND COST-EFFECTIVE ALTERNATIVE TO N.O.T.E.S. COSMETIC RESULTS - THE FIRST 1000 CASES - WHAT WE HAVE LEARNED?
JOSÉ SÉRGIO NASCIMENTO SILVA; GUSTAVO LOPES DE CARVALHO; FREDERICO W. SILVA; CAMILA ROCHA DA CRUZ; PEDRO PAULO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE; RAPHAEL DE MACEDO CAVALCANTI COELHO; CLÁUDIO M. LACERDA
RESUMO
BACKGROUND: The advent of NOTES, surgery without skin scarring, is now challenging every surgeon to improve the esthetic results for patients. Minilaparoscopic cholecystectomy (MLC) represents a refinement in laparoscopic surgery, potentially as cosmetically effective as NOTES. Nevertheless, because of the increased cost and difficulty in managing the equipment, it has not been widely accepted among surgeons. OBJECTIVE: To report modifications of the minilaparoscopic technique that make it possible to conduct minilap procedures safely and effectively, thereby considerably reducing costs and promoting the dissemination of this operation. METHOD: 1000 consecutive patients who underwent minilaparoscopic cholecystectomy (MLC) were analyzed, from January 2000 to January 2009 (78.8% women; average age 46.6 years). Surgical technique: After performing the pneumoperitoneum at the umbilical site, four trocars were inserted; two of 2-mm, one of 3-mm and one of 10-mm in diameter, through which a laparoscope was inserted. Neither the 3-mm laparoscope, nor clips, nor manufactured endobags were used. The cystic artery was safely sealed by electrocautery near the gallbladder neck and the cystic duct was sealed with surgical knots. Removal of the gallbladder was carried out, in an adapted bag made with a glove wrist, through the 10-mm umbilical site. RESULTS: The operative time was 43 min. The average hospital stay was 16 hours. There was no conversion to open surgery; 3.1% of patients underwent conversion to standard (5-mm) laparoscopic cholecystectomy (LC) because of difficulties with the procedure; there were 2.1% minor umbilical site infections and 1.0% umbilical herniations. There was no mortality, no bowel injury, one laparoscopic reoperation for suturing a Bile Duct of Luschka, no common bile duct injury, and no postoperative hemorrhage. CONCLUSION: The MLC technique shows no differences in risks as compared to other lap-chole procedures. It also entails a considerable reduction in cost, and, as it does not use the 3-mm laparoscope or disposable materials, it is possible to perform MLC on a larger number of patients. Owing to the near invisibility of scars MLC may also be considered as cosmetically effective as NOTES.
Apresentação: Poster
080 - EFFECTIVE REVERTION OF ACCIDENTAL PNEUMOTHORAX IN ANTIREFLUX SURGERY WITH LAPAROSCOPIC TRANSMEDIASTINAL DRAINAGE
CAMILA ROCHA DA CRUZ; GUSTAVO LOPES DE CARVALHO; DIEGO LAURENTINO LIMA; EDUARDO FELIPE DE CARVALHO CHAVES; JOSÉ SÉRGIO NASCIMENTO SILVA; RAPHAEL DE MACEDO CAVALCANTI COELHO; REBECA GONÇALVES ROCHA
RESUMO
INTRODUCTION: Pneumothorax (PTX) secondary to pleural injury is an uncommon accident in laparoscopic antireflux surgery (LARS). Its frequency is approximately 2% - 6%. The current therapy for transoperative PTX is thoracic intercostal drainage. AIM: To evaluate the treatment of accidental transoperative PTX using a new procedure: laparoscopic transmediastinal drainage (LTD). MATERIALS AND METHODS: From January 2000 to January 2009, 372 patients underwent LARS. 18 patients presented accidental pleural injuries. All of them were treated by LTD. It was performed by the insertion of an 8F-12F silicone drain between the diaphragmatic pillars, leaving all the holes of the drain in the pleural cavity. The drain's exit was made through a 3-5mm trocar hole inserted below the 5mm work-trocar. The patients were maintained on high pressure mechanical ventilation by the anesthetist (PEEP). The drains were removed on average 15 minutes after the end of the surgery and a chest X-Ray was performed to confirm the absence of PTX. RESULTS: No significant complication was observed by this technique used for the treatment of PTX. Radiography confirmed the absence of PTX in all the patients. CONCLUSIONS: The treatment of pneumothorax by laparoscopic transmediastinal drainage is a safe, simple and effective method and should be considered the procedure of choice for this complication during LARS, for maintaining the propose of a minimally invasive surgery, and keeping the esthetic outcomes, avoiding a traditional intercostal drainage.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
081 - COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA TRANSUMBILICAL
MARCO AURÉLIO DE GEORGE; WILLIAM KONDO; MARLON RANGEL; SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; ALCIDES JOSÉ BRANCO FILHO
RESUMO
A colecistectomia laparoscópica geralmente é realizada usando quatro punções por acesso transperitonial. Nos últimos anos vários centros têm relatado sua experiência com o acesso único transumbilical para realização deste procedimento, com resultados encorajadores. Este proccedimento é realizado utilizando um single port através de uma única incisão fascial ou vários portais posicionados através de incisões fasciais separadas. Neste vídeo demonstramos a realização de um caso de colecistectomia laparoscópica transumbilical utilizando instrumental laparoscópico convencional.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
082 - APENDICECTOMIA E RESSECÇÃO DE CISTO PÉLVICO POR VIDEOLAPAROSCOPIA EM TEMPO ÚNICO
JANDER TOLEDO FERREIRA; GUILHERME DE CASTRO SANTOS; PEDRO RIBEIRO DA MOTA; ALEX ARAÚJO SIMÕES; VALTER GARCIA MORATO JÚNIOR; FÁBIO LOPES QUEIROZ; EUDES ARANTES MAGALHÃES
RESUMO
A cirurgia videolaparoscópica tem se expandido a cada dia. Hoje a abordagem laparoscópica vem se estabelecendo em territórios que, há pouco tempo, apenas a cirurgia aberta tinha espaço, como os quadros de abdome agudo. O vídeo ilustra a cirurgia de paciente do sexo feminino, 60 anos, com histórico de cisto anexial à direita em acompanhamento clínico desde 2001. Foi admitida com quadro de dor abdominal em cólica, periumbilical, com posterior migração para fossa ilíaca direita. Com aproximadamente 24 horas de evolução, associada a vômitos e lipotímia. Ao exame, apresentava abdome doloroso a palpação, principalmente em fossa ilíaca direita, sinal de Blumberg positivo, sem outros sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais com leucócitos globais de 15.400, PCR de 77, sem outras alterações. Ultrassonografia de abdome e pelve mostrava coleção cística ovalada em região anexial direita com finas septações, medindo 3,7x 3,4x 2,3cm e volume de 16cm3; apêndice não visualizado. Submeteu-se à laparoscopia diagnóstica; procedimento realizado sob anestesia geral com óptica de 30º e três portais cirúrgicos, sendo passados trocartes de 10mm em portais umbilical e supra-púbico e trocarte de 5mm em flanco D. Após inventário da cavidade e lise de aderências pélvicas, identificado apêndice cecal inflamado. Feita dissecção e identificação dos elementos do mesoapêndice e cauterização da artéria apendicular. Clipagem e ligadura da base do apêndice, com posterior retirada do mesmo da cavidade. Durante exploração da pelve, identificada lesão cística em região anexial direita, ressecada com cautério e retirada da cavidade em bolsa de látex. O tempo cirúrgico dispendido foi de 90 minutos. Paciente evoluiu bem, tendo alta no segundo dia pós-operatório. O anátomo-patológico das lesões confirmaram apendicite aguda purulenta, com áreas de necrose da mucosa, associada a periapendicite. Os cortes histológicos da lesão cística mostraram parede de tuba uterina adelgaçada com hipotrofia da mucosa, compatível com hidrossalpinge. CONCLUSÃO: A abordagem dos quadros de abdome agudo por videolaparoscopia é bem indicada, principalmente naqueles casos em que há dúvida diagnóstica.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
083 - GIST GÁSTRICO: É POSSÍVEL A RESSECÇÃO LAPAROSCÓPICA?
MARCO ANTONIO CABEZAS; PAULO ROBERTO SAVASSI ROCHA; ROBERTO GUIMARÃES CABEZAS
RESUMO
Os tumores estromais gastro-intestinais (GIST), são tumores raros e representam de 1 a 3% dos cânceres do trato gastro-intestinal. O tumor se origina das células de Cajal e se caracterizam pela expressão do receptor tyrosina kinase (C-Kit). O estômago com aproximadamente 60% é o local mais freqüente destes tumores. A cirurgia é o tratamento mais efetivo para os tumores GIST ressecáveis. Raramente apresentam acometimento linfonodal sendo assim as ressecções localizadas com margem de segurança de 1 a 2cm. livres do tumor são suficientes. Evidências recentes têm mostrado que a sobrevida destes pacientes esta relacionada mais ao tamanho do tumor e á sua histologia (n° de mitosis). Por este motivo tumores de até 5 cm. podem ser ressecados por via laparoscópica. Os aa. Apresentam casuística de 15 tumores GIST gástricos ressecados via laparoscópica. Concluem os aa. que tumores gástricos de até 5 cm. são possíveis de ressecção laparoscópica com segurança e técnica oncológica correta.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
084 - APENDICECTOMIA ABERTA X APENDICECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA - ESTUDO COMPARATIVO DOS RESULTADOS PÓS-OPERATÓRIOS
LÍVIA DA ROSA HOEFEL; MAURÍCIO MENDES DE ALBUQUERQUE; CAMILA MAFALDA MOUTA CAMPOS; ÉDEN EDIMUR ROSSI JÚNIOR; WILMAR ATHAYDE GERENT; THIAGO MAMÔRU SAKAE; EDUARDO MIGUEL SCHMIDT
RESUMO
OBJETIVOS: Comparar os resultados das apendicectomias videolaparoscópicas (AVL) com as apendicectomias abertas (AA) no tratamento da apendicite aguda. MÉTODOS: Análise retrospectiva de 264 prontuários de pacientes submetidos à apendicectomia em Florianópolis, entre janeiro de 2003 e dezembro de 2007, acompanhada de contato por meio de cartas e telefonemas. Os dados foram armazenados no software Epidata 3.1 e analisados no software Epiinfo 6.4. RESULTADOS: Do total, 129 pacientes foram $submetidos à AVL e 101 à AA. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativa entre os grupos quanto às intercorrências no trans-operatório e o tempo de hospitalização pós-operatória. A taxa de infecção da ferida operatória foi de 4,6% na AVL e de 23,7% na AA (p=0,000014). Foi observado que a duração média da anestesia na AVL foi de 60,22 minutos e na AA foi de 49,61 minutos (p=0,00003). Na AVL foi verificado que o tempo necessário para retorno às atividades profissionais e/ou acadêmicas foi de 6,51 dias, enquanto na AA esse tempo foi de 8,1 dias (p=0,0037). O tempo de retorno às atividades físicas foi de 24,78 dias na AVL e de 36,21 dias na AA (p<0,00001). Os pacientes submetidos à AVL apresentaram 26% maior grau de satisfação com o aspecto estético da cicatriz operatória comparados aos pacientes submetidos à AA. CONCLUSÕES: A AA esteve associada a um menor tempo anestésico, enquanto a AVL esteve associada a uma menor taxa de infecção da ferida operatória, a um retorno mais rápido às atividades diárias profissionais e/ou acadêmicas e físicas e a um maior grau de satisfação com o aspecto estético da cicatriz operatória.
Apresentação: Poster
085 - RELATO DE CASO - HIPERPLASIA NODULAR FOCAL (HNF) GIGANTE E ASSINTOMÁTICA
LÍVIA DA ROSA HOEFEL; MAURÍCIO MENDES DE ALBUQUERQUE; EDUARDO MIGUEL SCHMIDT; ÉDEN EDIMUR ROSSI JÚNIOR; CÍNTIA ZIMMERMANN; CAMILA MAFALDA MOUTA CAMPOS; CAROLINA PEREIRA MEDEIROS
RESUMO
OBJETIVO: Relatar caso de ressecção de HNF volumosa assintomática. RELATO DO CASO: Paciente masculino, branco, 29 anos de idade, pedreiro, assintomático, com história de alcoolismo e trauma contuso em epigástrio há um ano, cuja avaliação médica periódica revelou elevação de transaminases, GGT e lesão nodular heterogênea no lobo hepático esquerdo de 13x12x13cm ao USG. Sem outras alterações laboratoriais. A TC evidenciou massa sólida de 15x11 cm e RNM revelou cicatriz central característica. Realizou-se biópsia percutânea por agulha com laudos histopatológicos diferentes, de adenoma e HNF. Primeiramente, observou-se o paciente e nova TC, realizada seis meses após, mostrou que a lesão mantinha as mesmas características, sendo submetido a segmentectomia lateral esquerda pela técnica de ligadura do pedículo glissoniano, sem intercorrências. O exame histopatológico confirmou HNF. Em seis meses ganhou 6kg, melhorou a capacidade gástrica, retornando às atividades profissionais e nova TC sem lesão residual. DISCUSSÃO: A HNF é uma lesão tumoral benigna, mais comum em mulheres em idade fértil, provavelmente uma resposta hiperplástica do fígado a uma malformação vascular. Frequentemente são lesões bem delimitadas, menores que 5cm, atingindo maiores proporções raramente. Histologicamente apresentam proliferação de hepatócitos e células de Kupffer, podendo ter cicatriz central característica. É sintomática em 15% dos casos. Transaminases, FA e GGT elevam-se em apenas 30% dos casos. A literatura preconiza o tratamento conservador para as lesões assintomáticas, sendo a ressecção indicada em casos sintomáticos, na dúvida diagnóstica ou nos raros casos de complicação (transformação maligna ou sangramento). Como a lesão era volumosa e periférica e o paciente jovem e assintomático, optou-se pela ressecção, mostrando que esta deve ser considerada em casos como o descrito.
Apresentação: Poster
086 - RELATO DE CASO - CISTOADENOMA GIGANTE DE OVÁRIO
CAMILA MAFALDA MOUTA CAMPOS; LÍVIA DA ROSA HOEFEL; RODOLFO FOLCHINI GOMES; MÁRCIO JOAQUIM LOSSO; RICARDO REIS DO NASCIMENTO; JAIME CÉSAR GELOSA SOUZA; DARLAN MEDEIROS KESTERING
RESUMO
OBJETIVO: relatar caso de Cistoadenoma gigante de ovário tratado videolaparoscopicamente. RELATO DE CASO: L.O.M., 59 anos, branca, viúva, encaminhada após a realização de dermolipectomia abdominal onde notou-se a presença de uma massa abdominal palpável em hipogástrio, sendo o único sintoma referido pela paciente era um leve desconforto abdominal. História de quadro anêmico há um mês e cisto renal há 15 anos. Nega tabagismo e etilismo. Avó materna falecida devido a CA (não especificado) e irmã com tumor cerebral. A TC de abdome evidenciou cistos em rim direito, massa com densidade líquida no subcutâneo, puncionada com sucesso, e uma volumosa lesão cística intra-abdominal, medindo 18 x 17 x 7 cm, que estendia-se da bexiga ao epigástrio, para a qual foi indicada videolaparoscopia, onde visualizou-se cisto gigante de ovário que foi drenado e ressecado sem intercorrências. O anátomo-patológico diagnosticou cistoadenoma mucinoso de ovário. DISCUSSÃO: Cistoadenoma mucinoso de ovário é um tumor epitelial onde a maioria ou todas as células contem mucina. Correspondem por aproximadamente 10-15% de todos os tumores ovarianos, podendo ser bilateral em 5-10% dos casos. Cerca de 75% são benignos, 10% borderline e 15% malignos. Seu pico de incidência ocorre entre 30 a 50 anos. Tipicamente eles causam sintomas vagos sendo usualmente avaliados através de ultrasonografia e tomografia computadorizada onde mostram-se como massas císticas multiseptadas com paredes finas. Pseudomixoma peritoneal pode advir se houver o extravasamento de seu conteúdo para dentro da cavidade abdominal. Laparoscopia tornou-se um método aceitável para o manejo de cistos ovarianos e seu papel está em expansão principalmente em de massas benignas e com mais de 10 cm de diâmetro.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
087 - RESULTADOS IMEDIATOS DE 324 ESPLENECTOMIAS LAPAROSCÓPICAS (EL). 15 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM UMA ÚNICA EQUIPE
RENÉ BERINDOAGUE; EDUARD TARGARONA; CARMEN BALAGUÉ; CARMEN MARTÍNEZ; PILAR HERNÁNDEZ; JORDI GARRIGA; MANUEL TRIAS FOLCH
Apresentação: Tema e Vídeo livre
088 - ESPLENECTOMIA LAPAROSCÓPICA EM CASO DE ESPLENOMEGALIA MODERADA. ABORDAGEM ÂNTERO-POSTERIOR COM SUSPENSÃO DO BAÇO
RENÉ BERINDOAGUE; EDUARD TARGARONA; CARMEN BALAGUÉ; CARMEN MARTÍNEZ; PILAR HERNÁNDEZ; JORDI GARRIGA; MANUEL TRIAS FOLCH
RESUMO
Esplenectomia laparoscópica tornou-se a técnica de escolha na maioria das indicações para esplenectomia eletiva, embora não haja consenso sobre a técnica e estratégia mais recomendável. A abordagem ântero-posterior com o paciente em posição supina e lateral e secção hilar com grampeador linear é reprodutível e confirmou ser segura em nossa série de mais de 320 casos com uma taxa de conversão de 6%, incluindo qualquer tipo de diagnóstico. O vídeo mostra a técnica usada em um paciente de 24 anos com diagnóstico de esplenomegalia e esferocitose (peso final do baço 800 gr.). O paciente é colocado posição supina lateral (90 graus) e quatro trocartes. A dissecação inclui a secção dos gástricos curtos, localização e ligadura da artéria esplênica. Após a dissecção do baço com mobilização de aderências esplenorenais, mantêm-se um segmento apical do peritônio que suspende o baço. A secção hilar é feita com endograpadora, o baço é removido e fragmentado em um saco. O tempo operatório foi de 90 min. com resultado favorável. A sistematização da técnica de esplenectomia laparoscópica permite um procedimento cirúrgico de forma segura e eficiente.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
089 - PODE-SE PREVER A EVOLUÇÃO IMEDIATA DA ESPLENECTOMIA LAPAROSCÓPICA NA ESPLENOMEGALIA? ANÁLISE MULTIVARIADA DOS FATORES CLÍNICOS E PATOLÓGICOS APÓS A RECONSTRUÇÃO EM 3D DO BAÇO
RENÉ BERINDOAGUE; EDUARD TARGARONA; CARMEN BALAGUÉ; CARMEN MARTÍNEZ; PILAR HERNÁNDEZ; JORDI GARRIGA; MANUEL TRIAS FOLCH
RESUMO
INTRODUÇÃO: a abordagem laparoscópica tornou-se a opção de escolha para esplenectomia, mas existem aspectos controversos quanto ao seu papel em casos de esplenomegalia. Os fatores que podem afetar a viabilidade e a evolução imediata podem ser clínico (tipo de doença, número de plaquetas), anatômico e patológico, pelo tamanho e volume do baço, levando a dificuldade no seu manuseio na cavidade abdominal. OBJETIVO: Avaliar o valor preditivo dos exames clínicos e fatores anatômicos na viabilidade e evolução imediata nos casos de esplenomegalia. MATERIAL E MÉTODOS: Revisão de uma base dados prospectiva de todos os pacientes submetidos a esplenectomia laparoscópica com peso final mínimo de 800 g, e que possuíam TAC pré-operatório, a partir do qual se realizou reconstrução 3D , que permitiu obter o volume do baço e medir seus diâmetros mais importantes (Ant-Post, Lat-lat, crânio-caudal), assim como os diâmetros da cavidade abdominal (Ant-Post e lat-lat) (software 3D Doctor). Foi também avaliada a idade, sexo, contagem de plaquetas, diagnóstico (benigno / maligno). Variáveis dependentes foram tempo cirúrgico, sangramento, conversão e complicações. Realizou-se análise univariada e multivariada (SPSS). RESULTADOS: Esta série incluiu 40 pts (18 homens e 22 mulheres), 59± 15 anos, 8 benignos e 32 malignos. Conversão: 15%, T. op: 140 `(90-300), morbidade de 15%, hemorragia: 50 cc (0-1000), Perm. hosp. 5 dias (3-22). Análise multivariada: Conversão: diâmetro baço médio-lateral (p < .005, RR: 1.373), e contagem de plaquetas pré-operatório (p < .001 RR: 1.000); Hemorragia intra-operatória: volume do baço (p < .001, RR: 1.003); Tempo operatório: diâmetro Ant-Post do baço (p < .011); Morbidade pós-operatória: idade (p < .049, RR .941). CONCLUSÃO: A anatomia local e os fatores clínicos afetam diretamente a viabilidade e evolução imediata após a esplenectomia laparoscópica em casos de esplenomegalia. Estes dados devem ser considerados quando se planeja este tipo de cirurgia.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
090 - RESSECÇÃO HEPÁTICA ROBÓTICA - RELATO DE EXPERIÊNCIA PIONEIRA NA AMÉRICA LATINA
MARCEL AUTRAN CESAR MACHADO; FÁBIO F. MAKDISSI; RODRIGO C. SURJAN; RICARDO Z. ABDALLA
RESUMO
Graças ao melhor conhecimento da anatomia segmentar do fígado e desenvolvimento de novas técnicas, houve aumento no número de indicações de hepatectomias. O desenvolvimento da cirurgia minimamente invasiva ocorreu paralelamente e os aumentos da experiência aliados ao desenvolvimento de novos instrumentais resultaram no crescimento exponencial das ressecções hepáticas videolaparoscópicas. A abordagem laparoscópica pode tornar viável a ressecção hepática em pacientes cirróticos com hipertensão portal que não tolerariam este mesmo procedimento por via laparotômica. A cirurgia robótica surgiu nos últimos anos como a última fronteira de desenvolvimento técnico aplicado à videocirurgia. O presente trabalho descreve a experiência pioneira de ressecção hepática totalmente com o uso de robótica na América Latina em paciente portador de carcinoma hepatocelular e cirrose hepática. A hepatectomia laparoscópica com o uso do sistema robótico da Vinci permite refinamentos técnicos graças à visualização tridimensional do campo cirúrgico e utilização de instrumentais precisos e com grande amplitude de movimentação que simulam os movimentos da mão humana.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
091 - PANCREATECTOMIA SUBTOTAL ROBÓTICA - RELATO DE EXPERIÊNCIA PIONEIRA NA AMÉRICA LATINA
MARCEL AUTRAN CESAR MACHADO; FÁBIO F. MAKDISSI; RODRIGO C. SURJAN; RICARDO Z. ABDALLA
RESUMO
INTRODUÇÃO: A cirurgia robótica nada mais é que uma videocirurgia assistida por robô. A robótica acrescenta algumas vantagens ao método puramente laparoscópico. Com o sistema robótico, o cirurgião tem visão tridimensional real do campo cirúrgico e seu posicionamento sentado com os braços apoiados lhe confere ótima ergonomia. Os instrumentos de cirurgia robótica foram especialmente desenvolvidos para conferir amplitude de movimentos ao cirurgião semelhante ao da mão humana e podendo atingir rotação de até 360º. A liberdade de movimento das pinças robóticas proporciona um aprendizado rápido e intuitivo. O robô também pode ser ajustado para realizar movimentos com amplitude de escala reduzida o que permite suturas em espaços pequenos com grande desenvoltura. Além disso, elimina tremores conferindo grande precisão de movimentos. OBJETIVO: Apresentar o video de uma pancreatectomia subtotal totalmente realizada com o uso do robô da Vinci. Trata-se de descrição pioneira na América Latina. PACIENTE E MÉTODO: Paciente sexo feminino com 37 anos de idade e história prévia de câncer de mama bilateral devido à mutação BRCA2. Após quadro de pancreatite aguda, foi submetida à tomografia que mostrou neoplasia intraductal em colo de pâncreas, atrofia do corpo e cauda e dilatação do Wirsung. Foi indicada pancreatectomia subtotal laparoscópica com sistema robótico. Foram usados cinco trocartes. A secção do pancreas foi feita com stapler endoscópico e o espécime cirúrgico foi retirado sem necessidade de incisão adicional. RESULTADOS: O procedimento durou 240 minutos, o sangramento foi mínimo, não houve intercorrências e não apresentou fístula pancreática. Recebeu alta no 4º dia de pós-operatório e o dreno foi retirado no sétimo dia. CONCLUSÕES: Os autores concluem que a pancreatectomia subtotal é factível e pode ser realizada com segurança com o uso da robótica. O sistema robótico da Vinci permitiu refinamentos técnicos e auxiliou na dissecção e controle de grandes vasos devido à visão tridimensional do campo operatório e aos instrumentos com grande amplitude.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
092 - TRISEGMENTECTOMIA HEPÁTICA DIREITA POR VIDEOLAPAROSCOPIA
MARCEL AUTRAN CESAR MACHADO; FÁBIO F. MAKDISSI; RODRIGO C. SURJAN; ANDRE C. OLIVEIRA; VICTOR F PILLA; ANTONIO R TEIXEIRA
RESUMO
INTRODUÇÃO: Em 2007 os autores descreveram a primeira hepatectomia direita por videolaparoscopia realizada no Brasil. Hepatectomia direita ampliada, também conhecida como trisegmentectomia direita, é procedimento altamente complexo e implica em grande retirada do volume hepático. OBJETIVO: Apresentar o vídeo da primeira trisegmentectomia hepática direita por videolaparoscopia realizada no Brasil. TÉCNICA: O paciente é colocado em posição supina em decúbito lateral esquerdo. O cirurgião se coloca entre as pernas da paciente. Utilizamos 5 trocartes, 3 de 12 mm e 2 de 5 mm. Devido à embolização prévia da veia porta direita, o hilo hepático não é dissecado. O pedículo portal direito é seccionado com grampeador laparoscópico de carga vascular por meio de acesso intra-hepático, segundo técnica previamente descrita pelos autores. A seguir procede-se a mobilização do fígado direito seguido de dissecção da veia cava retro-hepática e secção da veia hepática direita. Estes passos são realizados sem manobra de Pringle. O fígado é seccionado com combinação de bisturi harmônico e grampeador endoscópico. O pedículo do segmento 4 é seccionado dentro do fígado. O espécime é retirado por meio de incisão supra-púbica e a área cruenta é revista para verificar hemostasia. O procedimento é encerrado e dreno de sistema fechado é posicionado junto à área cruenta. CONCLUSÃO: Trisegmentectomia hepática direita por videolaparoscopia é procedimento factível e seguro e deve ser considerado para pacientes selecionados. Este procedimento deve ser realizado em centros especializados e por cirurgiões com experiência tanto em cirurgia hepática como cirurgia laparoscópica avançada.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
093 - RESSECÇÃO LAPAROSCÓPICA DO PROCESSO UNCINADO DO PÂNCREAS
MARCEL AUTRAN CESAR MACHADO; FÁBIO F. MAKDISSI; RODRIGO C. SURJAN; MARCEL CERQUEIRA CESAR MACHADO
RESUMO
INTRODUÇÃO: Neoplasia sólida pseudopapilar do pâncreas, tumor de Frantz, é entidade relativamente incomum e com baixo potencial metastático. Por este motivo, sempre que possível, o tratamento deve preservar o máximo de parênquima pancreático possível. Na literatura, existem apenas seis relatos de ressecção laparoscópica deste tipo de neoplasia. Não há relato de ressecção do processo uncinado por laparoscopia ma literatura mundial até o momento. OBJETIVO: Apresentar o vídeo de ressecção do processo uncinado realizado totalmente por videolaparoscopia. PACIENTE E MÉTODO: Paciente sexo feminine com 26 anos de idade e portadora de neoplasia pseudopapilar com cerca de 4 cm de diâmetro. Ecoendoscopia pré-operatória revelou margem de 2 cm entre o tumor e o ducto principal. Foram utilizados 4 trocartes, Três de 5 mm e um de 10 mm. Manobra de Kocher permitiu completa exposição da cabeça pancreática e do processo uncinado. O suprimento sanguíneo duodenal foi mantido com a preservação da arcada pancreato-duodenal inferior. A secção do pâncreas foi feita com bisturi harmônico. O espécime cirúrgico foi retirado por meio de incisão supra-púbica e protegido dentro de saco plástico. RESULTADOS: O tempo cirúrgico foi de 180 minutos e o sangramento estimado em 40 ml. Paciente recebeu alta no 4º dia de pós-operatório e não apresentou pancreatite ou fístula pancreática. Dreno foi retirado no 10º dia pós-operatório. Histologia confirmou o diagnóstico de neoplasia sólida pseudopapilar com margens livres. Paciente está bem e assintomática 10 meses após o procedimento. CONCLUSÕES: Ressecção laparoscopica do uncinado é segura e factível e pode ser considerada no tratamento de neoplasias pancreáticas em substituição à duodenopancreatectomia, em pacientes selecionados.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
094 - COLECISTECTOMIA POR DOIS PORTOS COM EXPOSIÇÃO POR FIOS TRANSCUTÂNEOS
LEONARDO SALLES DE ALMEIDA; PAULO ROBERTO M. NASCIMENTO
RESUMO
Colecistectomia videolaparoscópica por dois portos, sendo um porto umbilical e um para-xifoide, utilizando-se técnica de exposição por fio transcutâneos. MATERIAL: Ótica 10 mm com canal de trabalho (Palmer).
Apresentação: Tema e Vídeo livre
095 - TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DE CISTO GIGANTE DE MESOCOLON
LEONARDO SALLES DE ALMEIDA; PAULO ROBERTO M. NASCIMENTO
RESUMO
Retirada videolaparoscópica de cisto gigante de mesocolon 1800 ml. Retirado completo com sua cápsula. Paciente com Beta HCG positivo, concomitantemente com cisto em mesocolon cecal 1800ml, cogitando-se gravidez extra uterina, durate procedimento, identificado gravidez tubária e cisto gigante de mesocolon. Tratamento do cisto e da gravidez ectópica por vídeo.
Apresentação: Poster
096 - CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA NO TRATAMENTO DE TUMORES CARCINÓIDES DO TRATO GASTROINTESTINAL PROXIMAL. RELATO DE DOIS CASOS
ALBERTO JULIUS ALVES WAINSTEIN; FERNANDO AUGUSTO DE VASCONCELLOS SANTOS; BRUNO RIGHI RODRIGUES DE OLIVEIRA; MILHEM JAMELEDIEN MORAIS KANSAON; LUCAS VILELA NETO
RESUMO
O tumor carcinóide é afecção pouco frequente e, no trato gastrointestinal, o estômago e o duodeno são raramente acometidos, sendo a incidência observada de 2,8% e 2,9%, respectivamente. Seu tratamento é essencialmente cirúrgico e recentemente a videolaparoscopia tem sido utilizada como forma de acesso operatório. Relatamos dois casos de pacientes com tumores carcinóides submetidos a tratamento cirúrgico videolaparoscópico. CASO 1: Paciente do sexo masculino, 72 anos, apresentando dor epigástrica vaga. Submetido a endoscopia digestiva alta com percepção de atrofia da mucosa do antro e inúmeros pólipos em fundo gástrico cuja histologia foi compatível com tumor carcinóide. Foi submetido a gastrectomia subtotal distal videolaparoscópica. Evoluiu sem intercorrências no pós-operatório. CASO 2: Paciente do sexo feminino, 67 anos, apresentando dispepsia de início recente, à endoscopia digestiva alta notava-se lesão polipóide na primeira porção duodenal, diâmetro aproximado de 1,0cm, compatível com o diagnóstico de tumor carcinóide à histologia. Foi submetida a ressecção videolaparoscópica do tumor com auxílio peroperatório da endoscopia. Apresentou evolução pós-operatória sem intercorrências. O tumor carcinóide é afecção pouco frequente e o seu tratamento é cirúrgico. A videolaparoscopia acrescenta os benefícios de menor intensidade de dor pós-operatória e retorno precoce às atividades cotidianas sem, no entanto, comprometer a radicalidade oncológica.
Apresentação: Poster
097 - GASTRECTOMIA VIDEOASSISTIDA NO TRATAMENTO DO CARCINOMA GÁSTRICO. RELATO DE CASO
FERNANDO AUGUSTO DE VASCONCELLOS SANTOS; JOSE ALENCAR GONÇALVES DE MACEDO; MILHEM JAMELEDIEN MORAIS KANSAON; PEDRO RIBEIRO DA MOTA; FERNANDO GUSMÃO SANTIAGO
RESUMO
O carcinoma gástrico é afecção freqüente em nosso meio e é a segunda causa de morte por câncer no mundo. O tratamento cirúrgico radical é fundamental para a melhora da sobrevida em cinco anos e tempo livre de tumor. Recentemente nota-se aumento no diagnóstico precoce da doença e, portanto há propostas de tratamentos menos invasivos sem o comprometimento da radicalidade oncológica. Relatamos o caso de paciente do sexo masculino, 64 anos, com sintomas dispépticos de início recente. À endoscopia digestiva alta notou-se a presença de várias lesões polipóides em corpo gástrico, sendo a maior delas de 2,0cm, cuja biópsia foi compatível com adenoma gástrico com displasia de alto grau. À endossonografia gástrica a lesão extendia-se até a camada superficial da submucosa (sm1). Foi submetido a gastrectomia total videolaparoscópica associado a linfadenectomia D1 extendida para ressecção das cadeias linfonodais de artéria gástrica esquerda, tronco celíaco e artéria hepática comum. Evolui bem no pós-operatório, sem intercorrências. O resultado do anátomo patológico confirmou a presença de margem cirúrgicas livre e linfadenectomia adequada. A gastrectomia videolaparoscópica vem sendo cada vez mais utilizada no tratamento do carcinoma gástrico. É via de acesso que permite a realização da ressecção tumoral mantendo a radicalidade oncológica e, ao mesmo tempo, favorece o paciente reduzindo a dor em pós-operatório e retorno as atividades cotidianas precocemente.
Apresentação: Poster
098 - AVALIAÇÃO DA POSITIVIDADE DA COLANGIOGRAFIA PEROPERATÓRIA REALIZADA DE MANEIRA SELETIVA E CRITERIOSA EM PACIENTES SUBMETIDOS A COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA
EDUARDO CREMA; CARLOS AUGUSTO CANTERAS R. CAMARA; CELSO JÚNIOR OLIVEIRA TELES; RICARDO PASTORE; RENATO COSTA SOUSA; KARLA VELEZIANO LARA; ALEX AUGUSTO SILVA
RESUMO
INTRODUÇÃO: A colecistectomia laparoscópica é o tratamento de escolha para a colelitíase, mas a abordagem nos casos de litíase do ducto biliar ainda permanece controversa. A colangiografia peroperatória realizada durante a colecistectomia laparoscópica permite identificar alterações do ducto colédoco, como variações na anatomia do ducto biliar e a presença de cálculos no seu interior. Esse exame tradicionalmente é realizado de forma sistemática, mas há grupos de cirurgiões que defendem sua realização de forma seletiva e outros que não a realizam em nenhum paciente. OBJETIVO: O objetivo desse estudo é verificar o valor preditivo da colangiografia peroperatória realizada de forma seletiva e criteriosa, e comparar seus resultados com os da conduta de colangiografia sistemática durante a colecistectomia laparoscópica. MÉTODOS: Entre 2001 e 2008, 98 pacientes sem indicação para realização de colangiografia foram submetidos à colecistectomia laparoscópica e à colangiografia peroperatória de maneira seletiva. A seleção dos pacientes no pré-operatório para a realização seletiva da colangiografia foi baseada em critérios clínicos, laboratoriais e ultrassonográficos. RESULTADOS: A colangiografia peroperatória foi tentada e realizada com sucesso em 98 pacientes selecionados e sem indicação para o exame, na sua maioria brancos (81; 82,6%), com a média de idade de 45 anos, e na proporção de cerca de 6:1 mulheres (85; 86,7%) em relação a homens (13; 13,3%). Desses, apenas um paciente apresentou coledocolitíase (1/98, aproximadamente 1%). CONCLUSÃO: Esse estudo mostra que a incidência de cálculos insuspeitados na via biliar comum é de aproximadamente 1%. Esse baixo risco não justifica a realização de colangiografia peroperatória de maneira sistemática e rotineira, e sugere ainda que um grande número de pacientes seja submetido desnecessariamente à exploração intra-operatória da via biliar, caso realizada indiscriminadamente em todos os pacientes, sem uma seleção prévia dos casos suspeitos de coledocolitíase no pré-operatório. As potenciais complicações e o custo elevado da manutenção do paciente por mais tempo em cirurgia, a exposição da equipe à radiação e a alergia ao contraste reforçam a opinião dos autores de que a colangiografia peroperatória realizada de forma seletiva em colecistectomias laparoscópicas deve ser adotada.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
099 - COLECISTECTOMIA MINILAPAROSCÓPICA NO ESTADO DO PIAUÍ - UM ESTUDO DE 25 CASOS
ANDRADE, FJC; SOUSA, ID; REIS, AP; ORSANO, IF
RESUMO
INTRODUÇÃO: A vídeo laparoscopia veio determinar uma verdadeira revolução na cirurgia do aparelho digestivo; seu emprego hoje é indiscutível. Atualmente, buscam-se formas ainda menos invasivas para abordagens cirúrgicas, a fim de minimizar traumas e acelerar a recuperação, desde que não sejam comprometidos a técnica cirúrgica ou o resultado funcional, além dos custos, para que seja viável. OBJETIVO: apresentar alterações à técnica da mini-laparoscopia, da forma realizada no Piauí e evidenciar resultados. MÉTODOS: análise da técnica e dos resultados obtidos em pacientes submetidos à colecistectomia mini-laparoscópica no período de 18.04.2006 a 31.01.2009. Foram analisados: tempo cirúrgico, conversão para laparoscopia convencional ou cirurgia aberta, infecção de ferida operatória (FO), acidentes intra-operatórios, complicações pós-operatórias, tempo médio cirúrgico e de internação. RESULTADOS: 25 pacientes foram submetidos ao procedimento, 96% do sexo feminino; das quais 24 apresentavam colecistopatia calculosa e 1 apresentava pólipo. Técnica: após o posicionamento padrão da equipe cirúrgica, confecciona-se pneumoperitônio com agulha de Veress através da incisão umbilical, por onde é inserido um trocarte de 10 mm, utilizando pressão intra-abdominal de 12 mmHg. Introduz-se a ótica de 30°/10 mm pelo trocarte umbilical. Três trocartes são então inseridos: o trocarte epigástrico (5mm); e dois trocartes inseridos na região subcostal direita (3 mm). A cavidade abdominal é avaliada depois de inseridos os trocartes e antes de se iniciar o procedimento cirúrgico. Os casos de extrema complexidade são neste momento convertidos para laparoscopia convencional com trocartes de 5 mm. Procede-se então a colecistectomia, respeitando-se todos os tempos cirúrgicos. As ligaduras do ducto cístico e artéria cística foram realizadas com clipes de titanium pequenos/médios (clipador 5mm) ou hem-o-lok (aplicador de 5mm) ou ainda nós com fio polycot 000. Não foram utilizadas óticas de minilaparoscopia (2/3 mm). O tempo médio cirúrgico foi de 46,3 min, com ausência de complicações intra-operatórias; houve um caso de conversão para laparoscopia convencional e nenhuma conversão para cirurgia aberta. Não houve casos de infecção de FO, com um caso de seroma em FO. O tempo médio de internação foi de 24h. CONCLUSÃO: A colecistectomia minilaparoscópica mostrou-se uma técnica segura e factível, não tendo comprometido a segurança do procedimento, permitindo resultados funcionais semelhantes aos relatados para a técnica convencional, e resultados estéticos mais satisfatórios.
Apresentação: Poster
100 - TERATOMA DE MEDIASTINO POSTERIOR: RESSECÇÃO CIRÚRGICA POR ABORDAGEM LAPAROSCÓPICA TRANSDIAFRAGMÁTICA
TIAGO MOURA RODRIGUES; LÍSIAS NOGUEIRA CASTILHO; FABIANO ANDRÉ SIMÕES; CARLOS ALBERTO SANTOS JÚNIOR; ALEXANDRE CASTILHO VALIN; LUCAS ZEPONI DAL'AQUA; FLÁVIO AUGUSTO PAULATTI FREDERICO
Apresentação: Poster
101 - COLECISTECTOMIA POR VIDEOLAPAROSCOPIA: ANÁLISE DESCRITIVA DE 142 PROCEDIMENTOS REALIZADOS EM UM SERVIÇO DE CLÍNICA CIRÚRGICA UNIVERSITÁRIO
GERALDO A. CAPUCHINHO-JÚNIOR; RENATO LUNA; DIOGO AGUIAR LEITE; EDUARDO ORIORI
RESUMO
OBJETIVOS: Identificar o principal método realização de pneumoperitôneo e a pressão intraperitoneal média conseqüente ao pneumoperitôneo; revelar em quais situações foi realizado colangiografia; evidenciar quais foram as principais complicações perioperatórias e em quantos casos houve necessidade de conversão para técnica aberta e quantificar os procedimentos em que houve necessidade de drenagem da cavidade. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 142 procedimentos realizados por via laparoscópica no Serviço de Clínica Cirúrgica B no período de novembro de 2003 a dezembro de 2008. RESULTADOS: Foram realizadas 142 colecistectomias videolaparoscópicas, sendo que em apenas duas situações o procedimento estava associado a outro (um associado à biópsia hepática e outro à esofagocardiomiotomia à Heller). Com realização ao método de realização do pneumoperitôneo foi a punção por agulha de Veress foi o procedimento mais realizado (134 vs 8 pela técnica de Hasson - utilizada em casos de operações abdominais prévias ou após três tentativas de punção frustradas). No tocante à pressão intra-operatória média conseqüente ao pneumoperitôneo, esta variou entre 12 e 14 mmHg , não sendo limitante em nenhum dos procedimentos. O tempo médio de cirurgia foi de 96 min (excluindo-se o procedimento associado a esofagocardiomiotomia; além disso, em 34 casos não havia relato do tempo operatório na fonte consultada). Com relação à colangiografia, tal procedimento radiológico foi realizado 11 vezes, sendo que per-operatórias com diagnóstico de coledocolitíase em 05 casos (um caso diagnosticado por CPRE pós-op). Dreno transcístico foi utilizado em todos os 04 casos de colédocolitíase diagnosticados durante o ato operatório. Como complicação per-operatória, ocorreram 3 casos de sangramento hepáticos, todos controlados sem a necessidade de conversão. A cavidade foi drenada em todas as ocasiões nas quais houve necessidade de drenagem transcística (04 casos) e em outras 05 situações por dificuldade técnica. Por fim, em apenas 02 circunstâncias houve a necessidade de conversão para técnica aberta, uma devido ao diagnóstico operatório de fístula colecisto-duodenal e outra para exploração de vias biliares por evidência de coledocolitíase. Um paciente apresentou diagnóstico histopatológico de carcinoma de vesícula, apresentando metástases hepáticas visualizadas e biopsiadas no ato operatório. Todos os restantes apresentaram como diagnóstico histopatológico colecistite crônica calculosa. Em apenas 2 situações (1% dos casos estudados) houve complicação pós-operatoria importante: massa em recesso vesico-uterino sugestivo de abscesso e um caso de fasciíte necrosante cujo desfecho foi óbito do paciente. CONCLUSÃO: Conclui-se que, apesar da necessidade de treinamento especializado do cirurgião, a colecistectomia por videolaparoscopia revelou-se um método com poucas complicações e pouca necessidade de conversão. Além disso, em poucos casos houve necessidade de drenagem trans-cística, caracterizando a segurança do procedimento laparoscópico.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
102 - TRATAMENTO DA COLEDOCOLITÍASE POR VIDEOCIRURGIA
MARCO ANTONIO CEZARIO DE MELO; ROBERTO PABST RAMOS; LUCIENE MELO DE ANDRADE LIMA; OSCAR LUIZ BARRETO SILVA; JOÃO EVANGELISTA NETO; OTACÍLIO DE ALBUQUERQUE; LUIZ ANTONIO DOMINGUES
RESUMO
INTRODUÇÃO: A exploração laparoscópica das vias biliares (ELVB) vem sendo progressivamente mais utilizada no mundo. O objetivo deste trabalho foi analisar os resultados avaliando sua resolução e segurança. CASUÍSTICA: De junho de 1993 a janeiro de 2009 foram realizados 68 ELVB, com média de idade 60,4 anos sendo 45 (66%) mulheres. 48 tinham vesícula "in situ" (10,4% colecistites agudas) e 20 colecistectomizados (17 litíases residuais e 3 estenoses de anastomose bílio-digestiva) (ABD). A abordagem trans-cístico foi utilizada em 28 e a abertura da via biliar principal em 40 casos. MÉTODO: Os dados colhidos, retrospectivamente, pelas fichas de consultório e prontuário dos hospitais, revelaram os diagnósticos, procedimentos, conversões, resoluções, complicações e mortalidade. RESULTADO: A resolução da coledocolitíase foi de 91,2%, sendo 89,6% com vesícula "in situ" e de 95,0% na litíase residual. Índice de conversão 2,9%, morbidade 8,8% e mortalidade 1,5% (paciente séptico por colangite). DISCUSSÃO: O clareamento da via biliar com vesícula "in situ" é controverso embora o tratamento em um único tempo, pela ELVB durante colecistectomia laparoscópica, seja menos oneroso e demande menor internação. Na litíase residual deve ser encarada como exceção ficando reservada nos casos de falha da papilotomia endoscópica. Na estenose de ABD, quando em Y de Roux, a abordagem endoscópica é difícil e a percutânea constitui-se opção mais interessante. CONCLUSÃO: A ELVB é um método seguro e eficaz para a resolução da coledocolitíase, tanto com a vesícula "in situ" como na litíase residual. Na estenose da ABD a plastia da anastomose pode ser uma alternativa interessante.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
103 - ANÁLISE DA CONVERSÃO NA COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA
MARCO ANTONIO CEZARIO DE MELO; MARCELA LEAL CRUZ; ANDERSON CARVALHO DE MOURA BRAZ; THIAGO HOLANDA CHARAMBA DUTRA; VITOR ROBERTO DE MEDEIROS DUARTE; NIEDSON THIAGO PEREIRA CAVALCANTE; MARCONI ROBERTO DE LEMOS MEIRA
RESUMO
INTRODUÇÃO: Índice de conversão (IC) em Colecistectomia Laparoscópica (CL) é o percentual de colecistectomias não concluídos por laparoscopia e sim por cirurgia aberta. O objetivo deste trabalho foi analisar as conversões no serviço, suas causas, e dados relacionados. CASUÍSTICA E SERVIÇO: Em 3 anos foram programadas 710 CL, das quais 17(2,4%) convertidas, 11(64,7%) homens e 6(35,3%) mulheres, com média de idade 59,8 anos. O Serviço tem clientela de funcionários públicos estaduais, realiza CL desde 1993 com volume de 230/ano. Constituído de cirurgiões experientes no método e médicos residentes efetuando 80% das CL. MÉTODO: As informações colhidas retrospectivamente, pelo prontuário, revelaram dados gerais, diagnósticos, procedimentos, motivos das conversões, cirurgião, tempo cirúrgico, complicações e período de internação. RESULTADOS: O IC foi de 2,4%, sendo 7,8% em homens e 1,1% em mulheres. Índice distinto por cirurgião. As conversões ocorreram em 3 períodos, 52,9% das quais no inventário. Dezesseis conversões por aderências e uma por sangramento. História de 5 crises recentes com 2 papilotomias endoscópicas. Tempo cirúrgico médio de 145 minutos e internação de 3,5 dias. Houve 2 drenagens biliares que cederam espontaneamente, sem re-intervenções ou mortalidade. DISCUSSÃO: Inerente à CL, o IC não significa demérito ou fracasso do método, demonstrando cautela do cirurgião. Este índice varia pelas características do serviço e clientela, sendo menor em pacientes sem grandes alterações locais. CONCLUSÃO: O IC do Serviço é semelhante à literatura, sendo maior no sexo masculino. Observou-se índice individual por cirurgião, sendo a maioria das conversões decididas no inventário e motivada, quase todas, por aderências.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
104 - HEPATECTOMIA LAPAROSCÓPICA DE TUMOR BENIGNO DO SEGMENTO III
MARCO ANTONIO CABEZAS; VIVIAN RESENDE
RESUMO
Os Autores apresentam paciente com tumor benigno do segmento III do fígado de crescimento exofitico com pedículo largo de +/- 12cm. de diâmetro e todos os marcadores tumorais negativos.Após colocação dos os trocateres, dois de 10mm e três de 5mm, procedemos a avaliação do tumor que apresentava um pedículo largo e vascularizado na sua porção medial. Iniciou-se a cirurgia demarcando com Hook a área a ser ressecada. Com o eletrocautério em potencia de 120 iniciamos com Hook a separação do tumor. Realizando Maryland-clasia, similar à cirurgia aberta -digito-clasia ou Kelly-clasia- para tratamento individual de veias, artérias e dutos biliares, as maiores com a colocação de clipes, e as menores simplesmente com a cauterização do Hook. Na parte medial do tumor havia um pedículo maior com artéria, veia e duto biliar próprios que foram devidamente clipados e ligados com seda 2-0. O sangramento foi relativamente pequeno. O tumor foi retirado , dentro de um "punho de luva" pelo portal da ótica situado no umbigo, que foi ampliado o suficiente para sua passagem. Dreno de Penrose n°3 foi deixado no portal mais lateral á esquerda. Paciente evoluiu bem com pouca secreção sero- sanguinolenta pelo dreno, o qual foi retirado no segundo dia pós operatório quando o paciente teve alta hospitalar. Concluem os Autores que é factível realizar hepatectomias com material simples e mínimo possível. Não foram usados Stapplers, grampeadores especiais nem saco coletor de órgãos que encareceriam enormemente o procedimento. O procedimento durou aproximadamente 120min. A economia de tempo com material sofisticado, neste paciente, não justificaria o custo elevado.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
105 - TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DE PSEUDOCISTO PANCREÁTICO
SINISGALLI, L. A.; PEDROSO, S.; SILVA, D. CASTILHO; NASSIF, M. T.; SILVA, P. F. A
RESUMO
INTRODUÇÃO: O trabalho apresentado demonstra a abordagem videolaparoscópica para o tratamento de pseudocisto pancreático em um paciente portador de pancreatite crônica. OBJETIVO: Mostrar a viabilidade do tratamento videolaparoscópico para o volumoso pseudocisto de pâncreas, minimizando assim a possibilidade de complicações da incisão da laparotomia. MATERIAL E MÉTODOS: Paciente com quadro de pancreatite crônica agudizada e presença de dor persistente e vômitos,com aumento de enzimas pancreáticas, ausência de leucocitose e tc de abdome compatível com pseudocisto pancreático extenso com compressão extrínseca de vísceras adjacentes. Optou-se por cisto-gastroanastomose realizada pela videolaparoscopia com auxilio do grampeador linear. RESULTADOS: Paciente evoluiu bem, com melhora importante do quadro álgico, sem complicações intra ou pós operatórias, recebendo alta hospitalar no 5º pós-operatório. CONCLUSÃO: A tomografia Computadorizada de controle realizada no 7º dia de pós-operatório demonstrou redução importante do volume do cisto e restante da cavidade abdominal sem alterações. O tratamento cirúrgico videolaparoscópico da pancreatite crônica agudizada complicada com pseudocisto, é uma excelente opção cirúrgica, permitindo melhora clínica importante, redução da morbi-mortalidade, do tempo cirúrgico e de internação hospitalar, além do retorno as atividades cotidianas.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
106 - TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DA MIGRAÇÃO PRECOCE DA VÁLVULA ANTI-REFLUXO APÓS CARDIOPLASTIA
SINISGALLI, L. A.; PEDROSO, S.; SILVA, D. CASTILHO; NASSIF,M.T; NAGIEL, E. L
RESUMO
INTRODUÇÃO: No Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital Nossa Senhora de Lourdes foram operados 879 pacientes com Doença do Refluxo Gastroesofágico nos últimos 16 anos, observando-se 5 casos de migração aguda da válvula, apresentaremos um dos pacientes. OBJETIVO: Demonstrar a reabordagem cirúrgica videolaparoscópica da migração de válvula no 1° dia de pós-operatório de Cardioplastia para tratamento da Doença do Refluxo Gastroesofágico. MATERIAL E MÉTODOS: Paciente do sexo feminino, 52 anos, submetida à cardioplastia videolaparoscópica devido à presença de hérnia hiatal associada à Doença do Refluxo Gastroesofágico. No pós- operatório imediato , apresentou vários episódios de vômitos e dor retroesternal. Realizado um Rx de tórax PA e Perfil que evidenciou herniação do estômago para a porção torácica, sendo então indicada nova abordagem Videolaparoscópica. Durante o ato cirúrgico foi constatada a migração do estômago e da válvula para o porção posterior do tórax através do hiato esofágico que se encontrava deiscente. Realizado tração da válvula e reposicionamento com ressutura do hiato esofágico. RESULTADOS: O paciente recebeu alta hospitalar no 3° pós-opertório, em tratamento de pneumonia decorrente de atelectasia de base pulmonar esquerda. CONCLUSÃO: Esta complicação é previsível e relacionada principalmente aos vômitos no pós-operatório imediato, devendo ser prevenida com uso de ondansetron já durante a indução anestésica. A migração aguda da válvula pode levar à isquemia e necrose do estômago, razão pela qual deve ser tratada tão logo seja diagnosticada, dando-se preferência à abordagem videolaparoscópica. Em alguns casos, devido à intensa aderência do estômago ao tórax pelo gradiente de pressão, a laparotomia e toracotomia às vezes se fazem necessárias.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
107 - TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DA DIVERTICULITE DE SIGMÓIDE AGUDA RECORRENTE
SINISGALLI, L. A.; PEDROSO, S.; SILVA, D. CASTILHO; PERIN, M. A. C; COLOMBO,G.
RESUMO
INTRODUÇÃO: Uma boa opção para o paciente portador de Doença Hipertrófica do Sigmóide, que apresenta quadros sucessivos de diverticulite, é a ressecção videolaparoscópica, e quando realizada eletivamente, a anastomose primária é uma alternativa. OBJETIVO: Relato de caso de paciente com quadro de diverticulite aguda complicada com abscesso peri-diverticular após 3 crises consecutivas em 3 meses. MATERIAL E MÉTODOS: Paciente com diagnóstico de diverticulite aguda, presença de abscesso peridiverticular por tomografia computadorizada de abdome e colonoscopia, associado a sinais clínicos e laboratoriais de atividade da patologia, mantendo dor importante em fossa ilíaca esquerda mesmo após tratamento clínico. Optou-se pela retossigmoidectomia videolaparoscópica com reconstrução primária do trânsito intestinal. RESULTADOS: Paciente evoluiu bem, sem complicações intra ou pós operatórias e obteve melhora clínica com alta hospitalar no 3º pós-operatório. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico videolaparoscopico da diverticulite aguda recorrente é uma excelente opção cirúrgica nos casos de complicações inerentes ao processo agudo instalado, permitindo melhora clínica importante, redução da morbi-mortalidade, do tempo de internação hospitalar e do retorno as atividades cotidianas.
Apresentação: Poster
108 - TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DA DIVERTICULITE AGUDA
SINISGALLI, L. A.; PEDROSO, S.; SILVA; SILVA, D. CASTILHO; NASSIF,M.T; NAGIEL, E. L.
ESUMO
INTRODUÇÃO: O trabalho apresentado demonstra a abordagem videolaparoscópica para o tratamento da diverticulite aguda complicada. OBJETIVO: Relato de caso de paciente com quadro de diverticulite aguda complicada com abscesso peri-diverticular e retropneumoperitôneo. MATERIAL E MÉTODOS: Paciente com quadro de diverticulite aguda e presença de abscesso peridiverticular e retropneumoperitôneo evidenciado por rx de abdome agudo e tomografia computadorizada de abdome. Inicialmente optou-se por drenagem do abscesso e realização de colostomia protetora, seguida de retossigmoidectomia videolaparoscópica após resolução do quadro agudo, com posterior fechamento da colostomia. RESULTADOS: O paciente evoluiu bem, sem complicações intra ou pós operatórias e obteve melhora clínica com alta hospitalar no 5º pós-operatório. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico em três tempos da diverticulite aguda ainda pode ser um boa opção cirúrgica nos casos de complicações inerentes ao processo agudo instalado, permitindo melhora clínica e redução da morbi-mortalidade.
Apresentação: Poster
109 - EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DE LOURDES NO TRATAMENTO DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO POR VIDEOLAPAROSCOPIA
SINISGALLI, L. A.; PEDROSO, S.; SILVA, D. CASTILHO; NAGIEL, E. L.; COLOMBO,G.
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os autores apresentam a experiência do serviço no tratamento da Doença do Refluxo Gastroesofágico por Videolaparoscopia, realizado no período, compreendido entre 1 de Dezembro de 1992 a 30 agosto de 2008. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram realizadas 879 cardioplastias, sendo 48,24% pacientes do sexo feminino e 51,76% do sexo masculino, com idade média de 45,5 anos para homens, e 47,5 anos para mulheres. Os pacientes foram internados 01 hora antes da cirurgia, em jejum de, no mínimo 12 horas. Após o ato cirúrgico, no período vespertino, foi introduzida a dieta líquida e, em sua maioria, alta hospitalar 24 horas após o procedimento. RESULTADOS: Dentre as técnicas utilizadas para a confecção da válvula podemos destacar: Mista _ 536 pacientes (60,97%), Nissen _ 242 pacientes (27,53%), Lind _ 92 pacientes (10,46%), Lotat-Jacob _ 8 pacientes (0,91%) e Lotka _ 01 paciente (0,01%). Rotineiramente o controle endoscópico é feito 40 dias após a cirurgia, sendo que na última conferência de 2006 somente 684 pacientes haviam realizado-a (80,09%). Destes: 87,28% apresentavam válvula continente; 34,65% esofagite leve; 5,7% esôfago de Barrett; 0,88% válvula migrada. 170 pacientes permaneceram sem reavaliação, totalizando 19,91% dos operados. As complicações precoces encontradas foram: migração aguda da válvula ( 5 casos), hemorragias, lesão pleural, abscesso subfrênico, pneumonia e 01 óbito por peritonite. CONCLUSÃO: Pelo exposto, conclui-se que a videolaparoscopia é um método que apresenta bons resultados, com baixos índices de morbi-mortalidade, constituindo-se no padrão ouro para o tratamento da Doença do Refluxo Gastroesofágico.
Apresentação: Poster
110 - APENDICECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA
SINISGALLI, L. A; PEDROSO, S.; SILVA, D. CASTILHO; NASSIF,M.T; PERIN, M. A.
RESUMO
INTRODUÇÃO: O trabalho apresentado demonstra a técnica utilizada para o tratamento da apendicite aguda por videolaparoscopia no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, São Paulo. OBJETIVO: Demonstrar a técnica utilizada para o tratamento da apendicite aguda no período de janeiro a agosto de 2008 e os resultados obtidos. MATERIAL E MÉTODOS: Durante o ano de 2008 foram abordados cirurgicamente 154 casos de apendicite aguda, sendo 96 casos por via videolaparoscópica e 58 por via convencional. Nesta técnica, o paciente é posicionado em decúbito dorsal horizontal sob anestesia geral, com os braços ao longo do corpo. Um portal de 10mm é posicionado inicialmente na região supra-umbilical, outro de 5mm na linha hemiclavicular esquerda na altura da região inguinal e por último, um de 10mm na linha hemiclavicular direita na altura da região umbilical. É realizada a ligadura do mesoapêndice com bisturi harmônico expondo a base apendicular para posterior tração da mesma com fio de categute cromado 2.0 passado por uma agulha de Verres posicionada na altura do segmento . A seguir, é realizado um nó com vicryl 2.0 em sua base , onde é seccionado com o bisturi harmônico e retirado da cavidade abdominal pelo trocater maior. O paciente recebe, em média, alta hospitalar no 1° PO após aceitação da dieta. RESULTADOS: Todos os casos obtiveram alta hospitalar no 1° PO e durante este período não obtivemos complicação cirúrgica. Apenas em um caso de realizou-se ileocolectomia por perfuração do apêndice e necrose de ceco. CONCLUSÃO: A cirurgia por videolaparoscopia é um método eficaz para o tratamento da apendicite aguda obtendo excelentes resultados em relação à dor pós-operatória, a redução importante da ocorrência de abscessos de parede, além do retorno precoce as atividades habituais.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
111 - DERIVAÇÃO BILIOPANCREÁTICA DE SCOPINARO POR VIDEOLAPAROSCOPIA
SINISGALLI, L. A; PEDROSO, S.; SILVA; SILVA, D. CASTILHO; NASSIF,M.T.; SILVA, P. F. A.
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os autores apresentam vídeo de uma cirurgia de Scopinaro modificado, já que não foi realizado colecistectomia. OBJETIVO: Demonstrar a técnica de tratamento de obesidade mórbida por via videolaparoscópica. MATERIAL E MÉTODOS: Realizou-se uma gastrectomia de 50%, com anastomose gastroileal pré-cólica, oralis parcialis, anisoperistáltica, em Y de Roux, mantendo canal alimentar de 2 metros e canal comum de 70 cm. Nesta cirurgia utilizou-se 4 portais de trocaters de 12mm e as anastomoses foram realizadas por grampeador linear com grampos azuis e brancos. Retirada do estômago por prolongamento de 4 cm do orifício do trocater do hipocôndrio esquerdo. CONCLUSÃO: A derivação biliopancrática é um método seguro, eficaz e apresenta resultados previsíveis no tratamento da obesidade mórbida.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
112 - TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO DE GIST GÁSTRICO VIA ENDO GÁSTRICA
PAULO ROBERTO SAVASSI ROCHA; MARCO ANTONIO CABEZAS;
SORAYA RODRIGUES DE ALMEIDA SANCHES
RESUMO
Os Autores apresentam vídeo de GIST gástrico com crescimento endofítico, de 5cm. de diâmetro. A cirurgia é iniciada por laparoscopia quando com ajuda do endoscopista que dilata o estômago, este é fixado à parede abdominal anterior com trocateres de Hasson, um de 12mm, e dois de 5mm. . O pneumo gástrico é colocado em insuflação baixa de até 4 Lts/min. Em seguida é localizado o tumor. Este em questão encontrava-se próximo à cárdia. Pelo trocater de 12mm é introduzido endogrampeador articulável com carga azul. Três cargas foram necessárias para a total extirpação do GIST com margem oncológica adequada . Devido ao tamanho optamos pela retida do tumor via oral pelo endoscopista. Posteriormente são retirados os trocateres do estômago e suturada a parede gástrica com PDS 3-0. Revisão da hemostasia , retirado o pneomoperitôneo e fechamento dos portais. Paciente evoluiu com hemorragia da linha de grampos sendo realizada hemostasia via endoscopia. Nos outros casos realizados pela equipe foi realizada sutura endogástrica da linha de grampos com PDS 3-0. O tumor foi positivo para o marcador oncogênico C-KIT e mostrou poucas mitoses , < de 3 por campo, desta forma de acordo com critérios específicos para estes tumores ele se encontra na categoria de baixo risco - 2-5cmm de tamanho, < 5/HPF mitoses. Concluem os AA que é factível a realização via endogástrica destes tumores, nos quais não é necessária uma margem muito extensa de segurança nem linfoadenectomia.
Apresentação: Poster
113 - EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DE LOURDES NO TRATAMENTO DA COLECISTOPATIA POR VIDEOLAPAROSCOPIA
SINISGALLI, L. A; COLOMBO,G; PEDROSO, S.; SILVA, D. CASTILHO; NASSIF,M.T.
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os autores relatam o número de casos de colecistopatia tratadas por via Vídeolaparoscópica, no período compreendido entre fevereiro de 1992 a setembro de 2008. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram realizadas 4119 colecistectomia vídeolaparoscópicas, sendo 69,07% pacientes do sexo feminino e 30,93% do sexo masculino, com idade média de 47 anos para homens e 55 anos para mulheres. A rotina para cirurgia eletiva prevê internação 1 hora antes do procedimento, introdução de dieta no pós-operatório imediato e, em sua maioria, alta hospitalar após 24 horas. RESULTADOS: As indicações cirúrgicas foram: colecistopatia crônica calculosa 3078 casos (74,72%), colecistite aguda 764 casos (18,54%), coledocolitíase 135 casos (3,27%) e coledocolitíase insuspeita 43 casos (1,04%) confirmadas por colangiografia intraoperatória obrigatória e outros 99 casos (2,40%), que corresponderam a barro biliar, pólipos, colesterolose, e suspeitas de neoplasia de vesícula biliar. Houve conversão para a via aberta em 122 casos (2,96%). CONCLUSÃO: Portanto, a Colecistectomia por Vídeolaparoscopia é hoje o padrão ouro no tratamento da colecistopatia eletiva ou de urgência, associada ou não a coledocolitíase, devendo ser estimulada em equipes cirúrgicas, com experiência neste método.
Apresentação: Poster
114 - CISTO HEPÁTICO BENIGNO E CORREÇÃO CIRÚRGICA VIDEOLAPAROSCÓPICA. RELATO DE CASO
CASTRO, M. G. B.; MAGALHÃES, E. A.; RIBEIRO, G. J. S.; MEDEIROS, E. C.; SANTOS, A. C.
Apresentação: Poster
115 - DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO CONSIDERAÇÕES CLÍNICO-CIRÚRGICAS - EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA DO HOSPITAL LIFECENTER
CASTRO, M. G. B.; MAGALHÃES, E. A.; RIBEIRO, G. J. S.; MEDEIROS, E. C.; SANTOS, A. C.
RESUMO
INTRODUÇÃO: A doença do refluxo gastroesofágico (D.R.G.E) é definida como a afecção crônica decorrente do refluxo de parte do conteúdo gástrico (e por vezes, gastroduodenal) para o esôfago e/ou órgãos adjacentes (faringe, laringe e brônquios), acarretando um espectro variável de sintomas e sinais esofágicos e /ou extra-esofágicos, associados ou não a lesões teciduais. O tema começou a ser abordado em 1946 quando Allison introduziu o termo esofagite de refluxo. Duas década após Cherry e Marguiles, em 1968, descreveram pela primeira vez o refluxo laringofaríngeo e a ocorrência de úlcera de contato. Os sintomas mais comuns da D.R.G.E são azia e regurgitação ácida, seguidos por outros sintomas como epigastralgia, plenitude pós-prandial, dor retroesternal, náusea e disfagia. Outro sintoma relatado, sem muita frequência, é o mal estar causado pelo aumento de fluxo salivar associado ao início da azia5. Os objetivos da terapêutica moderna da D.R.G.E são cicatrizar a lesão da mucosa gastro-esofágica, eliminar os sintomas e prevenir ou tratar as complicações. A grande maioria dos pacientes são tratados clinicamente de forma satisfatória. Entre as indicações para o tratamento cirúrgico incluem-se pacientes que não respondem ao tratamento clínico orientado, pacientes que necessitam de tratamento com inibidor de bomba de prótons (I.B.P), impossibilidade do tratamento de manutenção, devido aos custos, e na presença de complicações como esôfago de Barret e estenose. OBJETIVO: Analisar a experiência do serviço, discutindo as indicações cirúrgicas, eventuais complicações e principalmente os resultados ao longo do tempo. MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente 97 casos de pacientes atendidos e operados pela equipe de cirurgia geral do hospital Lifecenter no período de 2001 a 2009. Todos operados com determinada técnica cirúrgica, cuja escolha baseou-se nas condições clínicas do paciente, idade, grau de refluxo, presença ou não de Barret e ou outras lesões associadas e na experiência do cirurgião. RESULTADOS: Foram operados 97 pacientes sendo 53 do sexo masculino e 4 do sexo feminino. As idades variaram entre 25 e 62 anos. Os principais sintomas relatados foram: pirose (64,7%), regurgitação (21%), tosse crônica (11,3%) e dor torácica (3%). O tempo médio do inicio dos sintomas e a procura do médico foi de 3,5 anos. Todos os pacientes foram submetidos a exame físico completo, estudo endoscópico, pH-métrico e manométrico. A principal indicação cirúrgica foi a falha no tratamento clínico seguida por esôfago de Barret. Cerca de 34% dos pacientes tinham hérnia hiatal grau I e II associada. O tratamento cirúrgico baseou-se nas técnicas de fundoplicatura completa de 360º (Nissen-Rossetti), Dor e Tahl ou Toupet e Hill, de acordo com o grau de refluxo, associada à aproximação dos pilares direito e esquerdo do diafragma. Cerca de 97,4% dos pacientes foram submetidos à técnica de Nissen-Rossetti). O tempo operatório variou de 60 a 180 minutos (média 98,9 minutos). Não houve mortalidade. A conversão para cirurgia aberta durante o ato operatório ocorreu em 5 pacientes, as causas foram sangramento intra-operatório e dificuldade técnica para dissecção do esôfago por obesidade mórbida. As complicações pós-operatórias observadas foram infecção do trocater umbilical e disfagia superior a 4 semanas; esta presente em 11 pacientes sendo que destes 1 teve de ser submetido a dilatação com melhora parcial após procedimento. O tempo de internação variou de 24 a 72 horas (média de 37,06 horas). Apenas 9 pacientes (12%) da série continuam a usar I.B.P; os demais ficaram livres de qualquer medicação para controle da doença. Apenas 1 paciente referiu que não operaria novamente ou não recomendaria a cirurgia para outra pessoa. Os parâmetros para a satisfação do paciente segundo Visik foi bom ou excelente em 93,9% dos pacientes. CONCLUSÃO: A D.R.G.E, hoje, é conhecida pelos seus principais sinais e sintomas clínicos, Sendo passível de tratamento clínico ou cirúrgico.
Apresentação: Poster
116 - RESSECÇÃO DE CISTO DE MESENTÉRIO POR VÍDEO LAPAROSCOPIA
ANDRADE, FJC; ORSANO, IF; SOUSA, ID; REIS, AP
RESUMO
Os autores apresentam um vídeo que mostra um volumoso cisto de mesentério, tratado por vídeo laparoscopia em Teresina Piauí. A cirurgia foi realizada utilizando apenas eletrocoagulador monopolar; não havia disponibilidade de bisturi ultrassônico "Ultracision" ou selador de vasos "Ligasure". O Caso mostrado é de uma paciente do sexo feminino, 52anos que abriu um quadro com náuseas, vômitos e desconforto abdominal, após 48h apresentou dor de forte intensidade em flanco esquerdo, febre baixa e massa palpável dolorosa no quadrante inferior esquerdo do abdome. US do abdome, apontou massa sólida no QSE, e uma TC do abdome mostrou Formação expansiva de baixo coeficiente de atenuação, densidade de gordura, em hemiabdomen à esquerda. O histopatológico da peça confirmou cisto de mesentério.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
117 - SIMPATECTOMIA LOMBAR VIDEOLAPAROSCÓPICA - TÉCNICA COM NOVA ABORDAGEM SIMPLIFICADA
OZORIO SAMPAIO MENEZES; SIGFRIED MAX BOETTCHER; AMANDA KETZER MENEZES
Apresentação: Tema e Vídeo livre
118 - CIRURGIA DE STRONG POR VIDEOLAPAROSCOPIA PARA TRATAR SÍNDROME AORTO-MESENTÉRICA
OZORIO SAMPAIO MENEZES; SIGFRIED MAX BOETTCHER; AMANDA KETZER MENEZES
RESUMO
OBJETIVO: na literatura há raros relatos do tratamento da Síndrome de Pinçamento Aorto-Mesentérico (Síndrome de Wilkie ou obstrução vascular do duodeno) por videolaparoscopia realizando a cirurgia preconizada por Strong na década de 50. Várias técnicas tem sido empregadas para tratar cirurgicamente esta síndrome, a saber, duodenojejunostomia, gastrojejunostomia, duodenojejunostomia em Y de Roux e transposição anterior da terceira porção do duodeno, porém, a que os autores apresentam é o único método cirúrgico que trata diretamente a causa anatômica da obstrução vascular do duodeno. MÉTODO: a cirurgia foi realizada em 23/011/2007 em uma paciente com 19 anos, com sintomas de obstrução intestinal intermitente, plenitude pós-prandial e emagrecimento. Tomografia Abdominal Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética demonstraram obstrução duodenal em topografia aorto-mesentérica. Em vídeo, os autores apresentam a técnica descrita por Strong que consiste em seccionar o Ligamento de Treitz e deslocar a flexura duodeno-jejunal para baixo com boa visibilidade e precisão. RESULTADOS: o tempo cirúrgico foi de 50 min., alta hospitalar com 27 horas de pós-operatório, sem complicações. Até o momento, após 2 anos, a paciente encontra-se assintomática, com remissão dos sintomas e ganho de peso. CONCLUSÃO: a cirurgia preconizada por Strong realizada por videolaparoscopia mostrou ser uma técnica segura e eficiente para tratar a causa da compressão vascular do duodeno, devendo ser considerada como uma boa opção de tratamento cirúrgico frente a esta condição.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
119 - SIMPATICOTOMIA LOMBAR VIDEOLAPAROSCÓPICA - TÉCNICA COM NOVA ABORDAGEM SIMPLIFICADA
OZORIO SAMPAIO MENEZES; SIGFRIED MAX BOETTCHER; AMANDA KETZER MENEZES
RESUMO
OBJETIVO: as técnicas descritas para realizar simpatectomias ou/e simpaticotomias lombares habitualmente são transperitoneais com rebatimento medial dos colons exigindo grandes dissecções ou técnica retroperitoneal onde não raro há lesão do peritônio parietal causando aumento do tempo cirúrgico e dissabores ao cirurgião. Os autores apresentam em vídeo a técnicas utilizada nas últimas 50 simpatectomias / simpaticotomias lombares. MÉTODO: para tratamento de hiper-hidrose plantar severa, síndromes dolorosas nos membros inferiores e úlceras isquêmicas foram realizadas simpatectomias / simpaticotomias lombares por videocirurgia desde o ano 2000. Nas últimas 50 simpaticotomias os autores realizaram abordagem direta das cadeias simpáticas rebatendo cranealmente a raiz do mesentério e abrindo o peritônio parietal posterior a nível L3. Foram realizadas uma punção para introdução de óticas de 5 mm em seguida outra para ótica de 10 mm e mais duas punções para trabalho de 5 mm. RESULTADOS: são comentados detalhes técnicos para a realização da simpatectomia / simpaticotomia lombar por videolaparoscopia considerando as vantagens e desvantagens desta nova abordagem e suas peculiaridades técnicas. CONCLUSÃO: a abordagem transperitoneal posterior direta sobre a cadeia simpática permitiu a realização da simpaticotomia lombar com mínimo trauma tecidual, ótima visibilidade, rapidez, segurança e um excepcional resultado cosmético e terapêutico.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
120 - VIDEOCIRURGIA ROBÓTICA: ESTUDO PROSPECTIVO RANDOMIZADO
CAROLINA CHACON COSENTINO; JOÃO GUILHERME REIS MELO DE SOUZA; EDUARDO KANAAN; RICARDO ZORRÓN; MARIA DONATA SUTTI LOPES COSTA REIS
RESUMO
OBJETIVOS: A videocirurgia com tecnologia robótica é um avanço médico e tecnológico recente, sendo o conceito de cirurgia-solo uma das aplicações práticas que podem permitir um maior controle e precisão na cirurgia. Este estudo prospectivo randomizado foi designado para avaliar a curva de aprendizado da cirurgia-solo com o AESOP 3000 para colecistectomia laparoscópica, avaliando resultados e aplicações desta nova técnica. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Trinta (30) pacientes portadores de colelitíase foram randomizados para serem submetidos à videocirurgia ou colecistectomia com assistência robótica. Quinze pacientes foram submetidos à colecistectomia robótica, utilizando a câmera com comando de voz AESOP 3000 e um braço mecânico fixo, permitindo a realização dos procedimentos sob o conceito de cirurgia-solo (sem auxiliares). A câmera posicionada no trocarte umbilical, foi ajustada para receber comando de voz através do transmissor HERMES, permitindo também a gravação de posições-chave. Um braço mecânico foi ligado à mesa cirúrgica para retração fixa de órgãos quando necessário. O grupo controle consistiu de quinze pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica padrão. RESULTADOS: As cirurgias transcorreram sem anormalidades, não havendo necessidade de conversão, sendo necessária a retirada do AESOP para realização de câmera manual em um caso. O tempo operatório foi aumentado para permitir o tempo de ajuste do aparelho que foi, em média, de 21,9 min. Não foram documentadas complicações locais ou sistêmicas pós-operatórias. Quanto ao tempo de internação, a maioria dos pacientes receberam alta em 24-48hs (86,7%). O grau de satisfação subjetiva da equipe com o auxiliar robótico foi de 3,94. CONCLUSÃO: As potenciais vantagens do AESOP 3000 e dos sistemas de telecirurgia podem ser vislumbradas nesta avaliação inicial. A curva de aprendizado é simples e permitiu a realização das cirurgias por residentes em treinamento. Apesar de maior tempo operatório que o procedimento laparoscópico padrão, a assistência robótica mostrou maior precisão e estabilidade de câmera, sendo um passo inicial para a realização de videocirurgia robótica à distância.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
121 - ENUCLEAÇÃO DE INCIDENTALOMA DE PÂNCREAS POR VIDEOLAPAROSCOPIA GUIADA POR ULTRA-SONOGRAFIA ENDOSCÓPICA
JOSÉ DE RIBAMAR SABÓIA DE AZEVEDO; RAFAEL MASSAO DA SILVA NAGATO; GLÓRIA MARIA LUCAS COSTA; ANDÉIA TRINDADE ALVES DE MENEZES; GUISELLA MARTINS GFLÜGER; ABDON HISSA; LÚCIA CHAVES FELDMAN
RESUMO
A evidência de uma tumoração pancreática representa um grande desafio clínico. Mesmo com os grandes avanços da medicina laboratorial e de imagem, a diferenciação entre lesões benignas e malignas é muito difícil e, na maior parte, dependente de métodos invasivos para fazê-la. Além disso, com o advento e difusão de exames de alta resolução, muitas tumorações assintomáticas são descobertas, adicionando aos incidentalomas as múltiplas possibilidades diagnósticas. Em um recente estudo avaliando tumores pancreáticos, por volta de 6% eram incidentalomas e destes 31% malignos. A malignidade foi mais comum quando maiores que 2 cm, enquanto que quando menores que 2 cm ou císticos provavelmente são benignos. Cirurgias pancreáticas são associadas com alta morbidade e ligeiro risco de mortalidade, porém, a única chance de cura e sobrevida a longo prazo para pacientes diagnosticados com neoplasia de pâncreas é a sua ressecção cirúrgica. Dentre as malignidades do trato gastrointestinal, o câncer do pâncreas é o segundo em frequência, atrás apenas das neoplasias do cólon, porém lidera em gravidade e agressividade, com pequena porcentagem de ressecção, cura e resposta à quimioterapia ou radioterapia. Os tumores neuroendócrinos tem sua incidência estimada de 1 para cada 100,000 pessoas por ano. Estudos em autópsias sua incidência é 1000 a 2000 vezes maior que em séries clínicas, sendo a maioria não funcionante e benigno. Dos tumores neuroendócrinos o insulinoma é o mais comum, com incidência de aproximadamente 1 para 1 milhão de pessoas. Em 75% dos casos são benignos. O glucagonoma é causador de uma síndrome de erupção cutânea característica, porém rara, associado a diabete melito, anemia, perda de peso e elevação dos níveis circulantes de glucagon. Sua maioria é maligno, porém, se necessário, é justificada uma abordagem mais agressiva na remoção do tumor primário e metástases. O tratamento cirúrgico é a única modalidade de tratamento existente para tumores neuroendócrinos ressecáveis. A abordagem varia com o tipo de tumor, localização e tamanho. Quando benignos menores que 2 a 3 cm podem ser tratados com enucleação. No entanto, malignos ou maiores que 3 cm necessitam de uma abordagem mais agressiva e com margens de segurança, necessitando de linfadenectomia regional, duodenopancreatectomia ou pancreatectomia distal de acordo com sua localização. A presença de metástase distante não contra-indica ressecção, a sendo feita quando possível, com resultante melhora sintomática nos tumores funcionais. Tradicionalmente a abordagem cirúrgica nos tumores pancreáticos é feita por via laparotômica. A laparoscopia para cirurgia pancreática foi introduzida em 1994 para pacientes com pancreatite crônica e em 1996 Gardner et al descreveu a ressecção de tumores neuroendócrinos por laparoscopia. Ainda assim a experiência mundial é limitada, restrita a grandes centros e a experientes cirurgiões laparoscópicos. As vantagens da laparoscopia inúmeras e muito bem fundamentadas, com menor dor e necessidades analgésicas, tempo de internação, e retorno das atividades laborais mais precoces quando comparadas com a laparotomia. A combinação de palpação digital por experiente cirurgião e ultra-sonografia intra-operatória é o método mais sensível para localização de neoplasias neuroendócrinas pancreáticas durante a cirurgia. Porém, novas tecnologias tem permitido a aplicação de técnicas consagradas em cirurgias abertas em modelos minimante invasivos. Com a laparoscopia na ressecção de tumores pancreáticos, a localização intra-operatória torna-se um desafio. A despeito da localização pré-operatória, em 36% de tumores neuroendócrinos não são identificados durante a laparoscopia, resultando em conversão para laparotomia. A adoção da ultra-sonografia laparoscópica vem a enriquecer as cirurgias minimamente invasivas. Para o glucagonoma a ultra-sonografia laparoscópica facilita sua localização e constitui um passo importante no estabelecimento da laparoscopia como padrão para ressecção dessas neoplasias. Tanto a enucleação quanto a ressecção pancreática laparoscópica para glucagonomas tem sido realizadas com índices de sucesso que chegam a 100%. A enucleação não é um procedimento fácil, que exige perícia e experiência, no entanto oferece claros benefícios aos pacientes, como uma abordagem menos traumática com completa remoção do tumor sem perda de parênquima pancreático, esplenectomia ou gastroduodenectomia como parte da estratégia cirúrgica. Na literatura a incidência de complicações na enucleação laparoscópica é de 20 a 30%, sendo mais comuns quando realizadas na cabeça e menores no corpo e cauda pancreáticas, geralmente apresentam comportamento benigno e podem ser tratadas conservadoramente com grande índice de sucesso. Nas pancreatectomias corpo-caudais a incidência de fístulas são menores, porém com os malefícios já citados. Ainda não há consenso a respeito das indicações e limites da abordagem laparoscópica em pacientes com tumores neuroendócrinos do pâncreas. Alguns cirurgiões tem sugerido que neoplasias pancreáticas malignas são contra-indicações a ressecção laparoscópica. No entanto, em recente relato do Hospital Clínic de Barcelona a ressecção laparoscópica foi realizada em 49 pacientes com tumor neuroendócrino, tanto benignos (77,5%) quanto malignos (22,5%), demonstrando que possível e segura, alcançando margens negativas em alta porcentagem nas malignidades, além de associar todos os benefícios da laparoscopia. Com isso, a cirurgia laparoscópica pancreática, mesmo com alguns pontos em discussão, é uma realidade mundial, em concretização como a melhor abordagem às patologias pancreáticas. Mesmo restrita a alguns centros e cirurgiões, em nosso meio ainda é possível oferecer tratamento de primeira linha aos nossos pacientes, com resultados e benefícios comparáveis aos internacionais. Este vídeo vem para ilustrar a abordagem de uma paciente com incidentaloma não funcionante de pâncreas. Sendo realizado laparoscopia, confirmação da localização do tumor com ultra-sonografia endoscópica e enucleação do tumor, cujo resultado histopatológico foi de glucagonoma benigno.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
122 - TÉCNICA DE APENDICECTOMIA RETROCECAL VIDEOLAPAROSCÓPICA
JOSÉ DE RIBAMAR SABÓIA DE AZEVEDO; RAFAEL MASSAO DA SILVA NAGATO; GLÓRIA MARIA LUCAS COSTA; JOÃO GUSTAVO CELANI DUARTE; ANDRÉIA TRINDADE ALVES DE MENEZES; GUISELLA MARTINS PFLÜGER; JOSÉ LUIS PANTALEÃO FALCÃO
RESUMO
Apendicite é a causa mais comum de emergência abdominal aguda. Esta doença acomete todas as faixas etárias, mas tem mais alta incidência em crianças entre 5 e 14 anos e um segundo pico no população idosa. Sua exata etiologia não é conhecida, no entanto, a obstrução do lúmen apendicular é aceito com o evento precipitante. O apêndice no adulto pode variar em seu comprimento, mas em geral, mede em torno de 9 cm de comprimento. Embora a base do apêndice esteja localizada na confluência das tênias, na base do ceco, sua extremidade pode estar localizada em uma variedade de posições. Sua localização mais comum, presente em 65% dos vezes, é retrocecal, porém, dentro da cavidade peritoneal, pois a posição mais inferior do ceco está dentro da cavidade peritoneal. Sua posição retrocecal carreia importantes aspectos clínicos. A apresentação se torna atípica, implicando em atraso no diagnóstico, e em doença em estágio mais avançado. Isso resulta em aumento da dificuldade técnica, não apenas por sua posição de mais trabalhosa abordagem, como também na presença de complicações como abscessos e perfurações. Como a ponta do apêndice, em posição cefálica, pode não ser claramente visível, a apendicectomia retrógrada com a secção da sua base com stapler pode ser a melhor alternativa. O mesoapêndice deve ser seccionado escalonadamente com a preocupação da não lesar o íleo distal, criando uma janela para expor bem a base apendicular e a entrada do íleo distal no ceco, após a secção de sua base seguirá a dissecção em direção à ponta. Para que o apêndice seja visualizado em toda sua extensão, é necessária a abertura da fáscia de Toldt direita, rebatendo o ceco e cólon ascendente medialmente. Sem que esta manobra seja realizada, a exposição do apêndice não será adequada, aumentando as complicações e não garantindo que o apêndice seja retirado por completo. A área deverá ser irrigada com solução salina e aspirada e a peça retirada com "Bag" para diminuir a chance de infecção da ferida operatória. Estes vídeos demonstram a realização de apendicectomias retrocecais, enfatizando como a liberação do ceco e cólon ascendente, pela abertura da fáscia de Toldt direita, expõe o apêndice, desde sua base a sua ponta, facilitando a realização do procedimento e permitindo que o seja feito com maior segurança e menores complicações.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
123 - ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: TÁTICA DE EXPOSIÇÃO COM CONTROLE EXTERNO
ELTON FRANCISCO NUNES BATISTA; GUSTAVO ADOLFO PAVAN BATISTA
RESUMO
Apesar dos avanços da videocirurgia no que se refere à variedade e melhoria do instrumental, muitas vezes conta mais o que se pode inovar na prática diária com táticas facilitadoras. Evidente que os avanços na qualidade dos eletrocirúrgicos de última geração têm permitido realizar os procedimentos hemostáticos com mais segurança e rapidez. Ainda assim, em alguns procedimentos e principalmente na esplenectomia, existe o aspecto da exposição visceral. Têm sido descritas múltiplas condutas como o afastamento com instrumental, a utilização de uma mão auxiliar e outras medidas facilitadoras de exposição. Há algum tempo idealizamos um método simples, inócuo e sem custo para a fixação e exposição do baço, que consiste de uma alça de fio que é introduzida na cavidade através de uma agulha e que pode ser controlada externamente. Essa pequena manobra tem contribuído na exposição do baço para a esplenectomia, tanto na liberação do órgão como na sua captação com a bolsa de extração. Esta tática já foi utilizada em pacientes com baços de até três vezes o seu tamanho normal, em alguns casos com a passagem de mais de uma alça de fio. Somente tivemos a oportunidade de utilizá-la uma única vez em baço muito grande (acima de cinco vezes o tamanho normal) com a utilização de alças múltiplas. Esta tática tem permitido que, na maioria das vezes, com apenas três acessos se possa realizar as operações de forma confortável. O presente trabalho em vídeo visa enfocar especificamente a utilização da alça de fio com controle externo, mas também mostra que, em alguns casos, a falta de modernos equipamentos eletrocirúrgicos não deve ser um fator limitante para esta operação. Os recursos tradicionais mais simples da eletrocirurgia, associados aos procedimentos de ligadura ou clipagem podem ser suficientes em alguns Centros que não disponham de recursos mais sofisticados. Esta tática tem sido utilizada desde 1997. Na maioria das vezes tem permitido que se realize a esplenectomia com os mais variados recursos de hemostasia com a mesma segurança porque o pedículo vascular fica mais bem exposto. Iniciamos com a ligadura e/ou clipagem de todos os vasos, passando depois pelo bisturi mono e bipolar. Hoje temos realizado a esplenectomia com os atuais e modernos equipamentos do tipo bisturi ultrassônico e o ligasure, sempre utilizando a "alça facilitadora".
Apresentação: Poster
124 - PANCREATECTOMIA CAUDAL COM ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA NO TRATAMENTO DE METÁSTASE DE TUMOR OVARIANO. RELATO DE CASO
FERNANDO AUGUSTO DE VASCONCELLOS SANTOS; ALBERTO JULIUS ALVES WAINSTEIN; BRUNO RIGHI RODRIGUES DE OLIVEIRA; MILHEM JAMELEDIEN MORAIS KANSAON; GERALDO FELÍCIO DA CUNHA JÚNIOR
RESUMO
A ressecção laparoscópica do pâncreas permanece incomum. A Literatura publicada até o momento cita como vantagens do procedimento as pequenas incisões, redução da dor pós-operatória, retorno precoce às atividades cotidianas e diminuição das complicações relacionadas à ferida, sem perda da radicalidade oncológica. Relatamos o caso de paciente do sexo feminino, 73 anos, submetida em agosto de 2004 a pan-histerectomia com esvaziamento linfonodal e omentectomia devido a adenocarcinoma de ovário. Realizada quimioterapia adjuvante. Em janeiro de 2008 apresentou quadro de emagrecimento e à ultrassonografia nota-se lesão em baço. A tomografia multislice do abdome mostrou lesão expansiva no pedículo esplênico, envolvendo seu parênquima e cauda pancreática, sem evidências de doença em outro local. Foi indicada laparoscopia prévia a laparotomia para estadiamento, já que em casos de recidiva de câncer de ovário frequentemente a doença é multicêntrica, contra-indicando qualquer procedimento cirúrgico com finalidade não paliativa. Em março de 2008 submetida a laparoscopia que ao contrário do esperado mostrou lesão metastática única acometendo o baço e cauda do pâncreas. A paciente foi então submetida a pancreatectomia caudal com esplenectomia vídeolaparoscópica em monobloco sem intercorrências, recebendo alta hospitalar no 5o dia de internação. Resultado anatomopatológico e imunohistoquímico de metástase de adenocarcinoma de ovário em baço. Está em controle ambulatorial periódico, evoluindo com ganho de peso, sem evidências de recidiva. A videolaparoscopia permitiu realização de cirurgia oncológica radical, com boa evolução pós operatória e retorno rápido às suas atividades habituais.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
125 - RETIRADA LAPAROSCÓPICA DE TUMOR DE FUNDO GÁSTRICO JUNTO À TRANSIÇÃO ESOFAGO-GÁSTRICA
PAULA VOLPE; CARLOS EDUARDO DOMENE
RESUMO
O vídeo demonstra todos os passos importantes e sistematização técnica da retirada de tumor de fundo gástrico junto à TEG com auxílio de endoscopia intra-operatória. Tratava-se de caso suspeito de GIST por biópsia prévia realizada através de eco-endoscopia. A tática operatória foi individualizada, optando-se por gastrotomia na face anterior e retirada completa do tumor e biópsia de congelação, que definiu a benignidade do mesmo e complementação da cirurgia com fechamento da mucosa e da gastrotomia.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
126 - DERIVAÇÃO DUODENOJEJUNAL VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO DE OBSTRUÇÃO DUODENAL POR PÂNCREAS ANULAR: DESCRIÇÃO DE TÉCNICA CIRÚRGICA
BRUNO ZILBERSTEIN; MAURICIO PAULIN SORBELLO; ALEXANDRE B. BERTONCINI; IVAN CECCONELLO
RESUMO
INTRODUÇÃO: O pâncreas anular é uma anomalia congênita rara, de tratamento cirúrgico somente nos casos sintomáticos. O início dos sintomas pode ocorrer de forma tardia e a realização do diagnóstico de forma precoce, implica em alta suspeita clínica. A complicação mais freqüente causada por esta entidade é a obstrução do esvaziamento gástrico, condição na qual o tratamento cirúrgico se impõe. Com o advento da videolaparoscopia e as vantagens do método minimamente invasivo buscou-se a realização do procedimento utilizando-se esta, como via de acesso. OBJETIVO: Apresentar os passos técnicos para a realização de duodenojejunoanastomose para correção do quadro obstrutivo duodenal, através de via laparoscópica, em paciente com pâncreas anular. MÉTODOS: Paciente de 38 anos, sexo feminino, portadora de Síndrome de Down, obesa (IMC=31,74 kg/m2), sem outras comorbidades. Previamente assintomática, há dois anos iniciou com quadro de disfagia e vômitos pós-prandiais, associado à dor abdominal e perda de 20kg. A suspeita clínica feita através de exame contrastado de esôfago-estômago-duodeno (EED), foi confirmada após realização de tomografia computadorizada de abdome, evidenciando tecido pancreático circundando o duodeno entre a segunda e terceira porções duodenais e dilatação gastroduodenal a montante. RESULTADOS: A paciente foi submetida a tratamento cirúrgico, através de anastomose duodenojejunal látero-lateral, mecânica videolaparoscópica. Apresentou boa evolução pós-operatória, com adequada aceitação alimentar. Recebeu alta hospitalar no quarto dia pós-operatório, quando realizou exame radiológico contrastado EED, que evidenciou anastomose pérvia, com bom esvaziamento duodenal. A paciente segue em acompanhamento ambulatorial assintomática, com tolerância plena a todos os tipos de alimento. CONCLUSÃO: Apesar de não haver trabalhos comparativos entre a utilização de laparotomia e laparoscopia como vias de acesso para tratamento cirúrgico de quadro obstrutivo intestinal causado por pâncreas anular, acreditamos tratar-se esta última de um método minimamente invasivo, seguro e plenamente factível para tratamento desta afecção, com menor trauma operatório e retorno mais precoce às atividades.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
127 - TRATAMENTO CIRÚRGICO PALIATIVO DO CÂNCER DE ESÔFAGO POR VIDEOLAPAROSCOPIA E TORACOSSOPIA COMBINADOS. RELATO DE CASO
PAULO CÉSAR GALVÃO DO AMARAL; JOÃO EDUARDO M. T.M. ETTINGER; THALES DELMONDES GALVÃO; RODOLFO CARVALHO SANTANA; EDVALDO FAHEL
RESUMO
INTRODUÇÃO: A esofagectomia total para tratamento de câncer esofágico é um procedimento cirúrgico que agrega altos índices de morbi-mortalidade (40% e 6%, respectivamente). Visando reduzir tais índices a cirurgia minimamente invasiva vem ganhando espaço na terapêutica desta patologia nos últimos anos. OBJETIVOS: Demonstrar a factibilidade da esofagectomia subtotal por via laparoscópica e toracoscópica combinadas no tratamento paliativo da neoplasia de esôfago. MATERIAL E MÉTODOS: Paciente R.A.B., sexo masculino, 65 anos, portador de carcinoma escamocelular bem diferenciado avançado localmente em terço médio de esôfago. RESULTADOS: Paciente submetido a toracoscopia à direita com ligadura da veia ázigos e dissecção do esôfago. Por videolaparoscopia foi realizada liberação do estômago e piloroplastia. Realizado cervicotomia com retirada do esôfago e confecção de anastomose esôfago-gástrica. Paciente evoluiu sem intercorrências recebendo alta no 10° DPO. CONCLUSÕES: A esofagectomia subtotal por laparoscopia e toracoscopia combinadas neste caso mostrou-se factível, segura e apresentando um tempo de permanência hospitalar reduzido.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
128 - PANCREATECTOMIA DISTAL VIDEOLAPAROSCÓPICA COM PRESERVAÇÃO ESPLÊNICA
PAULO CÉSAR GALVÃO DO AMARAL; ERIC ETTINGER JR; JOÃO EDUARDO TAVARES DE MENEZES ETTINGER; THALES DELMONDES GALVÃO; RODOLFO CARVALHO SANTANA; EDVALDO FAHEL
RESUMO
INTRODUÇÃO: Com o avanço tecnológico e a experiência com laparoscopia procedimentos mais complexos vem sendo realizados por esta via. Ressecções pancreáticas acompanharam esta evolução sendo factível em centros com grande experiência. Devido à baixa casuística e complexidade cirúrgica não há padronização deste procedimento. OBJETIVO: Relatar um caso de pancreatectomia distal videolaparoscópica com preservação esplênica. MATERIAL E MÉTODO: Paciente masculino, 55 anos, com quadro de empachamento pós-prandial há um ano da admissão com evidência radiológica de cisto em corpo de pâncreas. Os dados foram obtidos através de consulta retrospectiva do prontúario do paciente. Imagens de exames radiológicos e do procedimento foram realizados e editados com o consentimento do mesmo. RESULTADOS: Paciente submetido à laparoscopia. Procedimento realizado sem intercorrências, com uso de seis portais laparoscópicos, tempo operatório de 180 minutos. Não houve necessidade de transfusão de hemocomponentes. O paciente cursou com amilase do dreno elevada no 3o dia pós-operatório, com drenagem inferior a 50ml/dia, com redução em 24 horas após suspensão da dieta e introdução de octreotide. Permaneceu 24 horas em unidade de terapia intensiva, com permanência hospitalar de 6 dias. CONCLUSÕES: Neste caso a pancreatectomia distal videolaparoscópica com preservação do baço mostrou-se segura, eficaz e com baixo tempo de internamento.
Apresentação: Poster
129 - RESSECÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA DE TUMORES GÁSTRICOS ASSISTIDOS POE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
PAULO CÉSAR GALVÃO DO AMARAL; JOÃO EDUARDO M. T.M. ETTINGER; ERIC ETTINGER JR; MARIA CRISTINA BARROS MARTINS; HUGO ALESSI LIMA MARTINS SOARES; EDVALDO FAHEL
RESUMO
INTRODUÇÃO: A ressecção endoscópica de tumores gástricos vem sendo amplamente utilizada para o tratamento de lesões de comportamento benigno e de tumores que não necessitam linfadenectomia, como leiomiomas e GIST. Em alguns casos, pelo tamanho do tumor ou por limitações técnicas, essa ressecção não é possível. A associação da endoscopia digestiva alta (EDA) com a videolaparoscopia ganha indicação nestes casos, mantendo os benefícios da cirurgia minimamente invasiva. OBJETIVOS: Relatar quatro procedimentos de ressecção videolaparoscópica assistida por EDA. MATERIAIS E MÉTODOS: Quatro casos de tumor gástrico que não necessitaram de linfadenectomia. Os dados foram obtidos através de consulta retrospectiva do prontuário dos pacientes. As imagens exibidas foram realizadas e editadas após consentimento da família. RESULTADOS: Realizou-se EDA intraoperatória para localização exata da lesão. A ressecção gástrica foi realizada com grampeador linear 45mm, sendo observado por EDA para confirmação de exérese de toda a lesão. Os segmentos ressecados foram retirados por endobag. Os pacientes evoluíram satisfatoriamente, tendo alta hospitalar no 2º DPO sem intercorrências e com boa aceitação da dieta. CONCLUSÕES: A ressecção laparoscópica de tumores gástricos que não necessitam de linfadenectomia, associada à métodos endoscópicos é segura e factível, evitando ressecções gástricas maiores.
Apresentação: Poster
130 - CORREÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA DE HÉRNIA EPIGÁSTRICA COM TELA DUPLA FACE. RELATO DE 01 CASO
JOAO EDUARDO T. M. T. ETTINGER; PAULO CESAR GALVÃO DO AMARAL; ERIC ETTINGER JR; HUGO ALESSI LIMA MARTINS SOARES; EDVALDO FAHEL
RESUMO
INTRODUÇÃO: O uso da videolaparoscopia para correção de hérnias da parede abdominal é uma realidade, tendo sido opção terapêutica cada vez mais indicada pelos cirurgiões. O uso da tela intra-peritoneal com grampeamento em dupla coroa é uma nova opção terapêutica no tratamento das hérnias ventrais. OBJETIVO: Relato de um caso de uso da tela intra-peritoneal para correção de hérnia epigástrica. MATERIAL E MÉTODO: Foi realizada técnica de hernioplastia ventral laparoscópica com colocação de tela intra-peritoneal com dupla face _ Parietex ® (poliéster/colágeno-polietilenoglicol-glicerol), com fixação da tela tipo dupla coroa (double crown technique). O paciente foi submetido a laparoscopia com uso de três portais , um de 10mm e dois de 5mm passados em região lateral E do abdome, realizou-se redução do conteúdo do saco herniário, com identificação da falha aponeurótica. Procedeu-se a marcação da falha na parede abdominal externa com azul de metileno (dupla coroa), envolvendo a área de aponeurose enfraquecida; utilizou-se tela com 9cm em seu maior diâmetro e 6cm de tela além do defeito lateralmente, superiormente e inferiormente, fixando-se a tela com grampeador tacker com duas linhas de grampeamento (double crown). RESULTADOS: Paciente A. A. F., 37 anos, masculino, submetido a hernioplastia ventral videolaparoscópica com colocação de tela dupla face - Parietex ® (poliéster/colágeno-polietilenoglicol-glicerol) intraperitoneal, evoluiu sem intercorrências no pós-operatório, com mínimo desconforto abdominal; a cirurgia teve tempo médio de 1 hora. O paciente teve alta hospitalar após 24h do procedimento sem queixas álgicas. CONCLUSÕES: Observamos que esta técnica é segura, sendo necessária experiência do cirurgião com videocirurgia avançada. É uma abordagem que proporciona menor tempo operatório, incisões diminutas, sem nenhuma área de descolamento subcutâneo, reduzindo substancialmente o índice de complicações da ferida operatória, como o seroma (tão presente nas hérnias incisionais), além de não ser necessário o uso de drenos intrabdominais e alta hospitalar precoce.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
131 - REOPERAÇÃO LAPAROSCÓPICA EM PACIENTES SUBMETIDOS A FUNDOPLICATURA
ALCIDES JOSE BRANCO; SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; WILLIAN KONDO; ANIBAL WOOD BRANCO; WILSON LUIS ERZINGER; MARLON RANGEL; JARBAS VALENTE
RESUMO
INTRODUÇÃO: Estudos atuais têm demonstrado que muitos dos pacientes submetidos a fundoplicatura laparoscópica, principalmente "Floppy Nissen Rossetti", não estão protegidos do refluxo ácido. Isso é de grande importância nos pacientes com esôfago de Barrett poi estes necessitam além do alívio dos seus sintomas, proteção completa contra o refluxo devido ao risco de evolução de sua doença para a displasia e câncer. MÉTODO: Apresentação de vídeo de reoperação totalmente laparoscópica em pacientes já submetidos a fundoplicatura. CONCLUSÃO: Há uma tendência atual de fundoplicatura longa e frouxa ao invés da fundoplicatura curta e frouxa. A reoperação dos pacientes sintomáticos e/ou com esôfago de Barrett é factível mas deve ser realizada por cirurgião experiente e equipe treinada.
Apresentação: Poster
132 - CORREÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA DE HÉRNIA VENTRAL DA PAREDE ABDOMINAL COM TELA DUPLA FACE. RELATO DE DOIS CASOS
JOAO EDUARDO T. M. T. ETTINGER; PAULO CESAR GALVÃO DO AMARAL; ERIC ETTINGER JR; HUGO ALESSI LIMA MARTINS SOARES; EDVALDO FAHEL
RESUMO
INTRODUÇÃO: O uso da videolaparoscopia para correção de hérnias da parede abdominal é uma realidade, tendo sido opção terapêutica cada vez mais indicada pelos cirurgiões. O uso da tela intra-peritoneal com grampeamento em dupla coroa é uma nova opção terapêutica no tratamento das hérnias ventrais. OBJETIVO: Relato de dois casos de uso da tela intra-peritoneal, sendo dois casos de hernioplastia incisional. MATERIAL E MÉTODO: Foi realizada técnica de hernioplastia ventral laparoscópica com colocação de tela intra-peritoneal com dupla face _ Parietex ® (poliéster/colágeno-polietilenoglicol-glicerol), com fixação da tela tipo dupla coroa (double crown technique). Os 2 pacientes foram submetidos a laparoscopia com uso de três portais, um de 10mm e dois de 5mm passados em região lateral E do abdome; realizou-se redução do conteúdo do saco herniário, com a identificação da falha aponeurótica. Procedeu-se a marcação da falha na parede abdominal externa com azul de metileno (dupla coroa), envolvendo a área de aponeurose enfraquecida; utilizou-se tela 25 x 30cm tendo sido dissecada toda a face parietal da aponeurose, sendo identificada várias outras falhas na linha média, além da hérnia incisional. Moldamos a tela à área de defeito aponeurótico, com 05cm de tela além do defeito lateralmente, superiormente e inferiormente, fixando-se a tela com grampeador tacker com duas linhas de grampeamento (double crown). RESULTADOS: Dois pacientes, R. A. C. 64 anos, masculino, e C.A.S., 53 anos, submetidos a hernioplastia videolaparoscópicacom colocação de de tela dupla face Parietex ® (poliéster/colágeno-polietilenoglicol-glicerol) evoluíram sem intercorrências no pós-operatório, com mínimo desconforto abdominal; as operações tiveram tempo médio de uma hora. Os pacientes tiveram alta hospitalar após 24h do procedimento sem queixas álgicas. CONCLUSÕES: Observamos que esta técnica é segura, sendo necessária experiência do cirurgião com videocirurgia avançada. É uma abordagem que proporciona menor tempo operatório, incisões diminutas, sem nenhuma área de descolamento subcutâneo, reduzindo substancialmente o índice de complicações da ferida operatória como o seroma (tão presente nas hérnias incisionais), além de não ser necessário o uso de drenos intrabdominais e alta hospitalar precoce.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
133 - COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM PACIENTE COM SITUS INVERSUS TOTALIS
ALMEIDA, AD; AZEVEDO, LR; MURITIBA JR, DC; VIANA, D; NEPOMUCENO, EC; CARNEIRO, GC
RESUMO
INTRODUÇÃO: Situs inversus totalis é uma condição rara, que apresenta uma prevalência de 0,01% da população geral nos Estados Unidos, e caracteriza-se pela transposição dos órgãos abdominais e torácicos para o lado oposto do corpo. O objetivo deste trabalho é o de relatar o caso de uma paciente com esta condição submetida à colecistectomia videolaparoscópica por colelitíase sintomática, realizando uma breve discussão sobre a patologia e a técnica cirúrgica. RELATO DO CASO: Trata-se de uma paciente adulta, feminina, com quadro de dor em hipocôndrio esquerdo e diagnóstico de situs inversus totalis que foi submetida a colecistectomia videolaparoscópica sem intercorrências. DISCUSSÃO: visto a escassez de dados na literatura sobre o tema, este relato contribui para um melhor conhecimento a cerca da anatomia, aspectos clínicos e tratamento cirúrgico de colelitíase em pacientes com esta doença.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
134 - RESSECÇÃO LAPAROSCÓPICA DE GIST EM ESTÔMAGO EXCLUSO PÓS GRYR
FABIANO DE OLIVEORA FERNANDES; RENAM CATHARINA TINOCO; AUGUSTO CLÁUDIO TINOCO; JEHOVAH GUIMARÃES TAVARES; LÍVIA RODRIGUES DE AGUIAR; LETÍCIA PEREIRA MAGALÃES; LINCOLN RANGEL MEDEIROS TEIXEIRA
RESUMO
OBJETIVO: Relatar um caso de ressecção laparoscópica de tumor estromal em estômago excluso pós gastroplastia redutora em Y de Roux (GRYR) avaliando a sua efetividade e segurança. RELATO DE CASO: V.L.V., 56 anos, feminino, assintomática, pós operatório tardio de GRYR apresentou à ultrassonografia imagem hipoecogênica sugestiva de tumor localizado em estômago excluso. Exame físico e laboratorial sem alterações. Paciente posicionado em decúbito dorsal com o cirurgião à sua direita e o auxiliar à esquerda. Acesso à cavidade com 06 trocartes utilizando ótica de 10 mm. RESULTADOS: Não houve necessidade de conversão cirúrgica. O exame anatomopatológico revelou tumor estromal gástrico (GIST). A paciente evoluiu bem, sem dor no pós-operatório e recebendo alta em 48h. CONCLUSÃO: O procedimento laparoscópico mostrou-se eficaz e seguro. As vantagens desta abordagem consistem em menos dor, mais rápida recuperação pós-operatória e retorno às atividades.
Apresentação: Poster
135 - HÉRNIA DE PETIT BILATERAL - RELATO DE CASO
GUSTAVO SASSO BENSO MACIEL; ROMEO LAGES SIMÕES; CARLOS EDUARDO DE GODOI MARINS; FELIPE DE SOUZA VIAL; PETTERSON ANTÔNIO LOPES FERRAZ; CAIO DUARTE NETO; DANILO NAGIB SALOMÃO PAULO
RESUMO
A hérnia lombar de Petit é uma protrusão anormal de gordura pré-peritoneal ou víscera através da fáscia fibromuscular da parede posterior do abdome na borda superior da crista ilíaca. É uma doença rara, que se manifesta habitualmente por meio de uma tumefação lombar inferior unilateral. Ocorre bilateralmente em menos de 10% dos casos. Pode ser corrigida por via laparotômica ou videolaparoscópica. RELATO DO CASO Mulher, 40 anos, procurou o pronto socorro queixando-se de tumor nas costas, com início há 20 anos, de crescimento progressivo, dor local em queimação de forte intensidade. Relatou vômitos esporádicos, negou alterações intestinais ou urinárias, e história de cirurgia ou trauma local. Ao exame físico observou-se abaulamento lombar inferior bilateralmente, simétrico, pouco depressível e com tamanho de 1 centímetro. A hipótese diagnóstica foi hérnia bilateral de Petit. A ultrassonografia abdominal sugeriu lipoma. A cirurgia foi realizada mediante incisões transversas lombares com identificação de hérnias bilaterais com conteúdo de gordura. Foram corrigidos os defeitos musculares e sobre os quais suturou-se uma tela de Marlex, bilateralmente. Após seis meses de pós operatório a paciente apresentou-se assintomática e sem recidivas.
Apresentação: Poster
136 - GIST GIGANTE - RELATO DE CASO
EDSON RICARDO LOUREIRO; ROBERT STEPHEN ALEXANDER; GUSTAVO SASSO BENSO MACIEL; ROMEO LAGES SIMÕES; FERNANDO HENRIQUE RABELO ABREU DOS SANTOS; CARLOS EDUARDO DE GODOI MARINS; DANILO NAGIB SALOMÃO PAULO
RESUMO
Os tumores estromais do trato gastrointestinal (GIST) são relativamente raros. Porém, são os mais freqüentes dos tumores mesenquimais do trato digestivo. Acometem igualmente homens e mulheres na faixa dos 40 aos 80 anos. Os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentarem hemorragia digestiva alta, dor abdominal, massa palpável, emagrecimento e quadros perfurativos e obstrutivos. A confirmação diagnóstica é feita através da imuno-histoquímica com pesquisa do CD 117 (c-kit). O tratamento é cirúrgico, e pode ser complementado com imatinib. RELATO: Homem, 43 anos, procurou o pronto socorro com dor abdominal de leve intensidade e desconforto abdominal com irradiação para flancos, de início há 3 meses. Foi prescrito inibidor de bomba de prótons. O paciente estava eupnéico e com ritmo cardíaco normal. Abdome atípico, ruídos hidroaéreos presentes, massa volumosa palpável e indolor em todo abdome. A tomografia computadorizada mostrou grande massa abdominal. A endoscopia digestiva alta evidenciou gastrite atrófica e compressão extrínseca do corpo gástrico. A hipótese diagnóstica foi de GIST. Na cirurgia foi observada massa originada da parede gástrica, que elevava a cúpula diafragmática, afastava ambos os cólons lateralmente, estendia-se até a pelve e aderia-se à borda hepática. Procedeu-se a exérese da massa de aproximadamente 7Kg, ressecção do corpo gástrico e segmentectomia hepática esquerda. A imuno-histoquímica confirmou a suspeita de GIST. O pós operatório ocorreu sem intercorrências. Há 3 meses em tratamento com imatinib, e sem sinais de recidiva.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
137 - ADRENALECTOMIA VÍDEO-ENDOSCÓPICA POR VIA RETROPERITONEAL
PABLLO NAMORATO BARROS; RODRIGO ROGER VITORINO; SILVIO CUNHA NETO; EDUARDO KANAAN; MARCOS FILGUEIRAS; RICARDO ZORRÓN
RESUMO
INTRODUÇÃO: A abordagem das patologias cirúrgicas das supra-renais por videolaparoscopia vem se tornando, em muitos centros, o tratamento de escolha para tumores menores que 8cm e hiperplasia. No entanto, a abordagem tem sido comumente por via transabdominal, devido principalmente à familiaridade com a anatomia por essa via. Com este trabalho procuramos demonstrar as vantagens da abordagem vídeo-endoscópica por via retroperitoneal. CASUÍSTICA E MÉTODOS: O vídeo demonstra as etapas da adrenalectomia vídeo-endoscópica por via retroperitoneal e sua comparação com o acesso trans-abdominal, com o estabelecimento do retropneumoperitôneo, delimitação do espaço operatório, localização da patologia e da anatomia dos órgãos adjacentes, controle vascular e extração do espécime com bolsa hermética. São demonstrados casos de patologia à direita e à esquerda com a anatomia pertinente, em patologias como feocromocitoma e síndrome adreno-genital. CONCLUSÃO: A facilidade de reconhecimento anatômico, estabelecimento do espaço operatório e sem necessidade de afastamento dos órgãos limítrofes, com acesso mais direto à glândula que a via transabdominal, torna este método uma opção segura às abordagens existentes.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
138 - VAGOTOMIA COM PILOROPLASTIA VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA ÚLCERA DUODENAL
THIAGO CABRAL; BERNARDO BRASIL; MARCOS FILGUEIRAS; RICARDO ZORRON
RESUMO
OBJETIVO: Demonstrar que uma cirurgia consagrada, como a vagotomia troncular com piloroplastia, realizada pela cirurgia convencional, pode ser efetuada pela técnica laparoscópica. RELATO DE CASO: D.P., 55 anos, com sintomas dispépticos, e usando cimetidina durante anos, apresentou quadro de hemorragia digestiva alta quando foi internado e transfundido concentrado de hemácias. Endoscopia digestiva alta identificou úlcera duodenal. Após 7 meses apresentou novo episódio de dor epigástrica. Submetido à vagotomia troncular com piloroplastia laparoscópica, pela técnica de Heineke-Mikulicz com sutura manual. Não houve intercorrências durante a cirurgia. No primeiro dia pós-operatório apresentava-se em bom estado geral, sem queixas, e com dieta zero. No segundo dia recebeu dieta pastosa seguida de dieta normal a partir do terceiro dia de pós-operatório. Obteve alta hospitalar no quarto dia com exames clínico e laboratorial dentro da normalidade. CONCLUSÃO: Este caso demonstra que o tratamento cirúrgico clássico, vagotomia troncular com piloroplastia, pode ser realizado por via laparoscópica nos pacientes eletivos sem sinais de complicação aguda.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
139 - ROBOTIC-ASSISTED SURGERY IN BRAZIL - SIRIO LIBANES HOSPITAL INITIAL EXPERIENCE
RICARDO ZUGAIB ABDALLA; MARCO ANTONIO ARAP, ANUAR IBRAHIM MITRE, ÁLVARO SA; SÉRGIO ARAP, DANIELA BISPO, FÁBIO B. JATENE; FRANCISCO TIBOR DENES, JOSÉ KAUFFMANN, MARCEL AUTR; MARCELO AVERBACH, MAURICIO SIMÃO ABRÃO, MIGUEL SRO; RIAD NAUM YOUNES, SAMI ARAP, ULYSSES RIBEIRO, WILL
RESUMO
INTRODUCTION: Robotic-assisted surgery is an evolving minimally invasive treatment for many benign and malignant diseases. It is rapidly growing field in the United States and Europe. However, only a few centers in Latin America started their program. We present our initial experience of the first 78 consecutive cases, in considered 9 different areas, as urology, gynecology, proctology, bariatric, oncology, general surgery, thoracic surgery, cardiovascular and head and neck surgery. We analyze all specialties and procedures involved in our program, regarding the process in coordinating da Vinci System installation, on-site training, staff in-servicing and surgeon training. This article shows the planning of actively support cases in the OR; support surgeon as well as staff; provide verbal technical assistance in the safe and effective use of the system. We created The Robotic Training Center to work with surgeons to help enhance their surgical skills _ e.g. scheduling inanimate and animal labs to develop technical skills, and reinforce concepts in safety and secure technical steps for the patient. MATERIALS AND METHODS: Seventy-eight patients underwent 15 different procedures between March 2008 and January 2009. All patients were informed of the lack of experience in robotically-assisted procedures and all surgeons were certified-trained in robotically-assisted surgery. The console surgeon performed all steps of the intervention via the remote da Vinci console. A scrub nurse and a second laparoscopic-trained surgeon stood at the patient side and assisted in port placement, exposure of the operative field, hemostasis and removal of the operative specimen (when needed). Data collection included specialties involved in the program, procedures done robotically and peri-operatory complications. RESULTS: Nine different specialties (urology, gynecology, head and neck, thoracic, general surgery, colo-proctology, hepatic, bariatric and cardiovascular surgery) and 15 different procedures were involved in the program (table 1). There were no major peri-operative complications. CONCLUSIONS: All different robot procedures done in our Institution were feasible and completed robotically endoscopic assisted. This new technology enhanced endo surgery dexterity. The learning curve for the console surgeon is intuitive, shorter in time than video surgery and could be done in our provided laboratory. However, in our experience, the importance of the patient-side assistance became evident, and therefore is focused on during training. Our initial experience with robotic surgery indicated that many procedures are still to be initiated robotically in a safe enviroment.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
140 - GASTRECTOMIA TOTAL VÍDEO-LAPAROSCÓPICA NO CÂNCER GÁSTRICO: SISTEMATIZAÇÃO TÉCNICA DA RECONSTRUÇÃO DO TRÂNSITO DIGESTIVO
BRUNO ZILBERSTEIN; OSMAR YAGI; CARLOS EDUARDO JACOB; CLÁUDIO BRESCIANI; MAURÍCIO SORBELLO; FLAVIO ROBERTO TAKEDA; IVAN CECCONELLO
RESUMO
O tratamento vídeo-laparoscopico do câncer gástrico tem sido cada vez mais empregado no sentido de oferecer procedimentos técnicos de menor morbi-mortalidade com resultados adequados em relação à sobrevivência à longo prazo. Um dos pontos controversos do acesso laparoscópico nas gastrectomias totais é a reconstrução do trânsito digestivo. No sentido de facilitar este procedimento, bem como a realização de suturas intra-corpóreas por video-laparoscopia, foi idealizada esta nova metodologia, objetivo deste video. MÉTODO: O paciente é colocado em posição semi-ginecológica com pernas entreabertas. O acesso é realizado com 5 portais distribuídos em semi-circulo infra-umbilical e 1 portal ao nível do apêndice xifóide. A operação se inicia com o descolamento intercoloepiplóico e a linfadenectomia D2. Após a ressecção da peça cirúrgica com grampeamento linear do duodeno e do esôfago, a reconstrução é totalmente realizada no andar supramesocólico, levando-se a alça jejunal a 60 cm do ângulo de Treitz, com anastomose laterolateral ao esôfago, também com grampeamento linear. A seguir define-se a alça biliar que também é anastomosada latero-lateralmente na alça alimentar. Feitas as anastomoses, as alças são separadas por secção também com grampeador linear. Em seguida a brecha mesocólica é fechada e a peça retirada. O vídeo descreve didaticamente os passos técnicos dessa intervenção. RESULTADOS: Onze pacientes portadores de câncer gástrico foram operados com esta técnica com retirada de 35 Linfonodos em média. Não houve sangramento intraoperatorio que necessitasse reposição e o tempo cirúrgico foi em media 6 horas.A evolução foi satisfatória sem maiores complicações ou mortalidade, com pouca dor referida e deambulação precoce. CONCLUSÃO: Procurou-se desta forma demonstrar a viabilidade do acesso vídeo-laparoscópico para a realização da gastrectomia total, com a mesma possibilidade de dissecção oncologica e com os benefícios do acesso minimamente invasivo.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
141 - GASTRECTOMIA SUBTOTAL VÍDEO-LAPAROSCÓPICA NOS TUMORES GÁSTRICO: SISTEMATIZAÇÃO TÉCNICA E RESULTADOS
BRUNO ZILBERSTEIN; OSMAR YAGI; CARLOS EDUARDO JACOB; CLÁUDIO BRESCIANI; MAURÍCIO SORBELLO; FLAVIO ROBERTO TAKEDA,; IVAN CECCONELLO
RESUMO
O tratamento vídeolaparoscopico do câncer gástrico tem sido cada vez mais empregado no sentido de oferecer procedimentos técnicos de menor morbimortalidade com resultados adequados em relação à sobrevivência à longo prazo. A gastrectomia subtotal é sem dúvida a técnica mais empregada em função da localização do câncer gástrico. OBJETIVO: Procurou-se desta forma sistematizar o acesso videolaparoscópico para realização da gastrectomia subtotal com linfadenectomia e reconstrução do trânsito digestivo. MÉTODO: O paciente é colocado em posição semi-ginecológica com pernas entreabertas. O acesso é realizado com 5 portais distribuídos em semi-circulo infra-umbilical e 1 portal ao nível do apêndice xifóide. A operação se inicia com o descolamento intercoloepiplóico e a linfadenectomia D2. Após a ressecção da peça cirúrgica com grampeamento linear do duodeno e do estômago, a reconstrução é totalmente realizada no andar supramesocólico, levando-se a alça jejunal a 60 cm do ângulo de Treitz, com anastomose términolateral no estômago, também com grampeamento linear. A seguir define-se a alça biliar que também é anastomosada laterolateralmente na alça alimentar. Feitas as anastomoses, as alças são separadas por secção também com grampeador linear. Em seguida a brecha mesocólica é fechada e a peça retirada. O vídeo descreve didaticamente os passos técnicos dessa intervenção. RESULTADOS: Foram operados 16 pacientes, 12 com câncer gástrico e 4 com GIST. A evolução pós-operatória imediata transcorreu sem complicações ou mortalidade.O tempo cirúrgico foi em media de 4 horas sem maiores sangramentos.A deambulação foi precoce com realimentação dos pacientes em torno do 2º dia de pósoperatorio. CONCLUSÃO: Cria-se desta forma, mais evidências a favor das técnicas minimamente invasivas no tratamento das lesões gastroduodenais.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
142 - EVITANDO COMPLICAÇÕES NA COLECTOMIA VÍDEO-LAPAROSCÓPICA
MARIA THEREZA MEDAGLIA; ANDRÉA AMARAL; FLÁVIO MALCHER; JOSÉ JÚLIO MONTEIRO FILHO; RICARDO ZORRON
RESUMO
INTRODUÇÃO: A colectomia vídeo-laparoscópica é utilizada como tratamento de afecções benignas e malignas do cólon e reto. Apesar das vantagens da videolaparoscopia, este método não está isento das possíveis complicações inerentes a um procedimento cirúrgico, tais como infecções, implante de células tumorais nos locais de incisão dos trocartes, grau de experiência do cirurgião. CASUÍSTICA E MÉTODOS: O vídeo apresenta alguns exemplos de possíveis complicações na colectomia videolaparoscópica. Um dos pacientes apresentava cirrose, hipertensão porta-hepática e problemas na coagulação, mas foi operado de emergência, sem maiores complicações no intra e pós-operatório. É mostrado também um caso em que houve secção do ureter, e uma cirurgia de emergência de um paciente com diverticulite no qual ocorreu extravasamento de fezes para a cavidade abdominal. RESULTADOS: Verificou-se que em alguns casos as cirurgias feitas de emergência não resultam em complicações, porém os riscos existem. A presença de cirurgiões experientes é determinante em alguns casos, apesar de não estarem isentos da possibilidade de complicações e os instrumentos cirúrgicos utilizados são passíveis de imperfeições. CONCLUSÃO: É importante lembrar a vulnerabilidade de qualquer procedimento cirúrgico a complicações. Existem simuladores que o cirurgião pode utilizar para operar o paciente diversas vezes antes que ocorra a cirurgia. Pode-se evitar complicações empregando técnicas para prevenção de sangramentos extensos, lesões de ureter, perfurações intestinais e infecções, deve ser realizado o adequado preparo do paciente, além de garantir uma anastomose intestinal segura. Em casos de maior dificuldade, a conversão é sempre uma opção.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
143 - HEPATECTOMIA DIREITA ANATÔMICA: PADRONIZAÇÃO TÉCNICA COM LIGASURE
BÁRBARA DE SOUZA TRINDADE; MARCELA MANGILI MIRANDA; EDUARDO KANAAN; RICARDO ZORRÓN
RESUMO
INTRODUÇÃO: A hepatectomia consiste na melhor terapia para tumores benignos e malignos do fígado. Em sua maioria, as lesões são de origem metastática. O tumor carcinóide ileal é responsável por uma pequena porcentagem das hepatectomias realizadas, sendo difícil o tratamento uma vez instalada a síndrome carcinóide, exceto se restrita a região ressecável com preservação de parênquima funcionante. MÉTODOS: O trabalho visa consolidar melhoramentos técnicos na abordagem anatômica e utilização de Ligasure para divisão do parênquima hepático com ligadura apenas de veias calibrosas, uma vez que a tecnologia representa um selante de vasos e ductos biliares, encurtando o tempo operatório e a perda sangüínea. O vídeo demonstra as etapas de uma hepatectomia direita anatômica com ligadura prévia de artéria hepática D, veia porta D, veia supra-hepática D, com posterior secção do parênquima com hemostasia bipolar com Ligasure. Não foi necessária a ligadura de ductos biliares e vasos parenquimatosos, com exceção de veias acima de 7mm de diâmetro. Não foi utilizada transfusão intra-operatória. A paciente teve boa evolução pós-operatória, não tendo apresentado drenagem biliar ou hemorrágica, nem complicações. CONCLUSÃO: A ressecção anatômica do parênquima hepático, com ligadura prévia dos vasos do segmento abordado e utilização de Ligasure diretamente no parênquima são fatores que facilitam a realização do procedimento, possivelmente reduzindo a perda sangüínea e o tempo operatório.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
144 - EXÉRESE DE CISTO DE DUPLICAÇÃO ESOFÁGICA POR TORACOSCOPIA
RUBENS ANTÔNIO AISSAR SALLUM; JULIO RAFAEL MARIANO DA ROCHA; SÉRGIO SZACHNOWICZ; ARI NASY; FLAVIO ROBERTO TAKEDA; ULYSSES RIBEIRO; IVAN CECCONELLO
RESUMO
Os cistos de duplicação são uma rara anomalia congênita esofágica, podendo ser assintomáticos ou causar disfagia. A ressecção cirúrgica é o tratamento de eleição, sendo tradicionalmente realizado via toracotomia.a toracoscopia vem rescentemente sendo utilizada no tratamento das massas mediastinais, incluindo os cistos de duplicação esofágica. Relatar caso de paciente portadora de cisto de duplicação esofágica tratada por ressecção toracoscópica pelo grupo, apresentando em vídeo o procedimento realizado. Discussão da epidemiologia, patologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento desta rara afecção. Relato de paciente feminina, com queixa de disfagia e perda ponderal, na qual se diagnosticou cisto de duplicação esofágica através de endoscopia digestiva alta complementada com ecoendoscopia + punção, estudo motor do esôfago e tomografia computadorizada de tórax. Submetida a ressecção cirúrgica da lesão por via toracoscópica. Apresentamos vídeo do procedimento e evolução pós-operatória. Procedimento realizado sem intercorrências, boa evolução pós-operatória, alta no 9º dia pósoperatório sem complicações. O tratamento por toracoscopia é seguro e pode apresentar vantagens sobre a toracotomia como conforto do paciente, menor estadia hospitalar e menor morbidade.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
145 - TORACOSCOPIA COMO OPÇÃO NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS BENIGNAS DO
RUBENS ANTÔNIO AISSAR SALLUM; SERGIO SZACHNOWICZ; CARLOS FONSECA PIRES; JULIO MARIANO ROCHA; FLAVIO ROBERTO TAKEDA; FRANCISCO SEGURO; IVAN CECCONELLO
RESUMO
O acesso por toracotomia apresenta elevada morbimortalidade no tratamento das lesões benignas do esôfago torácico. A toracoscopia surge como uma alternativa de acesso, permitindo o tratamento adequado com menor morbimortalidade e maior conforto ao paciente. Demonstrar através de vídeo o tratamento de diversas patologias benignas do esôfago torácico por videotoracoscopia. O vídeo mostra a técnica do tratamento cirúrgico por toracoscopia das seguintes patologias: Divertículos do esôfago médio, ressecções de tumores benignos como leiomioma em esôfago médio e cisto de duplicação do esôfago torácico. Os procedimentos foram realizados sem intercorrências, sendo que o acesso por toracoscopia facilitou a abordagem cirúrgica das lesões envolvidas. A toracoscopia deve ser via de acesso de escolha para o tratamento das doenças benignas do esôfago médio, devendo o cirurgião de esôfago estar familiarizado com este acesso.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
146 - ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: TÉCNICA COM TRÊS TROCARTES
CARLOS WEBER ROCHA JUNIOR; PAULA ARGOLO
RESUMO
INTRODUÇÃO: A esplenectomia video-laparoscópica tornou-se, em muitos centros, o tratamento padrão para patologias hematológicas com indicação cirúrgica. Entretanto, a curva de aprendizado ainda é lenta e restrita a cirurgiões especializados em técnicas laparoscópicas avançadas. MÉTODOS: Os autores apresentam padronização técnica com o uso de três trocartes e com ligadura simples do hilo esplênico, como resultado de uma série prospectiva de 43 pacientes portadores de púrpura trombocitopênica imune, submetidos à cirurgia. A técnica é realizada em decúbito lateral direito completo, instalaç&a.tilde;o de três trocartes em torno do gradil costal, sendo um central para a câmera e dois para o cirurgião (10mm e 5mm). A abordagem póstero-lateral inicial, sem controle do hilo, possibilita a mobilização do órgão sem trocartes adicionais. Em seguida, vasos curtos e artéria polar são controlados por cauterização bipolar e o hilo, após cuidadosa dissecção, ligado com fio inabsorvível, sem o uso de grampeador. A peça é retirada em saco hermético, pelo orifício do trocarte lateral, após pequena ampliação do mesmo. RESULTADOS: Nos pacientes submetidos à esta técnica, houve somente uma conversão para cirurgia aberta, e 4 necessitaram de um trocarte adicional (de 5mm). Complicações menores ocorreram em 3 pacientes. Não houve óbitos nem complicações maiores. CONCLUSÕES: O estabelecimento da técnica com três trocartes e ligadura hilar com fio pode representar um avanço na curva de aprendizado da cirurgia laparoscópica do baço, permitindo possivelmente o uso mais rotineiro da técnica em hospitais comunitários, desde que realizada por equipe experiente em cirurgia video-laparoscópica avançada.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
147 - ACESSO CIRÚRGICO DOS DIVERTÍCULO DE ESÔFAGO MÉDIO E DISTAL
RUBENS ANTÔNIO AISSAR SALLUM; JULIO RAFAEL MARIANO DA ROCHA; ULYSSES RIBEIRO; CARLOS FONSECA PIRES; FLAVIO ROBERTO TAKEDA; SERGIO SZACHNOWICZ; IVAN CECCONELLO
RESUMO
O divertículo de esôfago médio e distal apresenta uma incidência pequena, porém não rara dentre as patologias benignas do esôfago. Na maioria dos casos pode estar associada à dismotilidade esofágica, apresentando como sintoma principal a disfagia e dor torácica por compressão. Seu tratamento cirúrgico está indicado nos pacientes com sintomatologia importante e a dúvida quanto ao melhor acesso (laparoscópico ou toracoscópico) ainda persiste dentre alguns autores. Demonstrar comparativamente os principais passos técnicos do tratamento do divertículo de esôfago pelos acessos laparoscópico e toracoscópico. O vídeo apresenta o tratamento cirúrgico do divertículo de esôfago em procedimentos tanto por via laparsocópica quanto toracoscópica. O vídeo mostra os principais passos técnicos dos dois acessos, mostrando as dificuldades específicas de cada operação. O tratamento do divertículo foi factível pelos dois acessos, apresentando maior dificuldade técnica nos procedimentos laparoscópicos. O acesso transhiatal ao esôfago distal pode parecer boa opção nestes pacientes, porém como demonstrado neste vídeo, dificulta tanto a localização do divertículo como a identificação da porção mais proximal de seu colo. A toracoscopia para o tratamento do divertículo de esôfago médio ou distal apresenta-se como uma opção de acesso tecnicamente mais simples, possibilitando a visualização e abordagem direta das lesões.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
148 - BAÇO ACESSÓRIO EM ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA
GIOVANNA TARDELLI CORREA; DANIELA ROMUALDO RODRIGUES; DORALICE MARIÁ LEITE BATISTA; FERNANDA SILVA GUEDES; RICARDO ZORRÓN
RESUMO
INTRODUÇÃO: Baços acessórios são encontrados em cerca de 10% da população geral, porém, em pacientes com doença hematológica, sua presença pode ser confirmada em até 30% dos casos submetidos a esplenectomia. Em alguns casos de PTI, a não identificação de tecido acessório pode levar ao insucesso do tratamento cirúrgico. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Os autores apresentam o resultadosde uma amostra de 37 pacientes portadores de doença hematológica, submetidos à esplenectomia laparoscópica no Hospital Municipal Lourenço Jorge (RJ), em um período de dois anos. A inspeção da cavidade em busca de tecido esplênico acessório constitui a primeira parte do procedimento, com um inventário rigoroso iniciando-se no jejuno-íleo, passando pelo cólon transverso, raiz do mesentério, ligamento espleno-cólico, omento maior, vasos gástricos curtos e hilo esplênico. RESULTADOS: O paciente é posicionado em decúbito lateral direito em posição de Trendelenburg reverso. Foi realizada técnica aberta para instalação do pneumoperitôneo, com instalação de 3 a 4 trocartes. As etapas estabelecidas pelo desenvolvimento da técnica foram: 1) inventário cuidadoso da cavidade; 2)localização e ressecção de baços acessórios: 3) Descolamento lateral do baço; 4) Ligadura bipolar dos vasos curtos; 5) Dupla ligadura do hilo esplênico com endo-loop de Prolene; e 6) Retirada do espécime em saco plástico por incisão de 2cm em flanco esquerdo. Nesta casuística, foi encontrado tecido esplênico acessório em 31,8% dos casos. Nenhum paciente teve recidiva da PTI por tecido esplênico residual. CONCLUSÃO: Os resultados de nossa casuística inicial de pacientes submetidos a esplenectomia vídeo-laparoscópica nos permitiram estabelecer etapas e critérios para realização segura e com bons resultados no tratamento das patologias cirúrgicas do baço, evitando a presença de tecido acessório residual.
Apresentação: Poster
149 - SINGLE ACCESS GASTROSTOMY(SAG): NOVO MÉTODO PARA GASTROSTOMIA
NICELLE BEATRIZ FERREIRA SENA; ADRIANA DE MATTOS ANTONIO; RICARDO ZORRON; DANIEL FLORES; EDUARDO KANAAN
RESUMO
OBJETIVOS: A gastrostomia, realizada para possibilitar acesso nutricional ou descompressão, é comumente realizada via endoscópica, por radiologia intervencionista, e, mais raramente, por via cirúrgica através de videolaparoscopia ou uma incisão mediana supra-umbilical. Os métodos endoscópico e radiológico, apesar de estabelecidos em muitos centros, não constituem rotina em hospitais comunitários pela necessidade de pessoal qualificado e material descartável, sendo usualmente realizada a gastrostomia cirúrgica com incisão mediana e anestesia geral. A Gastrostomia de Incisão Única (SAG) descrita neste trabalho é um novo método cirúrgico menos invasivo, que foi desenvolvido para ser realizado sob anestesia local, com uma única incisão e sem necessidade de equipamento especial. MÉTODOS: SINGLE ACCESS GASTROSTOMY (SAG) foi realizada em 18pacientes elegíveis para gastrostomia por diferentes indicações. Os pacientes foram operados sob anestesia local, e após a incisão subcostal de 1cm sobre o músculo reto abdominal esquerdo, uma área de parede gástrica é localizada sob teste de azul de metileno injetado no estômago. Parte da parede gástrica é exteriorizada através da incisão, e duas suturas em bolsa são realizadas e instalada a sonda gástrica, sendo fixado á aponeurose, resultando em uma gastrostomia de incisão única segura e bem fixada. Alimentação pôde ser iniciada através da gastrostomia em 24 a 48hs. RESULTADOS: Todos os pacientes foram submetidos à técnica com sucesso. Complicações menores ocorreram em 3 pacientes: um apresentou alargamento do estoma, necessitando de sutura local adicional, e em outro, a deiscência parcial de mucosa foi tratada conservadoramente. Em um terceiro paciente, houve lesão iatrogênica de cólon transverso, que foi suturada sem intercorrências. O tempo operatório médio foi de 49,4 min, enquanto que a média de instituição de alimentação foi de 34,3 hs. Não houve falha na instituição de dieta com esta técnica, nem complicações maiores como fístula ou peritonite. CONCLUSÃO: Os resultados desta casuística inicial sugerem que a abordagem é efetiva em propiciar um acesso rápido e seguro para gastrostomia, com ferida única, dispensando o uso de suporte endoscópico e anestesia geral. Pode ser utilizado como opção ao método endoscópico em pacientes com obstrução neoplásica faríngea ou esofageana. Uma casuística mais expressiva, acompanhamento mais longo dos casos, e estudos prospectivos randomizados são necessários para estabelecer o papel desta nova técnica na rotina cirúrgica.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
150 - ESPLENECTOMIA LAPAROSCÓPICA: LIGADURA VASCULAR COM LIGASURE ESTUDO EXPERIMENTAL
STÊNYO CLARA FERNANDES; CRYSTIANE ARAUJO; DANIEL DE JESUS SOARES FLORES; ANDRE LACERDA OLIVEIRA; RICARDO ZORRON
RESUMO
INTRODUÇÃO: A esplenectomia vídeo-laparoscópica já consagrou-se como tratamento padrão das afecções cirúrgicas do baço. Entretanto, sua curva de aprendizado é laboriosa e sua utilização ainda é rara em Hospitais comunitários, também devido ao elevado custo de materiais descartáveis. Uma nova técnica desenvolvida pelo autor, de acesso posterior sem ligadura hilar, utilizando eletrocoagulação bipolar com Ligasure, é uma proposta para difundir o método e reduzir custos. MATERIAL E MÉTODOS: O vídeo demonstra as etapas de esplenectomia com a técnica proposta, sem utilizar ligadura para o hilo, sendo o Ligasure a única forma de hemostasia. O trabalho experimental selecionou 43 vasos arteriais de diferentes calibres em 6 cães, em que foi utilizado o acesso posterior aos vasos do hilo pra esplenectomia laparoscópica. Não foram utilizados grampeadores, Endoclipes ou ligaduras, sendo a hemostasia dos vasos feita exclusivamente com Ligasure. A peça operatória foi retirada em saco hermético através de incisão de 1,5cm. RESULTADOS: Todos os cães tiveram boa evolução em 60 dias, não sendo observados sangramentos ou outras complicações. O tempo operatório médio foi de 62 minutos, e parâmetros laboratoriais e fisiológicos foram avaliados. CONCLUSÃO: O procedimento laparoscópico com a técnica apresentada é segura e factível, tornando-se uma opção de mais fácil aprendizado e com maior possibilidade de utilização por cirurgião experiente em videocirurgia. O Ligasure é um método efetivo em realizar hemostasia dos vasos esplênicos até 7mm de diâmetro.
Apresentação: Poster
151 - TRICOBEZOAR GÁSTRICO - TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO
SOUZA RP; COSTA KVG; DELLABIDIA FC; MORAES HP; FILGUEIRAS M; ZORRÓN R
RESUMO
OBJETIVOS: Tricobezoar é uma massa de cabelo deglutida que acumula no estômago e que não consegue passar para o intestino. Pacientes que são acometidos pela doença tipicamente são jovens com idade inferior a 30 anos, em sua maioria do sexo feminino e portadores de distúrbios mentais. Muitos métodos têm sido propostos para o tratamento dos bezoares, como fragmentação gastroscópica, lavagem ou sucção nasogástrica, terapia enzimática e laparotomia. Com o advento da cirurgia laparoscópica tornou-se possível a remoção da obstrução sem fazer grandes incisões abdominais, uma melhor cosmética e menos dor para o paciente. MÉTODOS e RESULTADOS: O Video demonstra as etapas para realização de um caso de uma mulher de 18 anos com um tricobezoar gástrico que foi tratada com sucesso pela técnica laparoscópica, utilizando gastrotomia em antro e sutura continua. CONCLUSÃO: A abordagem laparoscópica deverá ser o tratamento de escolha para a remoção de tricobezoares no futuro pelos seus potenciais benefícios aos pacientes.
Apresentação: Poster
152 - EXPERIÊNCIA EM COLECISTECTOMIAS VIDEOLAPAROSCÓPICAS EM 02 HOSPITAIS PRIVADOS DE SALVADOR - ANÁLISE DE CASUÍSTICA
LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA; PAULO ANDRE JESUINO DOS SANTOS; MARCOS BURGOS MORGADE CORTIZO; MAGNO CESAR AMARAL SOUZA JUNIOR; ALEXANDRE ALBUQUERQUE; DANIELA ROCHA DE ALMEIDA; JOSE SALVADOR PEDRA E CAL SANTANA JUNIOR
RESUMO
OBJETIVO: Relato de série de colecistectomias videolaparoscópicas (CVL) realizadas pela mesma equipe cirúrgica em um período de 107 meses. METODOLOGIA: Foram selecionados os pacientes submetidos a colecistectomias videolaparoscópicas em dois hospitais privados de Salvador no período de fevereiro de 1998 a dezembro de 2006. Os dados foram computados através de uma ficha padronizada, pré-elaborada, armazenada em um banco de dados computadorizado e posteriormente submetidos a análise estatística. RESULTADOS: No total, 471 pacientes realizaram CVL (68,1% do total de cirurgias videolaparoscópicas), 20,2% dos pacientes eram do sexo masculino e 79,8% sexo feminino, com uma faixa etária media de 46,4 ± 17,1anos. Segundo classificação de estado físico, 58,7% eram ASA I, 38,7% ASA II e 2,6% ASA III. As cirurgias foram potencialmente contaminadas em 79,8%, contaminadas em 17,4% e infectadas em 2,8%. Foram detectadas outras doenças em 35,7%. Antibioticoprofilaxia foi realizada em 89,0% e profilaxia de TEP em 50,2%. O tempo cirúrgico médio foi de 88,7 ± 48,6minutos. Quanto a anestesia, todos foram submetidos a anestesia geral. O internamento médio foi de 45,6 ± 51,6 horas (mediana de 24 hs). Do total, 153 (32,5%) pacientes apresentaram complicações no pós-operatório: náuseas e/ou vômitos em 16,1%, dor abdominal em 12,9% e dor em ferida 11,7%. CONCLUSÃO: Os autores concluem que a sua experiência analisada concorda com as grandes séries publicadas na literatura.
Apresentação: Poster
153 - EXPERIÊNCIA EM CIRURGIAS VIDEOLAPAROSCÓPICAS GINECOLÓGICAS EM 02 HOSPITAIS PRIVADOS DE SALVADOR - ANÁLISE DA CASUÍSTICA
LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA; PAULO ANDRE JESUINO DOS SANTOS; MARCOS BURGOS MORGADE CORTIZO; MAGNO CESAR AMARAL SOUZA JUNIOR; ALEXANDRE ALBUQUERQUE; DANIELA ROCHA DE ALMEIDA; JOSE SALVADOR PEDRA E CAL SANTANA JUNIOR
RESUMO
OBJETIVO: Relato da casuística de cirurgias ginecológicas videolaparoscópicas em dois, realizadas pela mesma equipe cirúrgica em 107 meses. METODOLOGIA: Análise das cirurgias ginecológicas no período de fevereiro de 1998 a dezembro de 2006, através de fichas pré-elaboradas, padronizadas, e armazenadas em um banco de dados informatizado, sendo posteriormente submetidas a análise estatística. RESULTADOS: Do total de 692 pacientes submetidos a cirurgia videolaparoscópica, 78 (11,4%), foram cirurgias ginecológicas videolaparoscópicas, sendo 29,5% ooforectomias, 25,6% ooforoplastias, 5,1% salpingectomias, 5,1% salpingoplastia, 7,7% miomectomia, 12,8% anexetomia, e 15,7% outras. A faixa etária média foi 38,3 ± 13,4 anos ( 14 - 74 ). Em relação a classificação do estado físico da ASA, 89,7% dos pacientes eram ASA I, e 10,3 % ASA II. Antibioticoprofilaxia foi realizada em 69,2% dos pacientes e profilaxia para TEP em 37,1%. O tempo cirúrgico médio foi de 115,2 ± 60,0 minutos (30-280). Dos pacientes selecionados para o estudo, 33,3% apresentaram alguma complicação pós-operatória, sendo a dor abdominal ou em sítio superficial a mais comum (25,6%). Para analgesia pós-operatória foram empregados: antiinflamatórios não-esteróides 29,5% , meperidina 15,4%, codeína 7,7%, tramadol 6,4%. O tempo médio de internamento foi de 43,7 ± 38,2 horas (22 - 264). Do total, 26,9 % das cirurgias foram limpas, 66,7% potencialmente contaminadas, 3,8% contaminadas e 2,6% infectadas. CONCLUSÃO: O relato de série concorda com a literatura e demonstra o perfil das cirurgias ginecológicas videolaparoscópicas realizadas nos hospitais analisados.
Apresentação: Poster
154 - ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS VIDEOLAPAROSCÓPICAS DE URGÊNCIA E ELETIVAS EM 02 HOSPITAIS PRIVADOS DE SALVADOR
LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA; PAULO ANDRE JESUINO DOS SANTOS; MARCOS BURGOS MORGADE CORTIZO; MAGNO CESAR AMARAL SOUZA JUNIOR; ALEXANDRE ALBUQUERQUE; DANIELA ROCHA DE ALMEIDA; JOSE SALVADOR PEDRA E CAL SANTANA JUNIOR
RESUMO
OBJETIVO: Estudo comparativo entre pacientes submetidos a cirurgias videolaparoscópicas de urgência e eletivas, em um período de 107 meses. METODOLOGIA: Foram selecionados os pacientes submetidos a cirurgias videolaparoscópicas em dois hospitais privados, por uma mesma equipe cirúrgica, num período de 107 meses e divididos em 02 grupos; o primeiro grupo (grupo U) composto por pacientes submetidos a procedimentos em caráter de urgência (admitidos através da unidade de emergência) e o segundo (grupo E) de forma eletiva (consultas ambulatoriais). Os dados foram obtidos através de fichas padronizadas, pré-elaboradas, armazenados em um banco de dados computadorizado e posteriormente submetidos a análise estatística. RESULTADO: Do total de pacientes, 692 foram submetidos a cirurgias videolaparoscópicas, sendo 30% destas consideradas como urgência e 70% eletivas; No grupo U, as patologias mais comuns foram apendicite e colecistite responsáveis por 54,1% e 28,5% dos casos respectivamente, em seguida, as ginecológicas, com 9,2% dos casos; Já no grupo E, a colelitíase foi responsável por 82,4% das cirurgias eletivas, seguida pelas patologias ginecológicas em 9,4%. O sexo feminino foi mais prevalente em ambos os grupos, com 65,2% no grupo U e 80,2% no grupo E. Em relação a classificação da ASA, 73,9% dos pacientes do grupo U eram ASA I, 24,1% ASA II, 1% ASA III e 1% ASA IV; No grupo E, 59,8% ASA I, 37,5% ASA II e 2,7% ASA III. A faixa etária media do grupo U (38 anos ± 17,5), foi menor do que a encontrada no GE (45,8 anos ±16,5). No GU as cirurgias foram limpas em 2,9% dos casos, potencialmente contaminadas em 54,1%, contaminadas em 26,5% e infectadas em 16,4%; Já no GE, 9,2% foram limpas, 76% foram potencialmente contaminadas, 13% contaminadas e 0,6% delas foram infectadas. A antibioticoprofilaxia foi realizada em 71,5% das cirurgias do GU e 84,7% do GE. O tempo cirúrgico médio foi de 89,5 ± 42,3 min. no GU e 90,8 ± 54,3 min. no G2. O internamento médio foi de 72 ± 72,7 (mediana=48) horas no GU e 44,5 ± 57,6 (mediana= 24) horas no GE. As complicações pós-operatórias foram mais comuns no GU (33,6 %) do que no G2 (30,4%) CONCLUSÃO: Os autores concluem que a duração do internamento e o índice de complicações foram maiores no grupo de pacientes operados em caráter de urgência do que naqueles submetidos a cirurgias eletivas videolaparoscópicas.
Apresentação: Poster
155 - ESTUDO COMPARATIVO DE CIRURGIAS VIDEOLAPAROSCÓPICAS ENTRE PACIENTES JOVENS E IDOSOS EM 02 HOSPITAIS PRIVADOS DE SALVADOR
LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA; PAULO ANDRE JESUINO DOS SANTOS; MARCOS BURGOS MORGADE CORTIZO; MAGNO CESAR AMARAL SOUZA JUNIOR; ALEXANDRE ALBUQUERQUE; DANIELA ROCHA DE ALMEIDA; JOSE SALVADOR PEDRA E CAL SANTANA JUNIOR
RESUMO
OBJETIVO: Estudo comparativo entre pacientes jovens e idosos submetidos a cirurgias videolaparoscópicas, por uma mesma equipe cirúrgica, num período de 107 meses. METODOLOGIA: Foram analisados e comparados pacientes submetidos a cirurgias videolaparoscópicas em dois hospitais privados num período de 107 meses por uma mesma equipe. Neste estudo, consideramos como pacientes idosos aqueles com idade igual ou superior a 65 anos, sendo os demais, jovens. Os dados foram obtidos por fichas padronizadas, pré-elaboradas, armazenadas em um banco computadorizado e posteriormente analisados. RESULTADO: Um total de 692 pacientes foram submetidos a 754 procedimentos videolaparoscópicos, destes, 603 (87,1%) jovens e 89 (12,9%) idosos. Tanto em jovens como em idosos o sexo feminino foi mais prevalente, 76,6% e 69,7% dos pacientes, respectivamente, com média de idade de 39,2 e 73,1 anos. Quanto a classificação da ASA, entre os jovens 69,9% eram ASA I, 29% ASA II e 1% ASA III; Já entre os idosos 23,6% eram ASA I, 65,2% ASA II e 11,2% ASA III e 1,1% ASA IV. As cirurgias em paciente jovens foram limpas em 8,3% dos casos, potencialmente contaminadas em 67,5%, contaminadas em 17,6% e infectadas em 6,6% e nos idosos, 5,6% limpas, 78,6% potencialmente contaminadas, 12,4% contaminadas e 3,4% delas infectadas. A antibioticoprofilaxia foi realizada em 80,8% das cirurgias nos jovens e em 80,9% nos idosos. O tempo cirúrgico médio da cirurgia no paciente jovem foi semelhante a no idoso, 89,8 e 91,5 minutos, respectivamente. O internamento médio foi maior entre os idosos (71,4 h) em relação ao jovem (50,2 h). No pós-operatório, o percentual de complicação foi maior entre os idosos (37,0%) do que nos jovens (32,0%). CONCLUSÃO: Os autores concluem que a sua experiência analisada e comparada condiz com as grandes séries publicadas na literatura e que as diferenças encontradas traduzem as peculiaridades das amostras analisadas.
Apresentação: Poster
156 - ADRENALECTOMIA VÍDEO-ENDOSCÓPICA RETROPERITONEAL: ESTUDO PROSPECTIVO COMPARATIVO
GISLAINE BIAZATTI; DIANA BRAZIELLAS JUSTINIANO; RICARDO ZORRON; CUNHA NETO SH; EDUARDO KANAAN
RESUMO
OBJETIVO: A adrenalectomia laparoscópica vem se tornando uma atraente alternativa para a doença adrenal benigna, substituindo a cirurgia convencional na maioria de suas indicações. Na maioria dos centros de referência, por sua anatomia familiar, ela é realizada através de uma via laparoscópica trans-abdominal, porém com as desvantagens ligadas ao pneumoperitôneo e abordagem mais difícil do órgão retroperitoneal, a técnica de adrenalectomia vídeo-endoscópica retroperitoneal emerge como uma alternativa na abordagem destas lesões, em comparação ao acesso convencional e laparoscópico trans-abdominal. Estudos comparativos são necessários para estabelecer a validade e indicações para esta técnica pouco difundida. O estudo prospectivo avalia uma série de 25 pacientes submetidos a adrenalectomia vídeo-endoscópica retroperitoneal e laparoscópica trans-abdominal, comparando suas características e resultados. MÉTODOS: Em um período de 4 anos, 13 pacientes foram submetidos a adrenalectomia vídeo-endoscópica retroperitoneal e 12 à técnica laparoscópica trans-abdominal em nossa instituição e prospectivamente documentados. Os dados prospectivos principais avaliados foram tempo operatório, tipo e tamanho das lesões, estimativa de sangramento, transfusão, tempo de internação e complicações intra- e pós-operatórias. RESULTADOS: As indicações mais freqüentes foram adenoma não-funcionante (6 casos) e feocromocitoma (5). Não houve diferença significativa entre o diâmetro dos tumores ressecados pela via retroperitoneal (4,38 cm) com os pela via trans-abdominal (4,8 cm). A conversão para cirurgia aberta foi necessária em um paciente em cada grupo. O tempo operatório foi mais longo para o grupo da via laparoscópica trans-abdominal (161,3 min), comparado com a via video-endoscópica retroperitoneal (112,3 min). A estimativa de sangramento operatório foi maior para o Grupo II (112,5 ml) comparado com o Grupo I (62,7 ml). Houve duas complicações intra-operatórias, de hemorragia nos dois casos que necessitaram conversão para cirurgia aberta. Não houve complicações pós-operatórias. O tempo de internação foi em média 2,4 dias para o Grupo I e 2,9 dias para o Grupo II. CONCLUSÕES: Os resultados iniciais favorecem o reconhecimento da exeqüibilidade e segurança do método de adrenalectomia vídeo-endoscópica via retroperitoneal para doenças adrenais. A técnica pode ser indicada em todos os tumores adrenais de até 8cm de diâmetro, quando o espaço de manipulação ainda é adequado. A técnica poderá ser o procedimento de escolha para a maioria das lesões adrenais, em especial em pacientes obesos, com cirurgia abdominal prévia, ou quando o pneumoperitônio estiver contra-indicado.
Apresentação: Poster
157 - EXPERIÊNCIA EM APENDICECTOMIAS VIDEOLAPAROSCÓPICAS EM 02 HOSPITAIS PRIVADOS DE SALVADOR - ANÁLISE DE CASUÍSTICA
LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA; SYDNEY AGARENO; MAX MORAIS PATTACINI; MARCUS VINICIUS ALBERNAZ LEITAO; MARCELO PINHEIRO; LUDMILA TOSTA ALBERGARIA DA SILVA; ROGERIO VILAS BOAS
RESUMO
OBJETIVO: Relato de série de apendicectomias videolaparoscópicas (AVL) em pacientes operados por uma mesma equipe cirúrgica num período de 107 meses. METODOLOGIA: Foram selecionados os pacientes submetidos a apendicectomias videolaparoscópicas em dois hospitais privados de Salvador no período de fevereiro de 1998 a dezembro de 2006. Os dados foram computados através de uma ficha padronizada, pré-elaborada, armazenada em um banco de dados computadorizado e posteriormente submetidos a análise estatística. RESULTADOS: Do total de pacientes, 114 realizaram AVL, 46,5% do sexo masculino e 53,5% sexo feminino, com faixa etária media de 30,3 ± 14,8 anos. Quanto a classificação da ASA 84,2% eram ASA I, 15,8% ASA II. As cirurgias foram, potencialmente contaminadas em 47,4%, contaminadas em 30,6% e infectadas em 21,9%. Antibioticoprofilaxia foi realizada em 75,6% dos pacientes e profilaxia de TEP em 9,7%. O tempo cirúrgico médio foi de 75,3 ± 33,4minutos. Todos realizaram anestesia geral. O internamento médio foi de 66,5 ± 65,9 horas. Detectadas complicações em 35 pacientes, destes 8 apresentando febre, 9 dor em sítio cirúrgico, 14 náuseas e/ou vômitos e 15 dor abdominal. CONCLUSÃO: Os autores concluem que a sua experiência analisada condiz com as grandes séries publicadas na literatura.
Apresentação: Poster
158 - EXPERIÊNCIA EM CIRURGIAS VIDEOLAPAROSCÓPICAS GASTROINTESTINAIS EM 02 HOSPITAIS PRIVADOS DE SALVADOR- ANÁLISE DA CASUÍSTICA
LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA; SYDNEY AGARENO; MAX MORAIS PATTACINI; MARCUS VINICIUS ALBERNAZ LEITAO; MARCELO PINHEIRO; LUDMILA TOSTA ALBERGARIA DA SILVA; ROGERIO VILAS BOAS
RESUMO
OBJETIVO: Relato de série de cirurgias videolaparoscópicas em dois hospitais privados em um período de 107 meses realizadas pela mesma equipe cirúrgica. METODOLOGIA: Análise das cirurgias videolaparoscópicas no período de fevereiro de 1998 a dezembro de 2006 através de fichas padronizadas, pré-elaboradas com as variáveis relevantes na avaliação dos pacientes, submetidas posteriormente a análise estatística. RESULTADOS: No total, 692 pacientes realizaram cirurgias videolaparoscópicas, 24,3% dos pacientes eram do sexo masculino e 75,7% sexo feminino, com uma faixa etária media de 43,5 ± 17,4 anos. Segundo classificação anestesiológica do estado físico, 64,0% eram ASA I, 33,5% ASA II e 2,1% ASA III. As cirurgias foram limpas em 7,9%, potencialmente contaminadas em 68,9%, contaminadas em 19,6% e infectadas em 6,2%. Antibioticoprofilaxia foi realizada em 80,7% e profilaxia de TEP em 42,3%. O tempo cirúrgico médio foi de 90,2 ± 52,4 minutos. Quanto a anestesia, todos foram submetidos a anestesia geral. O internamento médio foi de 52,9 ± 65,2 e mediana de 24 horas. Do total, 107 (15,4%) pacientes apresentaram complicações no pós-operatório: febre 20,6%, seroma 5,6%, infecção 3,7%, dor 71,0% e hematomas 8,4% foram as mais freqüentes. CONCLUSÃO: Os autores concluem que a experiência analisada concorda com as grandes séries publicadas na literatura.
Apresentação: Poster
159 - ESTUDO COMPARATIVO DE COLECISTECTOMIAS VIDEOLAPAROSCÓPICAS ENTRE PACIENTES JOVENS E IDOSOS EM 02 HOSPITAIS PRIVADOS DE SALVADOR
LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA; SYDNEY AGARENO; MAX MORAIS PATTACINI; MARCUS VINICIUS ALBERNAZ LEITAO; MARCELO PINHEIRO; LUDMILA TOSTA ALBERGARIA DA SILVA; ROGERIO VILAS BOAS
RESUMO
OBJETIVO: Estudo comparativo entre pacientes jovens e idosos submetidos a colecistectomias videolaparoscópicas, por uma mesma equipe cirúrgica, num período de 107 meses. METODOLOGIA: Foram analisados e comparados pacientes submetidos a colecistectomias videolaparoscópicas em dois hospitais privados num período de 107 meses por uma mesma equipe. Neste estudo, consideramos como pacientes idosos aqueles com idade igual ou superior a 65 anos, sendo os demais, jovens. Os dados foram obtidos através de fichas padronizadas e pré-elaboradas, sendo armazenados em um banco de dados computadorizado e submetidos, posteriormente, a análise estatística.. RESULTADO: Um total de 471 pacientes foram submetidos a colecistectomias videolaparoscópicas, destes, 395 (83,8%) jovens e 76 (16,2%) idosos. Tanto em jovens como em idosos o sexo feminino foi mais prevalente, 80% e 68,4% dos pacientes, respectivamente, com média de idade de 42 ± 13,1 e 73,6 ± 7,5 anos. Quanto a classificação da ASA, entre os jovens 65,3% eram ASA I, 33,4% ASA II e 1,3 ASA III; Já entre os idosos 25% eram ASA I, 65,8% ASA II e 9,2% ASA III. As cirurgias em paciente jovens foram potencialmente contaminadas em 78,7%, contaminadas em 18,5% e infectadas em 2,8% e nos idosos, 85,5% potencialmente contaminadas, 11,8% contaminadas e 2,7% delas infectadas. A antibioticoprofilaxia foi realizada em 89,6% das cirurgias nos jovens e em 85,5% nos idosos. O tempo cirúrgico médio da cirurgia no paciente jovem foi próximo ao no idoso, 89,1 ± 49,5 e 86,7 ± 43,8 minutos, respectivamente. O tempo médio de internação foi maior entre os idosos (56,4 ± 55,6 h /mediana 24h) em relação ao jovem (43,6 ± 50,6h / mediana 24h). No pós-operatório, o percentual de complicação foi maior entre os jovens (18,5%) do que nos idosos (11,8%). CONCLUSÃO: Os autores concluem que a sua experiência analisada e comparada condiz com as grandes séries publicadas na literatura e que as diferenças encontradas traduzem as peculiaridades das amostras analisadas.
Apresentação: Poster
160 - ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PACIENTES SADIOS E PORTADORES DE COMORBIDADES SUBMETIDOS A CIRURGIAS VIDEOLAPAROSCÓPICAS EM 02 HOSPITAIS PRIVADOS DE SALVADOR
LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA; SYDNEY AGARENO; MAX MORAIS PATTACINI; MARCUS VINICIUS ALBERNAZ LEITAO; MARCELO PINHEIRO; LUDMILA TOSTA ALBERGARIA DA SILVA; ROGERIO VILAS BOAS
RESUMO
OBJETIVO: Estudo comparativo entre pacientes sadios e portadores de comorbidades submetidos a cirurgias videolaparoscópicas em um período de 107 meses. METODOLOGIA: Foram selecionados os pacientes submetidos a cirurgias videolaparoscópicas em dois hospitais privados num período de 107 meses, por uma mesma equipe cirúrgica e divididos em 02 grupos, segundo a classificação de estado físico da ASA; o primeiro grupo (G 1) composto pelos pacientes classificados como ASA I (sem comorbidades) e o segundo (G 2) por ASA II, III, IV ou V (portadores de alguma comorbidade). Os dados foram obtidos através de fichas padronizadas, pré-elaboradas, sendo armazenados em um banco de dados computadorizado e posteriormente submetidos a análise estatística. RESULTADO: Do total de pacientes, 692 foram submetidos a cirurgias videolaparoscópicas, sendo 64,0% destes considerados sadios (G 1) e 36,0% portadores de comorbidades (G 2); No grupo 2, 93,2% dos pacientes eram ASA II. Em relação ao sexo, o feminino prevaleceu em ambos os grupos com 73,5% no G1 e 79,5% no G2. A faixa etária media do G1 (37,3 anos ± 14,8), foi menor do que a encontrada no G2 (54,7 anos ±15,8). No G1 as cirurgias foram limpas em 7,2% dos casos, potencialmente contaminadas em 68,2%, contaminadas em 17,6% e infectada em 7,2%; Já no G2, 9,2% foram limpas, 70,7% foram potencialmente contaminadas, 15,7% contaminadas e 4,4% delas foram infectadas. A antibioticoprofilaxia foi realizada em 82,6% das cirurgias do G1 e 77,5% do G2 e a profilaxia para TVP/TEP foi feita em 28% e 67,8 % respectivamente. O tempo cirúrgico médio foi de 87,3 ± 45,6 min. no G1 e 95,5 ± 62,1min. no G2. Todos realizaram anestesia geral. O tempo médio de internação foi de 50,3 ± 58,3 (mediana= 24) horas no G1 e 57,8 ± 76,1 (mediana= 24) horas no G2. As complicações pós-operatórias foram mais comuns no G1 (32,9%) do que no G2 (32,1%). CONCLUSÃO: Os autores concluem que a duração da internação e o tempo cirúrgico foram maiores no grupo de pacientes com comorbidades do que naqueles sadios submetidos a cirurgias videolaparoscópicas.
Apresentação: Tema e Vídeo livre
161 - VIDEOLAPAROSCOPIA NA DOENÇA DE CROHN COMPLICADA
JULIA ALENCAR LEITE; GUILHERME ZORZANELLI SCARAMUSSA; RICARDO ZORRON
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Doença de Crohn por vezes apresenta-se como um quadro agudo obstrutivo ou séptico, sendo de difícil diagnóstico em pacientes sem evidências anteriores da doença. A videolaparoscopia tornou-se um método complementar no diagnóstico e terapia de algumas patologias obstrutivas intestinais, inclusive as complicações da Doença de Crohn. MÉTODOS: Apresentamos uma paciente do sexo feminino, de 17 anos de idade, que apresentou-se com quadro de abdome agudo com evolução de dois dias de dor abdominal em fossa ilíaca direita, com irritação peritoneal, febre, distensão e leucocitose. Não apresentava história pregressa sugestiva de doença intestinal inflamatória. Ultrassonografia abdominal e tomografia computadorizada sugeriram apendicite aguda com peritonite. RESULTADOS: Foram utilizados três trocartes instalados sob técnica aberta, com a paciente em posição de Trendelenburg. Durante o procedimento, foi realizado inventário completo da cavidade, evidenciando-se Doença de Crohn íleo-cecal estenosante, com fístulas entre alças, envolvimento do apêndice e abscesso em FID. Foi realizada ressecção íleo-cecal vídeo-assistida com anastomose primária com grampeador linear. A paciente teve boa evolução pós-operatória. CONCLUSÃO: A vídeolaparoscopia na Doença de Crohn segue os mesmos preceitos consagrados no tocante às indicações de exploração e ressecção da cirurgia aberta, evitando, sempre que possível, a ressecção. Entretanto, quando necessária, optamos pelo método laparoscópico, por sua sensibilidade diagnóstica e baixo índice de complicações, causando menos aderências e manipulação em paciente que provavelmente necessitará de outras intervenções durante a vida.