Official Journal of the
Brazilian Society of Videosurgery

ISSN: 1983-991X
Ano 2 - Vol. 2 - Suplemento 1 - Dezembro 2009

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IX Congresso Brasileiro de Videocirurgia
SOBRACIL - BH 2009

18 a 21 de abril de 2009
Minascentro
Belo Horizonte - MG

Trabalhos Científicos


Área:

CIRURGIA COLOPROCTOLÓGICA


Apresentação: Tema e Vídeo livre

019 - TRATAMENTO CIRÚRGICO RADICAL DO ADENOCARCINOMA DE RETO POR ACESSO CONVENCIONAL E POR ACESSO VIDEOLAPAROSCÓPICO: COMPARAÇÃO DA RADICALIDADE ONCOLÓGICA, COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS E SOBREVIDA

ARMANDO GERALDO FRANCHINI MELANI; CARLOS AUGUSTO VÉO; MARCOS VINÍCIUS DENADAI; ROBERTO HELENO LOPES; JOSÉ HUMBERTO TAVARES GUERREIRO FREGNANI

 

RESUMO

OBJETIVOS: Comparar a radicalidade oncológica, as taxas de complicações pós-operatórias e as probabilidades de sobrevida entre pacientes submetidos à retossigmoidectomia videolaparoscópica e por via convencional. MÉTODOS: O estudo foi realizado com 84 indivíduos com neoplasia maligna do reto que foram admitidos consecutivamente na Fundação Pio XII _ Hospital de Câncer de Barretos no período entre janeiro de 2000 e janeiro de 2003. Foram incluídos no estudo somente os pacientes operados eletivamente, com intenção curativa e sem obstrução intestinal. Excluíram-se os indivíduos com polipose colônica familiar, neoplasias sincrônicas ou doença metastática. A escolha da via de acesso cirúrgico foi subjetiva (critérios clínicos) e não se baseou na localização do tumor no reto. Os pacientes com neoplasia do reto situada até 10 cm da borda anal foram submetidos à quimio (5-FU) e radioterapia pélvica neoadjuvante (5.040cGy). A indicação de quimioterapia adjuvante (5-FU + ácido folínico) dependeu do estádio, tipo histológico, grau de diferenciação, CEA pré-operatório, idade e condições clínicas. Todos os pacientes foram submetidos a preparo mecânico do cólon com fosfosoda via oral na véspera da cirurgia e antibioticoprofilaxia com metronidazol (1,5g) e gentamicina (5 mg/kg) durante a indução anestésica. RESULTADOS: A via laparoscópica foi empregada em 50% dos pacientes. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação à idade, gênero, topografia da neoplasia no reto, estadiamento, proporção de indivíduos submetidos à neoadjuvância e adjuvância e tipo de ressecção cirúrgica (retossigmoidectomia ou amputação do reto). O número de linfonodos regionais dissecados na cirurgia, o tamanho da peça cirúrgica, a proporção de margens cirúrgicas menores do que 2 cm e o número de dias de internação foram semelhantes entre os dois grupos (P>0,05). O tempo cirúrgico foi significativamente maior quando se realizou o acesso laparoscópico quando comparado ao convencional (tempo mediano: via laparoscópica = 210 minutos; via convencional = 127,5 minutos; P<0,001). Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas nas taxas de complicação pós-operatórias entre os dois grupos de acesso cirúrgico (fístula, abscesso, peritonite, infecção pulmonar, disfunção vesical, disfunção sexual, hérnia). Os tempos medianos de acompanhamento dos pacientes foram semelhantes, sendo de 66,5 meses para os pacientes submetidos à laparoscopia e de 70,4 meses para o acesso convencional (P=0,163). Não houve diferença nas probabilidades de sobrevida global em 5 anos entre os grupos, sendo igual a 75,9% e 78,0% respectivamente para as pacientes que fizeram laparoscopia e cirurgia convencional (P=0,908). CONCLUSÃO: Embora o tempo cirúrgico tenha sido significativamente maior nos indivíduos que foram submetidos à retossigmoidectomia por videolaparoscopia, não houve diferença nas taxas de complicações pós-operatórias e na radicalidade oncológica, sendo as probabilidades de sobrevida semelhantes entre os dois grupos analisados. O maior tempo cirúrgico observado no grupo da laparoscopia provavelmente se deveu a curva de aprendizado.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

020 - PROCTOCOLECTOMIA VIDEO-LAPAROSCÓPICA

TEON AUGUSTO NORONHA DE OLIVEIRA; ANTÔNIO LACERDA FILHO; FÁBIO LOPES; PAULO ROCHA FRANÇA NETO

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cirurgia video-laparoscópica tem se tornado uma opção cada vez mais atrativa para os pacientes portadores de doenças colorretais, pois permitem uma menor permanência hospitalar, menos dor pós-operatória, além de melhores resultados estéticos. MATERIAS E MÉTODOS: video da cirurgia do paciente W.G.A.X., masculino, 35 anos, portador de RCUI grave (pancolite) COM 15 anos de evolução. Evoluindo nos últimos meses com queixa de diarréia e dor ano-retal. Realizado retossigmoidoscopia até 10 cm, que mostrou mucosa granular e friável. Indicado colonoscopia, apresentando padrão de pancolite e pseudopolipose. Biópsias colônicas mostraram focos de displasia de alto grau. Indicado proctocolectomia com reservatório íleo-anal assistida por video-laparoscopia. Cirurgia realizada em 6 horas, com ótima evolução pós-operatória. CONCLUSÃO: A cirurgia colorretal video-laparoscópica é hoje uma opção de cirurgia para os pacientes portadores de doenças colorretais, com benefícios comprovados.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

021 - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO DE HÉRNIA ENCARCERADA EM INCISÃO DE TROCARTE. RELATO DE CASO

ARMANDO G. F. MELANI; JOSÉ VIEIRA BARRRETO JÚNIOR; ROBERTO HELENO LOPES; MARCELO ANDRADE VIEIRA; MARCOS VINICIUS DENADAI; CARLOS AUGUSTO R. VÉO; ANTONIO BAILÃO JÚNIOR

 

RESUMO

Hérnia na incisão do trocarte é uma complicação pouco frequente na videolaparoscopia, com incidência em torno de 0,2 %, sendo as localizações extra-umbilicais as mais comuns. Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino, 68 anos, com diagnóstico de Adenocarcinoma em Cólon Sigmóide, que foi submetida à Retossigmoidectomia Videolaparoscópica em 29/07/2008. Foram colocados trocarte de 10 mm na incisão umbilical, de 12 mm na fossa ilíaca direita (FID) e outros dois de 05 mm no HCD e flanco esquerdo. Pelo trocarte de 12 mm foi colocado um dreno abdominal que foi retirado no 4° dia de pós-operatório (PO), antes da alta hospitalar. No 7° PO, a paciente retorna com quadro de suboclusão intestinal tratado clinicamente a principio, mas sem resolução completa. No 13° PO foi solicitado TC de abdome que evidenciou distensão de delgado e herniação em FID. No dia seguinte a paciente foi submetida à nova intervenção laparoscópica que confirmou o diagnóstico e possibilitou a redução do intestino delgado encarcerado na incisão do trocarte da FID, sem sinais de sofrimento, sendo suturado o orifício da aponeurose. Paciente evoluiu sem intercorrências no pós-operatório. Assim, demonstramos neste vídeo que é factível fazer o diagnóstico e tratamento dessa complicação através da videolaparoscopia.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

022 - RETOSSIGMOIDECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA POR INTUSSUSCEPÇÃO COLO-COLONICA - RELATO DE CASO

MARCELO DE ANDRADE VIEIRA; ARMANDO GERALDO F. MELANI; ROBERTO HELENO LOPES; ANTONIO BAILÃO JÚNIOR; JOSE VIEIRA BARRETO JÚNIOR; RAFAEL PERDOMO

 

RESUMO

A intussuscepção nos adultos é rara, sendo responsável por 5% dos casos e por 1% das obstruções intestinais. Ao contrário da faixa pediátrica, é na maioria das vezes secundária a uma lesão definida com potencial significativo de malignidade em 80 a 90% dos casos. A intussuscepção mais comum é a íleo-cólica, e a principal causa é por lipoma. Neste vídeo, apresentamos uma paciente de 53 anos, que iniciou quadro de episódios de sangramento retal há 1 ano, sendo tratada como portadora de hemorróidas. Há 1 mês evoluiu com piora do sangramento, sendo realizada retossigmoidoscopia que evidenciou lesão de dois cm em sigmóide e com anatomia patológica: adenoma túbulo-viloso de alto grau. Com discreta distensão abdominal e ao toque retal uma massa arredondada intraluminal com revestimento de mucosa a seis cm da borda anal e sangue em dedo de luva. A Tomografia de abdômen confirmou o diagnóstico de intussuscepção colo-colônica. Realizado videolaparoscopia e desfeito a intussuscepção entre o reto e o sigmóide por retosigmoidectomia. A patologia confirmou adenocarcinoma de reto, grau dois, linfonodos (0/59), margens livres. A paciente evoluiu bem no pós-operatório tendo alta no quarto dia.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

023 - AMPUTAÇÃO ABDÔMINO-PERINEAL VÍDEO-LAPAROSCÓPICA COM DISSECÇÃO PERINEAL ALARGADA NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE RETO INFERIOR

AUGUSTO MOTTA NEIVA; ANTÔNIO LACERDA FILHO; BERNARDO HANAN; LEONARDO MACIEL DA FONSECA; MAGDA MARIA PROFETA DA LUZ; RODRIOGO GOMES DA SILVA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A amputação abdômino-perineal do reto (AAP), ao contrário da ressecção anterior com preservação esfincteriana, apresenta taxas elevadas de recorrência local. Um dos principais fatores relacionados a estes altos índices seria a obtenção de margens radiais insuficientes ao nível do aparelho esfincteriano. Desta forma, tem sido proposta uma dissecção perineal mais alargada para a obtenção de peça cirúrgica adequada, de aspecto cilíndrico. Por outro lado, a vídeo-laparoscopia, já bem estabelecida no tratamento do câncer de cólon, vem ganhando espaço no tratamento radical dos tumores retais, com menor morbidade cirúrgica. OBJETIVO: Demonstrar a técnica de AAP vídeo-laparoscópica por câncer de reto inferior, com ênfase na abordagem perineal mais alargada. RESULTADOS: São apresentados o tempo abdominal por acesso vídeo-laparoscópico e o tempo perineal com dissecção alargada nas paredes laterais da pelve e com ressecção do cóccix, nas posições de litotomia modificada e de decúbito ventral fletido (Jack-knife) com extração de peça em formato cilíndrico, sem a ocorrência de "cintura" ao nível dos esfíncteres. CONCLUSÃO: A necessidade de obtenção de uma peça cirúrgica adequada através da AAP implica em mudança da técnica cirúrgica, sobretudo por via perineal. O tempo abdominal pode ser realizado por via laparoscópica com todos os benefícios, a curto prazo, deste tipo de abordagem e sem qualquer comprometimento da radicalidade oncológica. Essas modificações devem configurar a "moderna AAP", que tende a ser adotada em todos os serviços de cirurgia colorretal.


Apresentação: Poster

024 - ANÁLISE DE 33 PEÇAS CIRÚRGICAS DE COLECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA CÂNCER DURANTE A CURVA DE APRENDIZADO: MARGENS ONCOLÓGICAS E NÚMERO DE LINFONODOS NÃO DIFEREM DE COLECTOMIAS ABERTAS

AUGUSTO MOTTA NEIVA; BERNARDO HANAN; LEONARDO MACIEL DA FONSECA; MÔNICA MARIA DEMAS ALVARES CABRAL; MAGDA MARIA PROFETA DA LUZ; ANTONIO LACERDA FILHO; RODRIGO GOMES DA SILVA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cirurgia colorretal laparoscópica é considerada um procedimento com longa curva de aprendizado. Apesar de cirurgiões experientes em laparoscopia apresentarem resultados oncológicos semelhantes aos de colectomias abertas, é importante avaliar se durante a curva de aprendizado estes resultados são factíveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar as margens e o número de linfonodos dos casos iniciais de colectomias laparoscópicas, comparando-os com colectomias abertas. MÉTODOS: Foram avaliadas as peças cirúrgicas dos 33 primeiros casos de colectomias laparoscópicas para câncer colorretal. As seguintes variáveis foram analisadas: idade, gênero, localização do tumor, classificação anátomo-patológica, número de linfonodos e margens proximal e distal. Os dados foram comparados com grupo controle de 45 pacientes submetidos a colectomia aberta para câncer colorretal. Foram utilizados os testes estatísticos qui-quadrado , teste t de student e Mann-Whitney. RESULTADOS: Os grupos laparoscópico e aberto foram semelhantes em relação a idade, localização do tumor e estadiamento loco-regional. O grupo laparoscópico apresentou predominância do sexo feminino. As margens cirúrgicas distais foram semelhantes nos dois grupos [média de 7,15 cm (DP ± 9,98) e 8,26 cm (DP ± 11,5) para os grupos aberto e laparoscópico, respectivamente, p=NS]. O número de linfonodos por peça cirúrgica também não apresentou diferença entre os grupos. A média de linfonodos para o grupo aberto e laparoscópico foram 19 (DP ± 19,41) e 21 (DP ± 14,73) respectivamente, (p=NS). CONCLUSÃO: Não houve diferença entre as margens oncológicas e o número de linfonodos quando comparamos peças cirúrgicas de colectomias laparoscópicas durante a curva de aprendizado com peças de colectomias abertas. Apesar da dificuldade técnica comumente observada no início da experiência com colectomia laparoscópica, os critérios para ressecção oncológica podem ser preservados, sem comprometimento do tratamento cirúrgico.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

025 - OPERAÇÃO ENDOSCÓPICA TRANSANAL PARA TRATAMENTO DE TUMORES DO RETO: RELATO DE CASO

CARLOS AUGUSTO RODRIGUES VÉO; ARMANDO GERALDO FRANCHINI MELANI; MARCOS VINÍCIUS ARAÚJO DENADAI; JOSÉ HUMBERTO TAVARES GUERREIRO FREGNANI

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os tumores do reto necessitam de tratamento cirúrgico que às vezes levam à necessidade de sacrifício do aparato esfincteriano ou cursam com complicações graves como deiscência e fístulas de anastomose que podem levar a peritonites fatais. Em resposta às complicações das cirurgias mais radicais surgiu a operação endoscópica transanal (TEO) ou microcirurgia endoscópica transanal (TEM), técnica apresentada pelo Dr. Gerhard Buess, na Alemanha, no início da década de 80. Trata-se de procedimento alternativo para o tratamento endoscópico de tumores do reto em casos selecionados, evitando os inconvenientes relatados. Esse vídeo tem por objetivo divulgar essa nova técnica de cirurgia endoscópica para tratamento dos tumores do reto. RELATO DO CASO: O vídeo demonstra a ressecção endoscópica transanal de um tumor no reto baixo, localizado na parede lateral direita, a 5 cm da borda anal, com 3,5 cm de diâmetro, em um paciente masculino de 74 anos. Após anestesia geral e o adequado posicionamento do paciente na mesa cirúrgica (decúbito lateral direito), introduziu-se pelo ânus o retoscópio de 4 cm de diâmetro e 15 cm de comprimento, que apresenta um obturador que tem três entradas para pinças endoscópicas. Procedeu-se á introdução da óptica pelo portal específico do retoscópio, conexão da câmera e insuflação do reto com CO2. Após a visualização da lesão na parede do reto, introduziram-se as pinças de apreensão e dissecção por dois portais. A ressecção da lesão foi realizada com margem de segurança de 1 cm empregando-se o bisturi harmônico. A dissecção estendeu-se profundamente até a gordura do mesorreto. O espécime cirúrgico foi retirado após a desconexão do obturador e o leito cirúrgico foi reparado endoscopicamente através de sutura contínua com fio de poliglactina 3.0. O estudo anatomopatológico da peça cirúrgica evidenciou adenocarcinoma de 3,5 cm, T1, com margens livres, sem invasão linfática, perineural ou vascular, grau I. O paciente foi realimentado no primeiro dia após a cirurgia e recebeu alta hospitalar no segundo dia de pós operatório. Está em seguimento ambulatorial por oito meses, sem evidência de recidiva local ou à distância.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

026 - EXCISÃO TOTAL DO MESORRETO POR LAPAROSCÓPIA COM ANASTOMOSE COLOANAL

TEON AUGUSTO NORONHA DE OLIVEIRA; ANTÔNIO LACERDA FILHO; FÁBIO LOPES; PAULO ROCHA FRANÇA NETO

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, a técnica laparoscópica tem conquistado espaço como tratamento para o Câncer Colorretal. Entre as vantagens desta técnica sobre a cirurgia convencional, podemos apontar a menor dor pós-operatória e menor tempo de internação hospitalar. Além disso, recentes estudos sugerem equivalência do resultado oncológico entre estas duas técnicas cirúrgicas. OBJETIVO: Apresentar o vídeo da técnica de excisão total do mesorreto por via laparoscópica com anastomose anorretal. PACIENTE E MÉTODOS: Vídeo do paciente E.M.S., 45 anos, masculino, submetido a colonoscopia para propedêutica de hematoquezia que evidenciou Lesão de Crescimento Lateral em reto baixo. Após tentativa de ressecção endoscópica, houve recidiva da lesão. Nova colonoscopia evidenciou lesão túbulo-vilosa extensa que acometia dois terços da circunferência do reto e alcançava a linha pectínea. Biópsias evidenciaram focos de displasia de alto grau. Indicado tratamento cirúrgico e optado pela técnica laparoscópica. Realizado dissecção e ligadura da artéria e veia mesentérica, descolamento do cólon esquerdo e ângulo esplênico, excisão total do mesorreto, e anastomose coloanal. Duração da cirurgia foi de 6 horas. Paciente evoluiu bem e recebeu alta no nono dia de pós-operatório. CONCLUSÃO: A via laparoscópica se apresentou segura e atualmente é uma opção para a excisão total do mesorreto.


Apresentação: Poster

027 - COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA ENTRE COLECTOMIA CONVENCIONAL E COLECTOMIA LAPAROSCÓPICA

TEON AUGUSTO NORONHA DE OLIVEIRA; FÁBIO LOPES; MARCELO SANTOS RESENDE; MARCELO GIUSTI WERNECK CORTES; ADRIANA CHEREM ALVES

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: O acesso laparoscópico está se consolidando como a principal abordagem para realização de colectomias em doenças benignas e malignas e vários estudos já avaliaram os seus benefícios clínicos e econômicos. Os benefícios a curto prazo incluem redução da dor, do íleo e da permanência hospitalar associados a melhor qualidade de vida. A longo prazo, a colectomia laparoscópica para o câncer não apresentou resultados inferiores à técnica convencional, sendo que as taxas de recorrência, sobrevida livre de doença e sobrevida total em 5 anos foram equivalentes na comparação entre os grupos. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é comparar a qualidade de vida entre pacientes submetidos a colectomia laparoscópica e pacientes submetidos a colectomia convencional. MÉTODOS: Trata-se de um estudo prospectivo observacional, no qual 32 pacientes submetidos à coletomia laparoscópica(14) ou convecional(18) foram avaliados segundo sua qualidade de vida. O dados foram obtidos através do questionário de qualidade de vida da Organização Européia de Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC) QLQ-C30, que foi aplicado no terceiro, sétimo e trigésimo dias de pós-operatório. Os dados coletados foram organizados segundo as variáveis de interesse em cada fase da análise estatística e forneceram achados relativos à evolução dos pacientes submetidos a cirurgia laparoscópica e convencional. RESULTADOS: A mediana do escore de dor no 3º dia para a técnica convencional foi igual a 50 e para a técnica laparoscópica foi igual a 25. Esta diferença não foi estatisticamente significativa (U=88; p=0,143). Para os escores de dor no 7º dia foi detectada diferença estatisticamente significativa (U=61,5; p=0,013). Então, podemos afirmar que a mediana do escore de dor no 7º dia para os pacientes submetidos à técnica convencional (58,3) é significativamente maior do que o escore dos pacientes da técnica laparoscópica (33,3) neste mesmo dia. A média do escore de qualidade de vida no 3º dia para a técnica convencional foi igual a 54,2 (DP=25,0) e para os pacientes da técnica laparoscópica foi igual a 61,3 (DP=20,3). Esta diferença não foi estatisticamente significativa (t=-0,861; p=0,396). Para os escores de qualidadede vida no 7º dia o valor p ficou no limite de significância devendo neste caso, por meio de bom senso, ser considerado significativo (t=-2,025; p=0,052). Portanto, podemos afirmar que a média do escore de qualidade no 7º dia para os pacientes submetidos à técnica convencional (53,2) é significativamente menor do que o escore dos pacientes da técnica laparoscópica (69,6) neste mesmo dia. CONCLUSÃO: Conclui-se que no terceiro dia após a cirurgia os escores de dor e de qualidade são iguais nos pacientes submetidos às duas técnicas cirúrgicas. As diferenças de dor e qualidade são detectadas no sétimo dia, quando para a técnica laparoscópica a dor é menor e a qualidade é maior.


Apresentação: Poster

028 - EXPERIÊNCIA DA ABORDAGEM LAPAROSCÓPICA COLORRETAL NO HOSPITAL FELÍCIO ROCHO - 2006 A 2008

TEON AUGUSTO NORONHA DE OLIVEIRA; FÁBIO LOPES; ANTÔNIO LACERDA FILLHO; PAULO CÉSAR LAMOUNIER; MARCELO GIUSTI WERNECK CORTES; VALDIVINO ALVES FILHO; ADRIANA CHEREM ALVES

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A via laparoscópica tem se firmado como a principal abordagem para a realização de colectomias nas doenças colorretais. Apesar do primeiro relato de colectomia assistida por laparoscopia ter ocorrido em 1991, esta abordagem só foi consolidada pela comunidade cirúrgica após a publicação de estudos comprovando sua segurança e equivalência oncológica à colectomia convencional. Em nosso serviço, a primeira colectomia laparoscópica ocorreu em 1997 e esta modalidade representa, atualmente, a principal via para a realização de colectomias. OBJETIVO: Avaliar os resultados dos procedimentos laparoscópicos realizados pela Clínica de Coloproctologia no período de 2006 a 2008. MÉTODO: Pacientes submetidos a procedimentos laparoscópicos foram avaliados retrospectivamente. RESULTADOS: Um total de 126 pacientes, com idade média de 62 anos, foram avaliados retrospectivamente. Quarenta e dois pacientes foram submetidos a abaixamento de cólon (33%), trinta e dois pacientes foram submetidos à colectomia direita (25%), vinte e oito pacientes foram submetidos à retossigmoidectomias (22%), sete pacientes foram submetidos à colectomia total (5,5%), sete pacientes realizaram retopromontofixação (5,5%), cinco pacientes realizaram laparoscopia para colorrafia ou drenagem de abscessos (3,9%), e cinco pacientes realizaram linfadenectomia retroperitoneal (3,9). A média da duração da internação foi de 6 dias. A dificuldade técnica foi a principal causa de conversão. CONCLUSÃO: A modalidade laparoscópica representa a principal abordagem utilizada na realização de colectomias pelo nosso serviço e apresenta resultados semelhantes aos da técnica convencional.


Apresentação: Poster

029 - PROCTOCOLECTOMIA LAPAROSCÓPICA VERSUS ABERTA NO TRATAMENTO DA COLITE ULCERATIVA E POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR

RENÉ BERINDOAGUE; EDUARD TARGARONA; CARMEN BALAGUÉ; CARMEN MARTÍNEZ; PILAR HERNÁNDEZ; JORDI GARRIGA; MANUEL TRIAS FOLCH

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A proctocolectomia é a operação de escolha para pacientes com colite ulcerosa (CU) e polipose adenomatosa familiar (PAF). O papel da laparoscopia foi inicialmente controverso devido à dificuldade técnica, alta taxa de conversão e complicações. No entanto, informes recentes têm mostrado que estas ressecções extensas são viáveis e seguras laparoscopicamente. OBJETIVO: Comparar os resultados da proctocolectomia laparoscópica e da proctocolectomia aberta em um grupo de pacientes portadores de colite ulcerativa ou polipose adenomatosa familiar. MÉTODOS: Entre janeiro de 2000 e junho de 2008, 50 proctocolectomias foram realizados em nosso Departamento de Coloproctologia. Características dos pacientes, dados intra e pós-operatórios foram coletados. RESULTADOS: Onze pacientes foram operados no Departamento de Emergência e foram excluídos deste estudo. Os restantes 39 pacientes foram operados eletivamente: 24 foram tratados com cirurgia aberta e 15 pacientes foram operados por laparoscopia. Idade, sexo e IMC foram semelhantes nos dois grupos. Diagnóstico (colite ulcerativa crônica e polipose adenomatosa familiar) e procedimento realizado (Proctocolectomia + anastomose anal e pouch ileal, Proctocolectomia + ileostomia terminal) foram equivalentes, divididos em dois grupos. Distribuição CU vs PAF foi de 27% vs 63% no grupo Lap, em comparação com 54% vs 46% no grupo aberta (ns). Um caso laparoscópico foi convertido (7%). Tempo operatório médio foi maior para o grupo laparoscópico. Morbidade pós-operatória foi igual (fístula anastomótica 15% vs 11%, abscessos pélvicos 13% vs 17%, hematoma pélvico 7% vs 4%). A mortalidade foi nula. Os pacientes do grupo laparoscópico tiveram uma recuperação pós-operatória mais rápida (retorno peristaltismo, retorno da dieta oral, tempo de hospitalização) e menos complicações com o fechamento da ileostomia (13% vs 31%). CONCLUSÃO: Em nosso Departamento de Coloproctologia, os resultados da proctocolectomia laparoscópica são equivalentes ao da proctocolectomia aberta no que se refere à viabilidade e segurança. Observamos uma tendência de melhores resultados na recuperação pós-operatória em curto prazo no grupo da laparoscópica, assim como menos complicações com o fechamento da ileostomia.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

030 - PROCTOCOLECTOMIA TOTAL COM RESERVATÓRIO EM J ILEOANAL NO TRATAMENTO DA COLITE ULCEROSA

RENÉ BERINDOAGUE; EDUARD TARGARONA; CARMEN BALAGUÉ; CARMEN MARTÍNEZ; PILAR HERNÁNDEZ; PILAR HERNÁNDEZ; MANUEL TRIAS FOLCH

 

RESUMO

A abordagem laparoscópica tornou-se tratamento padrão para ressecção segmentar do colon. Entretanto, a indicação na colectomia ampliada ou total é mais controversa, devido à complexidade técnica e duração do procedimento. Atualmente, uma melhor sistematização, melhor instrumentação e aumento da experiência em cirurgia laparoscópica do colon, assim como vantagem na menor formação de aderências, preservação da parede abdominal e um melhor conforto pós-operatório, renovou o interesse sobre esse procedimento. O objetivo deste vídeo é mostrar a sistematização da proctocolectomia após uma experiência de 22 casos retirados de uma série de 950 colectomias laparoscópica realizadas nos últimos oito anos. Técnica cirúrgica: A: Cirurgião localizado no lado esquerdo do paciente. 1 - Ampla mobilização do cólon direito após a secção do pedículo ileocecal. 2 - Secção da extremidade distal do íleo. 3 - Abertura do omento menor separando o omento do cólon transverso. 4 -Secção do mesocolon até a flexura esplênica. B: Cirurgião à direita. 5 - Abaixamento da flexura esplênica. 6 - Mobilização do retossigmóide 7 - Dissecções do reto até o assoalho pélvico. 8 - Pfannestiel e colocação do dispositivo Dextrus (Ethicon). 9 - Secção da extremidade distal do reto com o dispositivo Contour. 10 - Exteriorização da extremidade distal do íleo e confecção da bolsa em J. 11 - Anastomose Ileoanal. 12 - Ileostomia protetora.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

031 - COLECTOMIA LAPAROSCÓPICA NOVE MESES APÓS COLOCAÇÃO DE UMA PRÓTESE ENDOSCÓPICA PARA O TRATAMENTO DE OBSTRUÇÃO NEOPLÁSICA NO CÓLON ESQUERDO

RENÉ BERINDOAGUE; EDUARD TARGARONA; CARMEN BALAGUÉ; CARMEN MARTÍNEZ; PILAR HERNÁNDEZ; JORDI GARRIGA; MANUEL TRIAS FOLCH

 

RESUMO

O uso de próteses auto-expansivas seguida de uma colectomia laparoscópica é uma alternativa no tratamento da neoplasia oclusiva do cólon esquerdo. O período entre a inserção e a colectomia laparoscópica deve ser curto para evitar as complicações locais conseqüentes de sua implantação prolongada, mesmo em ocasiões em que seu posicionamento é paliativo, período este que pode ser muito prolongado. No vídeo, apresentamos uma ressecção de colon laparoscópica meses após a colocação de uma prótese endoscópica. Caso clínico: Mulher de 49 anos de idade, com diagnóstico de câncer obstrutivo com metástases pulmonares e hepáticas. Colocado uma prótese paliativa que permitiu recuperar o digestivo trânsito, iniciando o tratamento QT. Nove meses depois de iniciada QT, a paciente apresentou sintomatologia suboclusiva, sendo indicada colectomia com abordagem laparoscópica. O vídeo mostra a técnica utilizada para colectomia laparoscópica, podendo ser realizada com resultado satisfatório e boa evolução pós-operatória.


Apresentação: Poster

032 - CIRURGIA LAPAROSCÓPICA DO RETO: DIFERENTES RESULTADOS EM RELAÇÃO AO SEXO?

RENÉ BERINDOAGUE; EDUARD TARGARONA; CARMEN BALAGUÉ; CARMEN MARTÍNEZ; PILAR HERNÁNDEZ; JORDI GARRIGA; MANUEL TRIAS FOLCH

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Uma clássica limitação na abordagem cirúrgica do reto é a diferença anatômica entre homens e mulheres. Na época das operações abertas, vários estudos mostraram a importância do sexo (anatomia) sobre os resultados, considerando sexo masculino como fator independente para as fístulas. Estas dificuldades são exageradas durante a abordagem laparoscópica. OBJETIVO: comparar os resultados imediatos após a abordagem laparoscópica para o reto segundo o sexo do paciente. MATERIAIS E MÉTODOS: Análise prospectiva de 230 pacientes diagnosticados de câncer retal abordado por laparoscopia entre jan./98 a dez/07. Variáveis estudadas foram: idade, sexo, IMC, tempo op., tipo de ressecção (Res. Ant.- RA, RA baixa- RAB e procedimento Miles- AAP), conversão, hospitaliz., morbidade (score Dindo), reoper., mortalidade e nº de linfonodos ressecados. RESULTADOS: 152 masculino (m) e 78 feminino (f), idade média de 70 (69 m vs 70 f, ns), IMC médio de 25,41 (25,5 m vs 25,2 f), taxa de conversão de 28% (27,6% m vs 30% f , ns), tempo oper. de 180 min (184 m vs 167 f, p <.001), RA: 28%, RAB 38% e AAP 34%, sem diferenças entre os sexos. Média linfonodos 10, sem diferenças significativas entre sexos. Taxa reop de 8,6%, (10% f vs 7,8% m). Morbidade após RA e RAB: 11% m (6 / 56) vs 20% f (6 / 30). Mortalidade: 3 m vs 0 f. Média hospit. de 10 dias masculino vs 9 dias no feminino. CONCLUSÃO: A neoplasia retal no sexo masculino abordado por laparoscopia implica uma maior dificuldade, confirmado pelo maior tempo operatório. No entanto, este fator não teve impacto sobre a taxa de conversão, reoperação, morbidade ou fístulas. Consideramos que a abordagem laparoscópica pode ser oferecida com segurança para a maioria dos pacientes diagnosticados de câncer retal.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

033 - COLECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM TUMOR AVANÇADO DE COLON DIREITO

RUBENS VALARINI; GISELLI MALDOADO; ALAN PATRICK BOMBONATTO

 

RESUMO

Z. V. C., 84 anos. HMA:12/11/08 paciente interna por quadro de dor abdominal, alteração do hábito intestinal, emagrecimento.Exame físico: massa palpável em flanco direito. Colonoscopia de 24/10/08: aparelho introduzido até o colon transverso onde foi observada extensa lesão ulcerada, vegetante e obstrutiva que impediu a progressão do aparelho. Realizado biópsias. Diagnóstico anatomopatológico das biópsias: fragmentos de adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado, ulcerado e invasor.Estadiamento pré-operatório: tomografia de abdomen com lesão de 3 cm em lobo direito do fígado suspeita de metástase; lesão de 4,5 cm na base do pulmão direito, suspeita de metástase 15/11/08: paciente foi levada para procedimento cirúrgico videolaparoscópico. Inventário da cavidade : carcinomatose peritoneal, lesão hepática em lobo direito intra-parenquimatosa, tumor volumoso de colon direito aderido a parede abdominal. Realizado colectomia direita videolaparoscópica , retirada da peça por incisão transversa e anastomose íleo-transverso latero-lateral extra-corpórea com grampeador linear 75 mm .Evolução: no 1º PO(Pós-operatório)apresentou náuseas e vômitos, evoluiu com melhora, sendo liberada dieta líquida no 4º PO com boa aceitação; evoluiu satisfatoriamente, recebendo alta no 7º PO. Mantém acompanhamento ambulatorial.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

034 - COLECTOMIA TOTAL COM ILEORRETOANASTOMSE POR POLIPOSE COLÔNICA (PÓLIPOS HAMARTOMATOSOS) E ACHADO INTRA-OPERATÓRIO DE CIRROSE HEPÁTICA

RUBENS VALARINI; GISELLI MALDOADO; ALAN PATRICK BOMBONATTO

 

RESUMO

Paciente feminino 23 anos que apresentava diarréia com sangue há 1 ano (3 -5 episódios diários). Relata que na época estava grávida e não procurou atendimento. Em setembro de 2008 procurou unidade de aúde onde começaram investigação. Apresentava anemia de doença crônica, endoscopia digestiva alta com H. pilory positivo sem outras alterações. Ultra som sem alterações. Encaminhada ao serviço de Coloproctologia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba onde foi realizado colonoscopia com presença de numerosos pólipos sésseis e pediculados em todos os segmentos colônicos.Presença de numerosos pólipos em reto superior. Reto médio e inferior com quase ausência de pólipos. Realizado polipectomia com o seguinte anatomopatológico: 1. Ileíte crônica e aguda erosiva moderada com hiperplasia folicular e linfóide associada. (Ausência de granulomas epiteliódes). 2. Pólipos hamartomatosos de mucosa colônica. Apresentava perda de 10kg, historia familiar negativa apesar de não conhecer o pai. Tem quatro irmãos que não apresentam sintomas e não desejam fazer investigação. Submetida a colectomia total por videolaparoscopia com inventário da cavidade mostrando fígado com cirrose hepática sem outras lesões vista pelo método. Houve preservação de reto distal com anastomose íleo retal com retirada da peça por incisão de Pfannenstiel. Paciente apresenta boa evolução pós operatória tendo alta no sétimo dia de pós operatório.


Apresentação: Poster

035 - OPERAÇÃO ENDOSCÓPICA TRANSANAL PARA O TRATAMENTO DE TUMORES DO RETO: CASUÍSTICA DO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

CARLOS AUGUSTO RODRIGUES VÉO; ARMANDO GERALDO FRANCHINI MELANI; MARCOS VINÍCIUS ARAÚJO DENADAI; JOSÉ HUMBERTO TAVARES GUERREIRO FREGNANI

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os tumores do reto necessitam de tratamento cirúrgico que às vezes levam à necessidade de sacrifício do aparato esfincteriano ou cursam com complicações graves como deiscencia e fístulas da anastomose que podem levar a peritonites fatais. Em resposta às complicações das cirurgias mais radicais surgiu a operação endoscópica transanal (TEO) ou microcirurgia endoscópica transanal (TEM), técnica apresentada pelo Dr. Gerhard Buess, na Alemanha, no início da década de 80. Trata-se de procedimento alternativo para o tratamento endoscópico dos tumores do reto em casos selecionados, evitando os inconvenientes relatados. OBJETIVO: Mostrar a experiência do Hospital de Câncer de Barretos no tratamento dos tumores do reto utilizando a técnica TEO/TEM. MÉTODOS: de fevereiro de 2008 a dezembro de 2008 foram operados 10 pacientes, todos sob anestesia geral. Com relação à classificação ASA, cinco eram III, quatro I e um era II. Oito pacientes apresentaram diagnóstico pré- operatório de adenocarcinoma, e dois de adenoma. Em todos os casos utilizamos um retoscópio de 4 cm de diâmetro e 15 cm de comprimento e as ressecções foram realizadas com bisturi ultrassônico. Nenhum paciente recebeu qualquer tratamento neoadjuvante. Oito ressecções foram de espessura total da parede, incluindo a gordura mesorretal, uma até a camada muscular e em uma realizamos apenas mucosectomia. A sutura do defeito foi realizada em 8 pacientes. Cinco pacientes apresentaram cirurgia prévia (3 pacientes com retossigmoidectomia, 1 com colectomia total com J pouch e 1 com ressecção endoanal de tumor do reto). A manometria pré e pós-operatória foi realizada em 7 pacientes, no exame pré 4 (57,14%) apresentaram exame normal e em 3 (42,85%) o exame indicou hipotonia esfincteriana leve. A média de idade foi de 57 anos (21 - 74 anos), o tamanho médio das lesões foi 3,3 cm (1,0 - 6,0 cm), a distância média das lesões em relação à borda anal foi de 6,1 cm (4 - 10 cm), o tempo médio de cirurgia foi de 116 minutos (65 _ 180), a realimentação oral foi iniciada em média no 3º dia de pós operatório (1º _ 10º dia) e o tempo médio de internação hospitalar foi de 6,5 dias (2 - 23 dias). RESULTADOS: Dos 4 pacientes com manometria pré-operatória normal dois apresentaram hipotonia leve após o procedimento e apenas um desses dois referiu incontinencia para gases durante os esforços, que permaneceu até recentemente, um dos que apresentaram exame normal no pós operatório referiu incontinência leve até a 3ª semana e o outro não referiu alterações da continencia. Os 3 com exame previamente alterados mantiveram o padrão de hipotonia no pós-operatório, mas nenhum referiu incontinencia. Dos 8 pacientes que apresentaram diagnóstico pré- operatório de adenocarcinoma sete foram coincidentes com o resultado histopatológico pós-operatório (1 Tis, 2 T1, 2 T2, 2 T3) e em um não se encontrou tumor residual. Dois apresentaram diagnóstico pré-operatório de adenoma, que foram confirmados como adenomas de baixo grau no estudo anatomopatológico definitivo. Apenas um paciente apresentou comprometimento da margem lateral. Dor forte foi relatada por apenas um paciente, que necessitou de analgésico moderado (cloridrato de tramadol), os demais necessitaram apenas de analgésico venoso suave (dipirona) durante a internação. Deiscencia da sutura foi observada em apenas um dos oito pacientes em que o defeito foi suturado. Sangramento anal foi observado em 3 pacientes, sendo dois auto limitados e um necessitou de reintervenção (TEO) e cauterização da mucosa da bolsa ileal. Em nenhum paciente ocorreu abscesso retal, estenose do reto ou houve necessidade de confecção de estoma. Recidiva não foi observada e apesar de cinco pacientes serem ASA III não ocorreu nenhum óbito. CONCLUSÃO: consideramos a TEO um procedimento seguro e de baixa morbidade, devendo ser sempre considerada como uma técnica cirúrgica alternativa no tratamento de tumores selecionados do reto.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

036 - TRATAMENTO DA FÍSTULA COLO-VESICAL ATRAVÉS DE CIRURGIA LAPAROSCÓPICA COM ASSISTÊNCIA MANUAL (HAND ASSISTED SURGERY)

GUINES ANTUNES ALVAREZ; MONICA MAZZURANA; RODNEY FORSTER DE JESUS; JOSÉ HYPOLITO DA SILVA

 

RESUMO

As formas complicadas de diverticulite colônica sempre representam um desafia para cirugia laparoscópica devido a importante modificação da anatomia local, aderência a estruturas adjacentes como ureter, alças de delgado,anexos etc. A ausência do tato, em situações como estas, representa uma dificuldade extra, aumentando as taxas de conversão. A cirugia laparoscópica assistida com a mão (Hand assisted Surgery) oferece uma alternativa interessante aliando vantagens de ambos os métodos. O video em questão demonstra o tratamento de um paciente masculino, IMC=30, com pneumatúria após crises de diverticulite. Foi utilizado preparo de cólon com manitol. Após avaliação da cavidade através de videolaparoscopia aberta, uma pequena incisão de 7 cm tipo Pfanenstiel foi realizada para colocação do portal de mão Lap-disk®. A dissecção tomou lugar com o uso de bisturi harmônico laparoscópico orientado pela mão do auxiliar introduzida através do dispositivo. O cólon sigmóide foi mobilizado e exteriorizado através do portal de mão. O reto foi fechado com grampeador linear convencional introduzido pelo portal. Realizamos uma descendente-reto anastomose conforme a técnica de duplo grampeamento. O paciente recebeu alta no quarto dia de pós-operatório com evolução muito favorável e sem intercorrências. Concluimos que a utilização de portal de mão é uma alternativa interessante em casos difíceis de diverticulite, podendo evitar conversões e oferecendo resultados comparáveis a cirurgia laparoscópica.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

037 - COLECTOMIA LAPAROSCÓPICA EM CASOS SELECIONADOS DE HEMORRAGIA DIGESTIVA AGUDA

LORENA QUARESMA PEREIRA; LORENA CAETANO PEREIRA; RICARDO ZORRÓN

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A colectomia vídeo-laparoscópica é utilizada como tratamento de afecções benignas e malignas do cólon e reto. Em alguns casos, podemos indicar o procedimento em vigência de hemorragia digestiva do cólon em paciente estável. O diagnóstico e sítio do sangramento deve ser estabelecido previamente por colonoscopia ou arteriografia, uma vez que o diagnóstico operatório é mais difícil. CASUÍSTICA E MÉTODOS: O vídeo apresenta três casos de hemorragia digestiva baixa com pacientes hemodinamicamente estáveis tratados por colectomia vídeo-laparoscópica. São apresentados dois casos de colectomia esquerda, um para doença diverticular, outro para neoplasia de sigmóide. O terceiro caso é de paciente cirrótica, com hipertensão portal, com sangramento ativo por angiodisplasias de cólon direito, realizada ileo-colectomia direita. RESULTADOS: Levando-se em conta o principal critério para indicação da videocirurgia, que foi a estabilidade hemodinâmica em todos os pacientes, que evoluiram bem no pós operatório, sem complicações. Com acompanhamento entre 9 e 14 meses, não apresentaram novo sangramento. CONCLUSÃO: Parece importante nestes casos a atuação de cirurgião experiente em técnicas laparoscópicas avançadas, evitando o tempo cirúrgico prolongado e perda sangüínea, com rápido controle dos vasos. Corroborando trabalhos experimentais recentes envolvendo o uso de videolaparoscopia terapêutica em animais em choque hipovolêmico compensado, a prévia estabilização hemodinâmica permite a colectomia de urgência sem grandes alterações pressóricas e de perfusão no paciente com hemorragia digestiva.


Apresentação: Poster

038 - HIPOGAGLIONOSE COLÔNICA EM PACIENTE COM CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

JOSÉ ALFREDO REIS NETO; JOSÉ ALFREDO REIS JÚNIOR; ODORINO HIDEYOSHI KAGOHARA; JOAQUIM SIMÕES NETO; SÉRGIO OLIVA BANCI; LUCIANE HIANE DE OLIVEIRA; DANIELE SAITO DOS ANJOS

 

RESUMO